O Kosovo, um perigo com nome de solução
A decisão de promover e consagrar a independência do Kosovo, invocando como legitimação das potências exteriores intervenientes a reinvenção do modelo de protectorado, tem, entre mais defeitos, o de distrair as atenções para a criação de um perigo, usando o nome de solução.
Uma terminologia que ensaia incluir nas desatenções as sequelas derivadas de uma intervenção que viola os princípios legalmente estabelecidos de respeito pelas fronteiras.Trata-se de uma política que parece mais desorientada do que orientadora, porque a realidade não se torna menos grave pelo método de a cobrir com um manto de retórica tecnocrática, mas distante da experiência e do direito ainda em vigor.
Nesta realidade que se aprofunda para além da vida e morte de várias gerações, destaca-se o caso da Palestina para o qual a criatividade interventora nem sequer mostrou a vocação nem o maleável sentido de responsabilidades com que recorreu à reinvenção do protectorado, agora em artes finais.
Uma prática ameaçadora de alastramento, que deixa à natureza das coisas, enquanto a imagem dos ocidentais se deteriora, os danos colaterais que irão somar-se ao pântano do Iraque e ao desenrolar imprevisível da estagnada situação do Afeganistão.
Finalmente, as atenções requeridas e orientadas para o terrorismo global, com relação a um perigo já efectivo e em progresso, não remeteram para a penumbra do esquecimento a oportunista negligência cultivada por exemplo em relação ao khmer vermelho, fazendo por ignorar a relação entre o seu carácter criminoso e o direito de intervenção.
O amparo da definição do chamado eixo do mal não veio a tempo de, sem os excessos que dinamizou, ter abrangido um exemplo de governo realmente responsável por crimes contra a humanidade, e por isso não prescritos.
Por tudo, e de um ponto de vista abrangente, é excessiva a prática de colorir com a insinuação do interesse fundamental do Estado, e até do interesse geral da humanidade, visitas, como a recente do Presidente americano ao Médio Oriente, o qual, invocando o serviço da paz, pontuou o encontro com o anúncio de um importante contrato de fornecimento de armamento.
Trata-se de intervenções que em regra evidenciam o cuidado de afastar a opinião pública da realidade, coberta esta pelas teatralidades dos encontros e das declarações, com a paz nos discursos e o comércio das armas nos contratos.
Estas práticas destinadas a fornecer à opinião pública um horizonte virtual que funcione como filtro de garantia da desatenção aos factos pelos eleitorados são profunda e repetidamente condenadas pelas sedes de intervenção que lutam pela reposição de alguns valores, ao menos pelo valor da decência em relação aos povos da geografia da fome.
A situação de anarquia da governança mundial, com as tremendas agressões do terrorismo global, exige enfrentamento sem quebra de vontade e sem tolerância para com as fundamentações ideológicas.
Um desafio que se espera que contribua para a reorganização das instâncias supranacionais que devem assumir a gestão das solidariedades exigidas pelas novas interdependências mundiais. Mas a circunstância de perigo agudo, que sobretudo atinge os ocidentais, também não será reduzida pela racionalidade que ignore as causas desta cólera devastadora, que se alimenta das raízes que mergulham na extrema miséria das populações que habitam naquele que foi "o resto do mundo".
Todavia, a manipulação das imagens também aqui permite que todas as causas interiores dessa desordem sejam remetidas para a penumbra pela constante invocação que os responsáveis locais fazem do passado colonial.
A resposta construtiva exige o abandono desta teatrologia assumida por todos os intervenientes num jogo sem regras de boa conduta, para que as áreas culturais, com memórias contraditórias e valores diferentes, possam finalmente contribuir em paz para a reorganização da ordem mundial, insistindo na prévia mobilização das sociedades civis.
Prof. Adriano Moreira
Os estados sem futuro e sem vibilidade estão na moda.
É claro que as coisas não acontecem por acaso.
É preciso desacreditar a Europa comunitária ou a Europa das nações e criar um foco de desestabilização no seu coração. No entanto a CEE parece estar disposta a reconhecer um governo corrupto de um estado sem estado, abrindo um precedente de incoerência em relação à Turquia e deixando caminho livre a um estado islâmico fabricado pelos aliados NATO, Portugal incluído.
Prof. Adriano Moreira
Os estados sem futuro e sem vibilidade estão na moda.
É claro que as coisas não acontecem por acaso.
