O caos anunciado e necessário
Um estudo publicado ontem na revista “Proceedings of the National Academy of Science” (PNAS) lista as nove regiões do planeta que, ainda este século, serão palco de alterações bruscas devido ao sobre-aquecimento do planeta.
Entre elas estão as monções na Índia e o declínio da floresta da Amazónia.
Os cientistas, coordenados por Tim Lenton, da Universidade de East Anglia, alertam que pequenas actividades humanas podem alterar, de forma ampla e duradoura, alguns dos componentes mais importantes do sistema climático do planeta.
Os investigadores chamam “tipping elements” a nove desses componentes que estão em risco de ultrapassar uma fronteira crítica.
Os nove elementos são o degelo do Ártico (processo que se estima estar concluído dentro de dez anos), recuo da camada de gelo na Gronelândia (em 300 anos), o colapso da plataforma gelada do Oeste da Antárctida (300 anos), colapso da corrente oceânica global conhecida como termoalina (100 anos), aumento da oscilação do fenómeno El Niño no Pacífico (100 anos), colapso das monções na Índia (um ano), interrupção das monções na região ocidental de África (dez anos), desaparecimento da floresta da Amazónia (50 anos) e o desaparecimento da floresta boreal (50 anos).
“A sociedade não deve ser enganada por uma falsa sensação de segurança, ditada por projecções ligeiras de alterações globais”, comentou Lenton, num comunicado da Universidade de East Anglia.“
As nossas conclusões sugerem que uma variedade de elementos pode atingir o seu ponto crítico ainda este século, devido às alterações climáticas induzidas pelos humanos.
As maiores ameaças estão no Árctico e na Gronelândia e, pelo menos, cinco outros elementos podem surpreender-nos ao se aproximarem desse ponto crítico”, acrescentou.
O estudo foi baseado nos dados e informações de 52 especialistas internacionais.
Pois daqui a uns anos estarei morto, se não hoje mesmo ou amanhã.
O problema do homem e da humanidade é ela própria existir.
Os avisos são constantes no entanto a plutocracia que sempre dominou o planeta, sempre destruiu.
A chamada globalização e a sua vertente neoliberal, com a desregulação dos mercados, com os migrações catastróficas de populações dos seus meios rurais em equilíbrio ténue com a natureza, para as periferias das grandes cidades e centros industriais nos países em crescimento acima da médias mundiais, como o Brasil, a China, a Índia, leva ao enriquecimento cada vez maior, dos mesmos de sempre, as famílias dos plutocratas, agora com algumas reticências em aceitar no seu seio, indivíduos de pele um pouco escura, mas como o sacrifício vale, porque o dinheiro e o poder que ele dá é o seu deus, e os lucros são incomensuravelmente maiores do que no tempo em que se deslocaram dos países baixos para os novos continentes.
É claro que hoje as coisas e as dimensões são outras, o Deus que vive na Natureza não perdoa e mesmo que o pudesse não o faria.
Se acontecer ninguém ficará imune.
Quando se pretende, que os mercados sejam abertos e que os consumidores comprem os produtos manufacturados, é necessário pensar que os mecanismos de crescimento das economias e das populações estejam em equilíbrio e que pagando pouco cada vez menos, o consumo desses produtos não existirá. O velho Ford dizia que preferia pagar bem aos seus operários e defendia que os preferia felizes, porque se todos assim fizessem não haveria clientes para os seus produtos..
Pode ser, que num futuro próximo se volte aos blocos fechados e regulados por mecanismos que sejam decisivos no impedir do caos, ou então, de uma forma mais radical, pode duma maneira cínica, pensar-se que atendendo à voragem do capitalismo selvagem, dos mercados desregulados e da lei da selva, que a verdadeira lei da Natureza se imponha sob a forma de um caos, como uma visão ou um episódio apocalíptico, de onde renascerá uma nova Terra, com um homem novo ou então sem homens.
Não tenho dúvidas que isto acontecerá e a sequência de eventos descritos no artigo, um só deles levará à destruição de grandes comunidades de gentes e de seres vivos.
