It's all about oil, - ex Presidente do Fed
O diário britânico The Guardian publicou ontem (21/02/2008) revelações sobre a manipulação a favor do Estado de Israel, em Setembro de 2002, pelo ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido (Foreign and Commonwealth Office /FCO).
O governo pressionou a eliminação das referências a Israel num documento sobre Armas de Destruição Maciça (ADM’s), alegadamente em poder do Iraque, para não afectar as relações anglo-israelitas.
Na altura o governo britânico era chefiado pelo trabalhista Tony Blair.
A palavra “Israel”, diz o jornal, foi manuscrita junto a uma nota do dossiê “agora desacreditado” no qual se declarava que “nenhum outro país [para além do Iraque] ridicularizou a autoridade das Nações Unidas, de forma tão ousada, na procura de ADM’s.”
A mesma atitude de ocultação dos factos relativos à “beligerância iraquiana” eliminou outros países referidos na lista, como os Estados Unidos (EUA), a Alemanha e o Japão.
O Guardian informa que a decisão de ocultar o papel do estado judaico no assunto foi tomada por um organismo – The Information Tribunal – que decide sobre as questões relacionadas com a Lei da Liberdade de Informação vigente nas ilhas britânicas.
O tribunal só analisou a questão após pressões do FCO para que o tribunal não publicasse o relatório na íntegra, exigido por várias ONG’s e movimentos contra o secretismo da informação governamental, desde 2005.
O documento de 32 páginas, classificado como secreto até esta semana, refere fontes dos serviços secretos segundo as quais o Iraque possuía arsenais de armas químicas e biológicas que poderia usar em qualquer altura, como acontecera durante a Guerra Irão-Iraque, nos anos 80. As emendas manuscritas nas margens, não fazem qualquer referência à alegada capacidade de Saddam Hussein para lançar ADM’s no espaço de 45 minutos, uma falsa acusação usada noutro relatório governamental para justificar a invasão militar anglo-americana, em Março de 2003.
O documento de 32 páginas, classificado como secreto até esta semana, refere fontes dos serviços secretos segundo as quais o Iraque possuía arsenais de armas químicas e biológicas que poderia usar em qualquer altura, como acontecera durante a Guerra Irão-Iraque, nos anos 80. As emendas manuscritas nas margens, não fazem qualquer referência à alegada capacidade de Saddam Hussein para lançar ADM’s no espaço de 45 minutos, uma falsa acusação usada noutro relatório governamental para justificar a invasão militar anglo-americana, em Março de 2003.
O deputado do Partido Trabalhista, actualmente no poder, Richard Burden, na qualidade de presidente grupo parlamentar multipartidário britânico-palestiniano, reprovou o comportamento do governo acusando-o de parcialidade e de contribuir para a raiva e a violência na Palestina.
Burden enfatizou que a comunidade internacional “não deve ter medo” de reconhecer que “Israel tem desenvolvido ADM’s desde há vários anos.”
O parlamentar, citado pelo Guardian, acrescentou que se o governo inglês tem receio de “dizer a verdade” sobre as armas nucleares de Israel, tal atitude poderá contribuir para minimizar outras críticas contra Israel, tais como as relacionadas “com o que está a acontecer em Gaza [sob bloqueio judaico] e as violações do Direito Internacional que lhe estão subjacentes.” (pvc)
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