É preciso desacreditar a Europa comunitária ou a Europa das nações e criar um foco de desestabilização no seu coração. No entanto a CEE parece estar disposta a reconhecer um governo corrupto de um estado sem estado, abrindo um precedente de incoerência em relação à Turquia e deixando caminho livre a um estado islâmico fabricado pelos aliados NATO, Portugal incluído.
Deveríamos estar fora da aliança, não faz sentido, lá permanecer, apenas para satisfazer umas forças armadas com tantos oficiais como tropas.
A França está no bom caminho com aquele presidente, para se desacreditar como estado da galhofa.
Timor é um estado inviável, os australianos sabem como perpetuar o problema e os acontecimentos são objectivamente prova disso.
Enfim, o mundo continua muito perigoso...
A França está no bom caminho com aquele presidente, para se desacreditar como estado da galhofa.
Timor é um estado inviável, os australianos sabem como perpetuar o problema e os acontecimentos são objectivamente prova disso.
Enfim, o mundo continua muito perigoso...
17 Comments:
Mas a Administração Norte Americana acredita mesmo que a independencia unilateral do Kosovo contribui para a estabilidade regional? Não acreditará exactamente no oposto e não estará exactamente interessada nisso?
Por acaso o ex-KGB e novo democrata Putin não "saberá" nada sobre este tema? Não poderia sêr um dos mediadores ou terá ele o "rabo preso"?
O Kosovo é o mais difícil desafio com que a União Europeia se confronta. É uma crise congelada no coração de Europa, uma ferida mais funda do que se possa pensar. É um drama para os kosovares, sérvios e também para a UE, na expressão do ministro Luís Amado, essa “bomba-relógio está enterrada no seu próprio quintal”. A UE e a Presidência portuguesa têm a missão delicada de desactivar uma bomba que pode explodir a todo o momento.
O Kosovo é uma província da Sérvia, com 90 % da população de etnia albanesa, administrada pela ONU desde 1999. A segurança é garantida pela NATO. A UE tem conduzido o processo de reconstrução deixando a democratização para a OSCE. Uma solução vem a ser estudada desde que a NATO e a ONU tomaram o controlo do território. O seu estatuto já devia estar decidido, mas as posições divergentes das partes e dos membros do Conselho de Segurança da ONU adiaram-no. Os kosovares só aceitam a independência, quer seja obtida por um acordo internacional, ou uma declaração unilateral até ao final do ano, que pela certa será seguida pelo reconhecimento dos EUA. A Sérvia oferece uma autonomia alargada, reafirmando que o Kosovo é o berço da sua cultura e religião e em momento algum está disposta a trocá-lo pela adesão à UE. A Rússia, aliada tradicional da Sérvia invoca uma posição de princípios: a independência envolve a integridade territorial e a soberania dos Estados, é contrária ao direito internacional e abre precedente para regiões separatistas em todo o mundo.
A ONU nunca assumiu uma posição pro-autodeterminação do território até ao último relatório Ahtisaari, enviado especial da ONU que recomenda a independência sob supervisão da UE. Desde Agosto uma tróica mediadora (UE, EUA e Rússia) procura incentivar as partes a entenderem-se. A Rússia e os EUA têm posições claras, o mesmo não acontece com a UE. Uma evolução positiva é que, pela primeira vez, a UE está representada como tal na tróica. Outro aspecto prometedor é que há alguns dias, na reunião informal todos os ministros de Negócios Estrangeiros dos 27, insistiram em que o objectivo central é “manter a unidade europeia” a todo o custo e seja qual for a evolução da situação. O momento da verdade surgirá quando os mediadores entregarem ao Secretário-Geral da ONU o relatório das negociações a 10 de Dezembro. Nessa altura a unidade europeia terá que ser traduzida numa “posição comum”. A “bomba” pode cair em cima do Conselho Europeu de Dezembro. Tentando arbitrar um jogo que ninguém aceita perder ou empatar, o mais provável é que a maioria dos países da UE alinhe com Washington, mas será a Europa a herdar o caos no seu território.
A UE terá de assumir uma posição activa e comum face ao futuro do Kosovo. De contrário, corre o risco de perder a credibilidade da sua política externa e segurança comum, o que terá efeitos nefastos a longo prazo. Se a UE falhar no Kosovo, os Balcãs continuarão na incerteza e a União não cumprirá uma das suas obrigações, estabilizar e pacificar a Europa, não terá poder para lidar com as crises noutras partes do mundo. O tempo para negociar é escasso, a UE só tem alguns meses para encontrar uma solução e as hipóteses de a alcançar são poucas.