Os homens que mandam perderam a noção, enlouqueceram a pensar que o poder dá sempre mais poder, esquecendo que a morte tudo resolve e que para o outro lado não serve de nada o poder que detiveram.
23 Comments:
Na política, se calhar mais do que em qualquer outra actividade de impacto social, tudo é muito relativo, e o que os indivíduos dizem é o que dizem. Não será a verdade absoluta, são perspectivas e opiniões. Os comentadores do psd são suficientemente lúcidos e fluentes nas palavras para, se quiserem argumentar tudo ao contrário do vão dizendo, o conseguirem fazer com a mesma limpeza. Ainda bem que não o fazem, porque não há nada mais aborrecido e desinteressante do que assistir a cinzentos a falar. Cinzentos no sentido em que se as políticas forem brancas ou pretas eles têm sempre essa cor imbuída e não abalos. Assim, pelo menos no psd, os colegas militantes vão sendo confrotados com o que se revela ser as suas imperfeições. E imperfeitos, obviamente são todos. Portanto, os comentários ps não são um reflexo de imperfeições mas de boas intenções. E dessas está o inferno cheio.
O Banco central e a CMVM são incompetentes e não conhecem as vigarices que foram feitas por uma administração que só se quiz encher,usando ilegalidades ,quando necessárias.O BCP deve dever imenso dinheiro à banca internacional e seria preciso arranjar uma solução para falar com os credores.Como disse o dr João Duque,antes isto, do "que ir para o fundo..."A sociedade empresarial portuguesa mostrou mais uma vez o que vale.Chupar os impostos ,pagos ,na maioria, pelos trablhadores e classes médias .Portugal, a caminho deste "socialismo"..
Numa sociedade em que os funcionários, se falham os objectivos empresariais, vão para a rua, passados 3 meses, 6 meses, um ano, assistimos alegremente a políticos e economistas, a ganhar muito mais, a falharem os seus objectivos há décadas, mas lá vão andando, ora aqui ora ali. As histórias de bancos parecem-me até para rir. No fim, o democrático objectivo político de organizar com justiça a sociedade e de ter a populaçao em geral com condições de vida aceitáveis parece-me assunto muito mais sério e no entanto falhado há décadas.
Nem entendo porque votam nestas pessoas, nem porque depositam dinheiro nestes bancos. Distração, falta de consciência?
De facto parece que passamos da sociedade da informacao para a sociedade do medo que marca, cada vez de forma mais quotidiana e vizinha, decisoes,vontades e politicas.
Nao negociar com terroristas significa nao lhes ceder nem sacrificar uma forma de vida que,boa ou ma nao e o que se discute aqui,nos pertence e da qual devemos poder usufruir em liberdade.
A decisao de cancelar o Dakar e' um sinal de derrapagem,um caminho que importa corrigir mesmo que pela via das armas. Afinal e' a sobrevivencia da nossa felicidade e futuro que discutimos. Se o objectivo dos terroristas fosse a negociacao o seu comportamento seria diverso.
Todos os dias os medíocres meios de informação, que temos no Ocidente, fazem propaganda dos terroristas.Os rapazes da AlQaeda já perceberam tanta estupidez e tiram vantagem.Até deviam ser pagos pelas destruições que causam os seus suicidas(alguem sabe quem são e o que querem?).O rallie do espectáculo burguês foi auto-vítima.Afinal sempre há terrorismo? Não é invençaõ do Bush?..
Não se pode ceder nem recuar perante o terrorismo. De acordo.
Mas para o minimizar, haverá sempre extremistas, fanáticos prontos a fazerem-se explodir, há que actuar sobre as causas que estão na sua origem.
A catequização por clérigos extremistas, nas suas madrassas, que só eles controlam, com carácter político-religioso, de vastas camadas de populações, miseráveis e ignorantes, por quem lhes oferece um vida eterna de felicidade, acompanhadas de algum apoio social, é o alfobre do terrorismo.
