As divisões da NATO são perigosas no Afeganistão.
"O Afeganistão está a dividir a NATO. E não se trata de divergências sobre o processo político nesse país da Ásia Central, pois tanto americanos como europeus concordam no essencial: promover a democracia, fortalecer as instituições estatais, recuperar a economia.
O problema é que, perante a rebelião talibã, são no essencial os americanos que estão a fazer a despesas do combate. Além dos americanos, no Sul, onde domina a etnia pastune e a violência é maior, só estão presentes os canadianos, os britânicos e os holandeses. Os restantes países da NATO preferem o Norte afegão, onde, apesar de tudo, os talibãs contam com menos apoio e os riscos da guerra são menores.
A Alemanha, sobretudo, é o grande alvo das críticas dos Estados Unidos, pois os seus militares actuam com restrições impostas por Berlim para minimizar a possibilidade de baixas.
Acusados de apoiar Ussama ben Laden e os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra Nova Iorque, os talibãs não tiveram quaisquer simpatias quando os bombardeamentos americanos forçaram a sua queda há seis anos. E a opinião pública internacional viu com bons olhos uma intervenção armada que visava pôr fim a um regime obscurantista.
Mas o Afeganistão está de novo à mercê de senhores da guerra, o cultivo da papoila do ópio bate recordes e os talibãs preparam-se para uma ofensiva na Primavera. Se a NATO não ultrapassar divergências, ficamos todos a perder: afegãos, americanos e europeus, o mundo em geral."
Editorial do DN
O problema é que, perante a rebelião talibã, são no essencial os americanos que estão a fazer a despesas do combate. Além dos americanos, no Sul, onde domina a etnia pastune e a violência é maior, só estão presentes os canadianos, os britânicos e os holandeses. Os restantes países da NATO preferem o Norte afegão, onde, apesar de tudo, os talibãs contam com menos apoio e os riscos da guerra são menores.
A Alemanha, sobretudo, é o grande alvo das críticas dos Estados Unidos, pois os seus militares actuam com restrições impostas por Berlim para minimizar a possibilidade de baixas.
Acusados de apoiar Ussama ben Laden e os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra Nova Iorque, os talibãs não tiveram quaisquer simpatias quando os bombardeamentos americanos forçaram a sua queda há seis anos. E a opinião pública internacional viu com bons olhos uma intervenção armada que visava pôr fim a um regime obscurantista.
Mas o Afeganistão está de novo à mercê de senhores da guerra, o cultivo da papoila do ópio bate recordes e os talibãs preparam-se para uma ofensiva na Primavera. Se a NATO não ultrapassar divergências, ficamos todos a perder: afegãos, americanos e europeus, o mundo em geral."
Editorial do DN
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