A Hungria está a favor duma solução negociada para prevenir uma nova onda de conflitos e uma situação de vencedores e vencidos. A solução exige cedências de ambas as partes. Qualquer acordo é preferível a soluções unilaterais. Manter a unidade da UE é uma prioridade pois assegura a sua credibilidade, tanto nos Balcãs como nas outras partes do mundo. É preciso uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU que respeite os princípios do direito internacional e evite os reconhecimentos unilaterais. A decisão não pode abrir um precedente. A protecção das minorias deve ser garantida. A UE deve oferecer uma perspectiva de adesão para a Sérvia, Kosovo e outros países dos Balcãs.
A difícil tarefa da presidência portuguesa é encontrar uma saída e não deixá-la para a próxima presidência, a da Eslovénia, que fez parte da ex-Jugoslávia. Se a UE quiser ser uma potência internacional terá que manter a estabilidade nas suas fronteiras. O Kosovo representa um teste vital à política externa comum. Não está em jogo só o seu futuro, mas o dos Balcãs, o qual depende da sua integração na Europa.
A transformação numa potência internacional terá que ser a vocação da União Europeia. Ou isso ou a irrelevância política. No entanto, este destino não corresponde a nenhum desígnio inevitável, justificado ideologicamente, como gostam de fazer alguns. É antes de mais o resultado da fraqueza relativa dos países europeus. Por mais voltas que se queira dar, nada apaga um facto histórico: o século XX retirou aos Estados europeus o estatuto de grandes potências mundiais. Como disse um dia um político belga: “nós na Europa agora somos todos pequenos, só que alguns ainda não sabem”. Saindo dos gabinetes da política para os corredores universitários, um dos pais do realismo político afirmou um dia que a diplomacia e a política externa são um “luxo das grandes potências”. Talvez tenha sido vítima de algum exagero, mas a verdade é que o poder é fundamental para se ser decisivo na política mundial. Para lidarem com a sua “queda”, os países europeus estão assim perante um dilema político: ou mantêm a sua autonomia diplomática intacta, e o custo será o caminho gradual para a irrelevância diplomática, ou constroem uma verdadeira “união” para a política externa, que permita os países europeus defenderem os seus interesses no mundo, e a factura será restrições à liberdade nacional no plano externo. As coisas não são inevitáveis, mas há que fazer escolhas: ou autonomia nacional ou influência externa. Claro que a maioria dos europeus, “eternos optimistas”, acredita que se vai encontrar uma fórmula perfeita de equilíbrio entre a autonomia e o poder. Mas por vezes as expectativas dos optimistas não se confirmam e há mesmo que tomar decisões com custos. O Kosovo e África vão ser dois grandes testes à vontade da “união” Europeia no plano externo.
Se a União Europeia quiser ser uma potência internacional terá que ser capaz de manter a segurança nas suas fronteiras. Neste momento, o “futuro do Kosovo” constitui o maior teste. A melhor maneira para tratar do assunto é perceber que não está em jogo simplesmente o “futuro do Kosovo” (daí, as aspas), mas o futuro dos Balcãs, o qual depende da sua integração na “Europa”. É isto que os europeus têm que fazer os norte-americanos e russos entenderem. Aos primeiros, é necessário explicar que a intervenção militar termina os conflitos, mas é insuficiente para estabilizar a região. E aqui, o papel da União Europeia é crucial. A Moscovo, será preciso mostrar com firmeza que o futuro dos Balcãs deverá ser na “Europa” e não num regresso ao jogo das esferas de influências imperiais, que tantas tragédias causou durante o século XX. Todavia, para serem aliados e negociadores firmes e eficazes, os países europeus terão que estar unidos. Se não conseguirem, os Balcãs continuarão a viver dias de incerteza e de instabilidade e a União não cumprirá uma das suas principais obrigações: estabilizar e pacificar a Europa.
No caso do continente africano, o teste não será tão urgente, mas não deixa de ser igualmente decisivo. Não é na América Latina, nem na Ásia, mas em África, que a União Europeia deve projectar a sua vocação de potência para a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento. O sucesso exige, desde logo, que se entenda devidamente o que está em jogo. Veja-se o exemplo da “Cimeira UE-África”. O mediatismo que envolve a questão e o dramatismo construído à volta da presença de Mugabe estão a fazer esquecer o essencial. O encontro é importante na medida em que visa o início da construção de uma “nova parceria UE-África”. Ou seja, a “Cimeira” não é um objectivo em si, mas uma etapa, obviamente necessária, para se iniciar uma estratégia política. Colocando a relação entre a União e África num plano mais alargado e estratégico tem, desde logo, a vantagem de relativizar a importância da presença de Mugabe. Além disso, alguns dos que estão contra a vinda de Mugabe são igualmente aqueles que mais defendem a necessidade de uma nova parceria com África. Se em 2008, for possível afirmar que os Balcãs estão a caminho da estabilidade e que a União Europeia e África estão ligadas por uma nova parceria para a segurança e o desenvolvimento africanos, pode então começar a falar-se da emergência de uma nova potência internacional. Os próximos meses serão decisivos e, como sempre, caberá aos países europeus decidirem como é que querem que o mundo os veja.