Há outro tipo de terroristas, islâmico também, como aqueles que sequestraram os aviões e se fizeram explodir contra as Twin Towers. Sem dúvida bem mais difícil de erradicar. A resposta passará pela defesa intransigente dos valores das sociedades democráticas, a liberdade religiosa e política, onde todos cabem.
Não diria uma vitória da Al-Qaeda mas sim do famigerado Clube Bilderberger e da guerra do medo. Estes tempos que decorrem fazem-me recordar a saga do Padrinho que passou no pequeno ecran nos anos 90. A máfia espalhava o terror e para garantir a defesa aparente dos cidadãos, começou por lhes sugerir o pagamento de uma quota, prática que rapidamente deixou de ser uma sugestão para passar a ser uma obrigação, sob pena de acontecer aquilo que já se sabe. Hoje começamos a sentir a política do medo. «Não faças isto porque o terrorismo pode atacar. Compra medicamentos porque pode haver uma pandemia. Mete um chip nos teus filhos e assim já ninguém os rouba porque serão localizados em qualquer parte do globo». Só faltará sermos chipados como os animais de estimação, aliás isso já se tornou obrigatório para os cães e em algumas empresas do tão proclamado bastião da democracia já começam a sugerir isso aos empregados. Uma população amedrontada é sempre mais maneirinha, mais moldável. Urge preparar os serviços de informações para ao invés de cooperarem simplesmente com tudo aquilo que lhes é imposto pelos EUA, investigarem o que está por detrás das intenções de CIA e companhia limitaa. Com que autoridade andam a prender pessoas e a meterem-nas em aviões «fantasma» cujos voos não aparecem registados nas companhias e a dizerem que são terroristas que foram detidos ou a negarem simplesmente os factos e até eliminando provas tal como aconteceu recentemente ? A política do medo. Recuso ser americano. Recuso ser islâmico. Prefiro continuar a ser português, a respeitar os outros povos e a exigir o devido respeito.
O que nos distingue dos terroristas é justamente o nosso lado mais racional mas também mais humanista. Saber que poderiam morrer pessoas num ataque terrorista e mesmo assim permitir que isso acontecesse não é sensato. Isso sim, seria uma vitória para os terroristas. O cancelamento pelo contrário não lhes permitiu atingir os seus objectivos de morte e destruição.
Para isso não precisávamos das informações dos serviços secretos, bastava deixarmos que as coisas acontecessem, na lógica de que prevenir é ceder na luta. Quando andava na Escola Secundária, ocasionalmente havia uma ameaça de bomba que obrigava a suspender as aulas. Ignorar a ameaça e permitir que as aulas continuassem seria a atitude mais sensata? E se uma bomba explodisse mesmo? E se os terroristas transformassem a caravana numa carnificina? Será que isso não seria uma vitória para eles? Será que não seria um estímulo para repetirem outras acções?
Permitir que se realizasse uma acontecimento, que poderia levar a muitas mortes só para provar que não cedemos, é mais típico das culturas onde florescem os terroristas do que da nossa cultura. Nós somos racionais e preocupamo-nos com as pessoas. Não nos orientamos por ideologias fanáticas que se colocam acima do valor da vida.
Os adeptos da Al-Quaeda viram os seus planos secretos descobertos e anulados. A imagem que passa para o mundo é a de uma organização, cujo projecto é apenas o de espalhar o terror. E quando essa imagem for assimilada por todos, perde a sua capacidade de fascinar e seduzir, todos aqueles jovens dispostos a morrer por uma causa que acreditam ser justa e divina.