Não haja ilusões sobre a unanimidade europeia em política externa.Tambem com aquele Solana a promovê-la ,outra coisa não seria de esperar.E ,como escrevi noutro comentário,nem sequer no consumo de gás argelino tal será possível ,apesar de poucos países envolvidos.Mas, do lado Leste não estão melhor ,com a enorme dependencia da Russia.Passará muito tempo antes que a União funcione ,se acaso algum dia aí chegar.
...pois e no caso Europeu ainda temos o País Basco e os enclaves coloniais do Norte de Africa (...que eram portugueses e foram "abocanhados" pelo expancionismo castelhano - não esquecer OLIVENÇA e Gibraltar - tão parecidos e atitudes tão diferentes da "falange castelhana"). Como tal a Espanha está bem entalada com esta kestão do Kosovo, desconfio eu. E é de ir ás lagrimas com a verborreia do PS sobre o Iraque e o anti-americanismo primário... Quando foi necessário intervir militarmente no Kosovo lá foram os paladinos da républica e do pacifismo solicitar a intervenção dos EUA... não foi assim Guterres??? e os franceses??? é como disse, é de ir ás lágrimas. E o que me irrita é que temos lá tropas para resolver problemas de conciencia ALEMÂ da II guerra ...
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Uma ilha é Sísifo naufragado numa elipse: quanto mais se afasta de um ponto, mais perto está de voltar a esse porto. Este o problema endémico de Timor. Numa geografia virada para dentro, o tempo arrisca-se à sua própria repetição. E a política, por autofagia, faz-se imune à História.
Alguns factos soltos, na semana mais difícil do mandato do Presidente José Ramos-Horta:
1. Em nenhum outro país do mundo as instituições democráticas e a normalidade constitucional estão reféns de um homem com 19 (dezanove) armas automáticas;
2. O major Alfredo Reinado, por uma questão de escala e de capacidade, não é um rebelde, no sentido, por exemplo, em que Jonas Savimbi o foi em Angola, ou que Mokhtada al-Sadr o é no Iraque; Reinado não propõe uma ordem diferente, apenas nunca se adaptou à ordem existente; nesse sentido, é um caso de ordem pública e não um problema de Estado; a confusão entre uma coisa e outra produziu um herói;
3. Um herói, em Timor, é alguém que não morre, porque sempre sobrevive a si próprio; os vivos, aqui, não vivem no seu corpo mas no seu símbolo; Reinado já é imortal – após ter “suicidado” cinco dos seus homens em Same;
4. A nova geração procura heróis da sua idade; os velhos sabem desta ingratidão: a luta alimenta apenas aqueles que a fizeram; os outros pedem pão, paz e emprego;
5. A ossatura de um Estado faz-se de dois pilares: o da segurança e o da justiça; em Timor-Leste, o pilar da segurança ruiu há um ano e ainda convalesce; foi o sistema de justiça que segurou a soberania da jovem nação; é o sistema de justiça que está, agora, a ser bombardeado – pelos órgãos de soberania;
6. Timor-Leste é o país para onde Portugal canaliza mais dinheiro dos seus contribuintes; os sectores estratégicos da Cooperação Portuguesa aqui são a Língua e a Justiça; o silêncio português é preocupante e humilhante; exige-se a Lisboa que relacione, depressa, os ‘cocktail molotov’ lançados contra a GNR no Bairro Pité com a frustração de uma geração integrada, de facto, pelo ‘bahasa’ indonésio; uma Língua de inclusão é uma aposta de sucesso; uma Língua de exclusão é uma bomba-relógio;
7. “Não devo favores a ninguém”, repetiu José Ramos-Horta, é verdade: nenhum outro político ou partido timorense tem uma legitimidade de 70 por cento do eleitorado desde que, na euforia da independência, Xanana Gusmão foi plebiscitado com mais de 80 por cento dos votos; é surpreendente o receio do Presidente em usar essa legitimidade, agora, sobre aqueles que, ‘hélas!’, a desconseguiram: Xanana Gusmão e Mari Alkatiri;
8. Nenhum outro país lusófono atingiu a independência com um naipe de líderes tão inteligentes, tão honestos e tão carismáticos como Timor-Leste (bispos incluídos); o que eles fizeram disso, porém, demonstra que a soma das partes pode ser muito inferior ao valor individual;
9. As legislativas de há um mês (um mês!) produziram um parlamento mais democrático e equilibrado; a crise actual resulta, apenas, das rivalidades pessoais, insanáveis, de quatro ou cinco homens; é triste que tanto lastro sepulte tanto génio e adie um projecto nacional;
10. Mário Carrascalão, ex-governdador na ocupação, foi o único a sugerir um acto patriótico da geração de ‘75: “Os novos ao poder” (e eles existem); nada de novo, aliás: aconteceu no próprio PSD com a candidatura presidencial de Lúcia Lobato; aconteceu na Letónia nos anos 90; mas em Timor, o mundo e o passado importam pouco;