FK, não posso concordar com a sua análise, apoiando claramente a idéia expressa por José António Saraiva neste artigo. Como seres humanos sensatos, Portugal organizou um europeu de futebol permitindo a sua realização, apesar de nesse mesmo ano ter sido mostrada uma imagem de vidio com Bin Laden a dizer que «nós, os infiéis ocidentais iriamos pagar por termos ofendido o Islão». Lemos notícias sobre os nossos serviços de informações e a PJ a perseguirem terroristas islâmicos precisamente na altura do europeu de futebol. E no entanto, ele realizou-se. Agora o que é o terror ? Podemos pensar numa Al-Qaeda, sim, pois vemos o fanatismo religioso e as suas consequências. Mas também podemos pensar num aproveitamento económico. Num espaço de tempo relativamente curto Portugal sofreu dois acontecimentos estranhos. Primeiro um alegado rapto que atingiu umas proporções incrivelmente estranhas e à escala mundial, podendo afectar fortemente o nosso turismo e consequentemente a nossa economia. Alguns chegaram a ver também publicidade imobiliária no país vizinho apontando o Algarve como se fosse Espanha. Portugal andou nas bocas do Mundo e o estranho é que este crime assemelhou-se em muito ao que já tinha acontecido com a pequena Joana, com alguém a dizer à PJ "Olhem, escavem aqui, olha não, afinal escavem ou procurem antes ali ou acoli". Agora temos novamente um "Olha foi vista no Marraqueche, afinal foi em Espanha, olha não foi em Malta, olha foi na Bélgica". Este cancelamento de rally tem uma particularidade. Turistas franceses mortos. América do Sul a fazer contas e a candidatar-se e a assumir o caso como consumado. Organização do rally já se tinha encontrado no Chile nas semanas anteriores. Os terroristas, uns tipos porreiros, até falam em árabe e depois em inglês não fossem os portugueses não entenderem bem e ameaçam com atentados na Torre Eiffel. Finalmente os serviços secretos de França apanham os bandidos que dizem que Alá é grande e logo num país com fortes laços com França. Tenho uma hipótese a apontar para terrorismo contra umas cinco ou seis a apontarem para interesses económicos. No meio, mistura-se o medo que prejudicou todos os participantes e toda a máquina envolvente. Devemos estar preparados para um ataque terrorista, mas a pior defesa é ser-se paranóico. Terrorismo ? Preocupa-me o económico, entre Estados.
E não nos esqueçamos, Fr, de um outro pormenor. Então cometem um atentado contra cidadãos franceses, sabem-se procurados pelos serviços secretos desse país, são indivíduos com ligações à Al-Qaeda o que os faz especialistas e bem informados e fogem para um país com fortes laços de amizade com França tendo muitos outros em redor e todo um imenso deserto com inúmeras paragens onde dificilmente seriam encontrados ?
A questão de negociar ou não com santos ou demónios não tem de ser sempre uma questão de princípio e moral. Pode ser apenas uma forma de minimizar traumas e vítimas inocentes. SE calhar vale a pena. Qualquer pessoa normal entregaria o ouro ao bandido para salvar a vida do ente querido. Só quem dá mais valor ao ouro que ao ser humano (muito boa gente, é verdade) é que não o faria.
Em relação ao lisboa/dakar é uma corrida mítica e mediática. Como não pode deixar de ser, o mediatismo acaba por se engolir a si mesmo. As coisas estão feitas assim. Há sempre outros mediatismos maiores a engolir os mais pequenos. Agora é essa malta entretida em aterrorizar.
Kal tem a perspectiva mais correcta de toda esta situação.
O terrorismo de que se fala hoje e dia é em grande parte provocado, falsificado ou fantasiado por aqueles (no Ocidente) a quem interessa a cultura do medo por cá. Chegamos ao cúmulo de termos soldados britânicos no Iraque vestidos de árabes a atirar contra civis iraquianos, de forma a que a culpa recaísse em supostos terroristas islâmicos, para atiçá-los uns contra os outros.
Este mundo complexo de hoje não é tão linear como o querem fazer parecer os nossos dirigentes políticos ocidentais. As guerras no Iraque e no Afeganistão não terminam porque alguém (uma vez mas no Ocidente) vai lucrando com elas, quer com venda de armas, quer com juros cobrados de empréstimos, quer com exploração do petróleo, quer com comissões sobre o ópio afegão, quer com construção de infraestruturas pagas pelos estados árabes para depois elas serem destruídas pela aviação ocidental ou por supostos "terroristas" inexistentes ou pagos pelos serviços secretos ocidentais ou com os quais mantêm contactos regulares.
Os interesses económicos, de grupos bancários líderes mundiais, de grandes empresas de construção, petrolíferas, de segurança, de armamento, estão acima dos de qualquer grupo terrorista, sendo que alguns são-no específicamente criados por estas. A cultura do medo interessa a todas estas companhias. Os bancos americanos lucraram milhares de milhões de dólares com todas as guerras do século 20 e deste século. incluindo as grandes guerras e a do Vietname. Õs EUA entraram nesta guerra por pressão dos banqueiros e criando um falso ataque a forças suas na zona, ataque esse que se admitiu ter sido fabricado.
Quer-se provocar o medo para que as pessoas se deixem comandar, permitam que se lhes retire direitos fundamentais, a liberdade, para que pensem que estão mais seguras, mas o que estão é mais controladas. Todos os estudos dizem: desde as invasões do Afeganistão e do Iraque, que o "terrorismo" aumentou e a força dos "terroristas" também. Mas quem são esses "terroristas"? Vão desde jovens a quem lhes foram mortos os familiares em bombardeamentos ocidentais até elementos dos serviços secretos ocidentais, ou por estes pagos, que procuram provocar instabilidade e/ou acusar alhum grupo, para que continuem com a ter justificada a intervenção e menutenção das suas tropas naquelas zonas bem como a manutenção do clima de medo nas sociedades ocidentais.
Há muitas provas mesmo de que os grandes atentados nos estados unidos foram planeados e executados ou encomendados pelo FBI e CIA, incluindo o 11/9, visto que muitos dos "suicidas" continuam vivos, provas de que as Twin Towers foram demolidas com explosivos e não caíram por causa de incêndio provocado pelo choque dos aviões, um passaporte de um árabe encontrado intacto nos escombros quando tudo o resto eram cinzas..., míssil americano e não avião desviado que foi lançado de propósito contra o Pentágono, e muitas outras provas que o Governo norte-americano omite ou deixa em segredo de estado.
Sem me alargar, peço a todos os que aqui passam que tenham em atenção que este mundo não é cor de rosa ou a preto e branco, há muitos níveis de cinzento e o que os nossos orgãos de comunicação transmitem é informação filtrada, transfigurada, e muito aparente, sem se ter nada como adquirido e certo.
Os milhões de mortos vietnamitas, afegãos e iraquianos, entre muitos outros, são a única verdade nesta pretensa guerra contra algo. Tem que haver sempre uma guerra que encha os bolsos dos grandes: acabou a guerra contra o "comunismo", inventaram a guerra contra o "terrorismo".
Nem de perto nem de longe penso que a Al-Qaeda se trata de uma ficção ou que o fundamentalismo islâmico não é uma ameaça, o que pretendi dizer é que com terrorismo ou sem ele os governos não podem deixar de viver e que para mim aqui a única coisa que se passou foram os interesses económicos que falaram mais alto. Já quanto às teorias da conspiração sobre as Twin Towers, discordo das alegadas provas, por uma simples razão. Partindo do pressuposto que teriam sido derrubadas por explosivos e sendo os edifícios cheios de empresas, como teria sido possível colocar tanta carga de explosivos sem dar nas vistas estando a falar de prédios com tantos andares e estrutura em aço ? Infelizmente o máximo que os engenheiros podem fazer quando dizem que um avião não provocaria um incêndio capaz de derrubar aquilo é fazer cálculos matemáticos, mas nunca prever o desfecho de uma situação real que nunca tinha acontecido antes. Quem viu os escombros do incêndio do Chiado sabe que a queda das Twin Towers era perfeitamente possível, pois apesar de nem se poderem comparar as proporções, a temperatura atingida durante o incêndio foi de tal ordem que as vigas de aço que suportavam os armazéns pareciam pedaços de plástico contorcidos pelo calor, completamente vergados. Ora transpondo isto para uma estrutura da envergadura das Twin Towers, que me perdoem os adeptos da teoria da conspiração relativamente ao 11 de Setembro, mas com aquele calor as vigas não manteriam a densidade necessária para suportar um peso daquela ordem e note-se que tendo jorrado Jet A1 para dentro do edificio, o interior deverá ter sido transformado num forno. Agora nem por isso os Nova Iorquinos deixaram de viver, de irem para os seus empregos e até de comemorarem os seus dias festivos utilizando como desculpa o medo provocado pelo atentado do 11 de Setembro. Aliás, contrariamente ao governo francês, os americanos jamais cancelariam o rally com medo da Al-Qaeda, antes pelo contrário já que a política deles é de não cedência a ameaças e aqui tenho de estar totalmente de acordo com eles. Não me agrada a política de Bush, mas entre uma cultura ocidental e um fundamentalismo islâmico, nem preciso de pensar duas vezes para escolher os americanos. Quanto aos milhões de mortos provocados pelas guerras, todos se esquecem dos que o comunismo provocou, ainda que a barbárie não se meça em quantidade.