11. O país é ingovernável e todos o sabem: a Fretilin tem o poder do bloqueio; a oposição tem o poder da inexperiência;
12. Pior: ambos têm o poder da rua.
A GNR não está em Timor a fazer nada de importante e relevante para Portugal porque não temos qualquer interesse económico, territorial e social lá. A Austrália "anexou" Timor e não se sabe o que estão lá a fazer agentes que fazem falta em Portugal.
Só estão a gastar dinheiro dos contribuintes!!!
A Austrália não quer a GNR em Timor e Portugal está a apoiar um governo minoritário que excluiu o partido mais votado de governar. Aquilo não tem solução... e a GNR é uma polícia, não é um corpo expedicionário. E se os ataques forem mais violentos?
Nem mais um para Timor...
Dª Rita
A Senhora tem consciência das barbaridades que acabou de escrever? Desde que está lá a GNR e só com a GNR houve acalmia da violência, que nem as Tropas Australianas conseguiram controlar! Pergunto eu, que sentido faz um pais como o nosso enviar tropas para o Afeganistão (salvar a face do Sr. Bush?), e já para um país que após a independência preferiu escolher como língua oficial o Português, preterindo o Inglês! Pense bem antes de escrever... e já agora tenha orgulho em ser Portuguêsa!!!
Respeitosos Cumprimentos
Apoiado Senhor Gomes
Como ex-oficial da GNR tenho o maior orgulho no que estão fazendo esses valorosos militares que alguns, por cá e sem saber o que dizem, se entretêm a menosprezar e vilipendiar. Não estou de modo algum de acordo que a GNR sirva para dar cobertura a um facínora como o Bush e às suas aventuras guerreiras, onde nunca o vi assumindo os riscos mas sempre à custa dos outros. Por outro lado não posso, nem nenhum português de coração poderá deixar de prestar todo o seu apoio às forças da GNR a que, certos politiqueiros de cá, de trazer por casa, e a quem a revolução deu uma profissão que até aí não tinham, teóricos, na sua maior parte e que nem o serviço militar cumpriram, querem menosprezar e deixar de considerar como força militar.
Vejam o que diz o seu decreto Orgânico: ?... a GNR é um corpo especial de tropas, prolongamento do Exército..." e o que reza a sua divisa: ?Pela Lei e pela Gre.?.
Que sejam felizes na nobilíssima missão que hoje cumprem e que só por ignorantes não é compreendida.
Dª Rita
Apenas duas linhas só para ver se percebi o comentário...
Rita Salema: diz que Portugal não tem qualquer "interesse económico, territorial e social" em Timor não estando portanto a fazer nada lá.
Triste, não é? Só os interesses justificam uma ajuda...
O sr. Gomes critica e não comenta a sra. Rita.
Diga cá para a gente compreender: só com a GNR é que houve acalmia de violência ? Então como é que o sr. Gomes classifica os atentados cometidos a Xanana e Ramos-Horta ? Carícias, festinhas na carinha deles ?
Haja pachorra, sr. Gomes e fique sabendo uma coisa: eu, as Salemas deste País, os Gomes deste País, todos os contribuintes deste País, quer queiram quer não, pagam através dos enormes impostos, a presença da GNR em Timor. Dá para perceber, sr. Gomes ?
A nossa GNR, tem como lema (pela Lei e pela Grei), mas isso aplica-se ao nosso próprio território e não a território estrangeiro.