Terroristas ou guerrilheiros? Se defendem pontos de vista contrários são terroristas, maus e inimigos; se defendem pontos de vista afins são guerrilheiros, bons e amigos! Na prática, são todos assassinos, tal como os donos da guerra e os guerreiros! Por isso, é metê-los todos num "saco" juntamente com as bombas que todos eles adoram e detonar tudo junto...
Sobre a notícia de hoje dos políticos:
Poderá parecer estranho, mas não é !!!
São estes os nossos representantes políticos, esquecidos de que foi o voto do povo que os sentou na cadeira do poder, estes senhores transformaram a política no seu ganha-pão.
Eles os "eleitos" pensam estar acima de tudo e de todos, são a nova classe de intocáveis...
Não é tempo de terminar este regabofe da democracia saloia ???
O facto de muitos politicos depois de mais de trinta anos terem ludibriado o povo, não é caso para se sentir saúdades de Salazar. Talvez ele não tivesse enriquecido mas enriqueceram os Melos, os Espiritos Santos, os quinas, etc.etc.Mandava géneros alimenticios para Franco, admirador de Mussolini, Hitler, e ficava o povo de Portugal na miséria,O autor deste comentario conheceu bem a fome.
Estou de acordo que os politicos ñ declarem seus rendimentos eles matam-se a trabalhar e quase que nem dormem para assegurar o nosso bem estar, veja-se o nosso salário minimo as nossas reformas os nossos salarios em geral, meus amigos é assim não há ninguem que passe com a mão pelo melo sem se lamber
Por rendimentos subentende-se ser dinheiro resultante de trabalho, dinheiro honesto. Mas o que os políticos querem é esconder o dinheirão, carros, casas e outras coisas mais que vão possuindo ao longo da sua carreira política e por via de métodos desonestos. Nem sempre o fruto do cambalacho vai directamente para o político, passa 1º por um familiar qualquer para disfarce. Termine-se com a lei 25/95
Ficar espantado sempre fico, embora sabendo que de politicos tudo pode acontecer, já eu deveria estar razoavelmente prevenido ou vacinado, mas acontece que sempre fica a esperança de algo poder melhorar. Mas uma vez mais o engano se regista. Como é possível ter a descaradeza de fazerem este pedido tão cruel quanto absurdo? Sim cruel porque se pede uma vez mais ao povo que sofra por erros que essa classe cometeu e em troca uma vez mais eles tentam subornar o povo por baixo da Não se pode aceitar que se retirem direitos a uns,direitos dignos, que antes o estado assumiu e agora pura e simplesmente um político lunático venha retirar os mesmos, mas feche os olhos e permita que uns ipócritas se escudem numa lei cretina e peçam o secretismos dos seus rendimentos.
Como são eles que fazem as leis, nunca vão fazer nada contra eles. Por isso só há uma forma, criar um partido novo e independente (sem está geração e mentalidade de políticos) para ganhar as próximas eleições e aí sim, poderá com uma maioria alterar as leis a bem da Nação. Vamos a isso, caso contrário ficaremos com a crítica e vê-los ser donos do País.
Acabar com o sigilo bancário e atacar quem tem riquezas não comprovadas, acabar com os BOYS, a troca de favores "hoje és tu, mas lembra-te que amanhã vou bater à tua porta" e quando saiem até parece combinado para receberem indemnizações e logo de seguido tem o tal poleiro "reservado". Isto sim, é uma vergonha tolerável, até quando ?
Hoje a transgressão em Potugal está instalada, a todos os níveis porque as consequências são irrelevantes! Temos a transgressão dos mais altos Quadros da Banca, das Instituições, do Futebol, da Política, das grandes empresas, ... enfim ... Que bons exemplos para a nossa juventude !
Todas as regras são boas até que me impeçam de fazer o que eu quiser. Se sou fumador, espalhem à vontade avisos de proibição de fumar, desde que não seja na discoteca que frequento. Se sou empresário, preencho todos os papéis e pago todas as taxas, desde que não metam o nariz na minha empresa. Se sou automobilista, é simples – compro um detector de radares. Se estaciono o carro em cima do passeio e sou multado – é a caça à multa.
E se a temível “lei do tabaco” é cumprida, é porque existem seis milhões de inspectores fanatizados.
Num país assim, em que a transgressão é venerada como princípio cívico, não espantam as reacções à actuação da ASAE. Ou melhor: espantam, sendo o que são e vindo donde vêm.
A ASAE é increpada pela “desproporção”, pela “destruição de tradições”, pelo “abuso”, em suma – tal como a inspecção do trabalho e a fiscalização tributária – pelas tentativas de desbaste da selva laboral e fiscal que impera na construção civil.
Mas toda a gente sabe que os inspectores não fazem leis e – o que é mais – estão estreitamente amarrados ao princípio da legalidade.
Se, pois, há casos (aparentemente muitos) que bradam aos céus, as hipóteses que se colocam são duas: uma é a de as regras estarem erradas, serem excessivas, violentas (responsabilidade de quem legisla), outra é a de a fiscalização aplicar mal as regras (responsabilidade de quem dirige as inspecções). Algo nos diz, porém, que a primeira é, de longe, a mais consistente.
Um exemplo mais ou menos risonho: o da norma segundo a qual os restaurantes só podem utilizar carne proveniente de abates em matadouro. Os frangos que “picam” ou que “correm” – em suma, os galináceos de criação caseira – são proscritos da restauração comercial.
Por outro lado, as regras admitem que o produtor forneça ao “consumidor final”, ou ao retalhista que lhe vende, “pequenas quantidades” dessa cobiçada espécie avícola. Mas que é isso de “pequenas quantidades”? E onde fica o restaurante, nessa nevoenta cadeia comercial?
Outro exemplo (entre tantos) é o dos cartuchos das castanhas assadas: papel impresso, nunca mais. Lá se foi uma relevante função social da imprensa escrita.
Há aqui, por um lado, zelo regulador que convida à troça – e, por outro, amplo espaço para o arbítrio de quem fiscaliza. Em qualquer dos casos, o legislador é tudo menos inocente. Parece bem claro que a regulamentação existente, no domínio da segurança alimentar, filha de regulamentos europeus, miúda e germânica, representa, na orla sul da Europa, um convite à cabriola.
Mas, perante a cultura dominante, há algo de impúdico nas sucessivas campanhas de trituração dos serviços de inspecção – que já andam de cara tapada. Têm uma tarefa antipática mas vital. No estado a que chegámos, parece, de facto, só restar um meio de “mentalização”: o receio do castigo. (Suspeita-se, aliás, que também na Escandinávia foi assim). E o tamanho do problema é tal que só restam duas maneiras de o afrontar: no médio prazo, mais e melhores inspectores; no curso prazo, barulho e espectáculo.
É que há uma emergência séria. Mostra-o o facto de a campanha contra a acção inspectiva se ter instalado em São Bento – ou seja, na própria casa do legislador
Enviar um comentário
<< Home