Aqui, com um magro salário; lá fora com ordenado chorudo.
Antes de mais, vá mais é fumar um cigarrinho para uma zona permitida para fumadores, para se acalmar um pouco...!!!!!
Pergunto Eu:
1.º Onde estavam os contribuintes, quando a GNR foi para o Iraque??
2.º Onde estavam os contribuintes, quando a tropa Portuguesa foi para a Bósnia?
3.º Onde estão os contribuintes, quando a tropa foi agora para o Afeganistão?
- E agora vem pedir satisfações, por a GNR ir ou já estar num pais Lusófono a quem nós ainda devemos muito, por lhes termos abandonado durante largos anos, graças à descolonização desastrada feita pelos seus camaradas Suares e Companhia, Lda... depois do 25 de Abril!!!
Querem MAIS justificação que ESTA??
Pensem antes de comentar....!!
povos pobres onde estes grupos terroristas ou de guerrilhas imperam, não se sabe muito bem a mando de quem (acho eu). Só sei que depois destas atrocidades provocadas pelas guerrilhas ou ataques terroristas, ficam numa miséria imensa como aconteceu com Angola, com Moçambique e muitos outros países. Enfim, que o povo de Timor tenha força para sobreviver a tanto sofrimento. Não têm petróleo porque se tivessem os "United States" já tinham ido lá "ajudar". Assim, bem se podem matar uns aos outros que ninguém lhes vale. A não ser o povo português e a Austrália que ainda vão tentando fazer alguma coisita.
Ramos Horta e Xanana no passado bem recente aliaram-se a Reinaldo (o alegado perpetrador deste atentado) para uma série de golpes sujos contra a Fretilim de Alkatiri, e fizeram-no com a total cumplicidade da Australia.
E assim foi derrubado um governo democráticamente eleito que estava a bater-se com patriótica firmeza contra as petrolíferas Australianas para tentar obter uma parte mais justa das receitas do petróleo para Timor.
Depois de feito o serviço sujo contra Alkatiri, e tendo este e o seu governo sido ilibados em tribunal das acusações sujas de que foram vítimas, era necessário encontrar um bode expiatório: Reinaldo.
De bestial Reinaldo passou assim a besta, procurada pela justiça. Duplamente conveniente. Cala-se Reinaldo de vez e arranja-se um bode expiatório... porreiro pá..
Mas a hitória não acabou aqui. Xanana (que foi velar por Suharto, coitadinho) e Ramos Horta, dois opurtunistas do centro político, apesar de estarem na cama com as petrolíferas Australianas, não são aínda a primeira escolha deles.
Essa primeira escolha recai na direita pura e dura, que, no passado, já esteve de mãos dadas com a Australia e com a Indonésia, durante 30 anos.
O regime Australiano não desiste enquanto não colocar no poder em Timor um governo que lhes faça TODAS as vontades, um governo que lhes permita ser a potência colonial, de facto, de Timor Leste.
Logo, o malvado Reinaldo alveja Ramos Horta e convenientemente aparece morto no local do atentado.
Ramos Horta, o PRESIDENTE da Républica, tem de ESPERAR UMA HORA por socorro, com uma bala no estômago, com as forças da ONU (entenda-se que ONU em Timor quer dizer Austrália e pouco mais) a umas centenas de metros.
Ridículo dos rídiculos, acaba por ser a infinitamente menos presente GNR que primeiro chega em seu socorro.
Xanana, o elemento mais manipulável e "pateta" dos dois sobrevive sem problemas.
Tudo tão absolutamente CONVENIENTE para a AUSTRÁLIA.
Não me espantava nada se a seguir tentassem culpar de novo Alkatiri, pelos desentendimentos entre os chacais....
E o burro sou eu????? bom.... a Autrália é que não é... esses são espertalhões...
Então vamos fazer esta pergunta para azedar.
Quando se gritava depopis de Abril nem mais um militar pra o Ultramar era o quê?
A GNR em Timor é um verbo de encher.
Não houve atentado nenhum foram os SS australianos que nas barbas da GNR fizeram o que fizeram.
Não?
Só falta começarem a regressar em caixotes para ver se a opinião vira, os australianos sabem como se faz.
Timor não existe.
Se o senhor que escreveu a barbaridade de chamar barbaridade tiver a coragem de explicar aos familiares como se morre em Timor então pode falar.
Afinal não quiseram os militares fazer a descolonização e manter à distância os interesses dos movimentos nas antigas províncias ultramarinas, enquanto se negociava e os chefes militares agora querem justificar a sua existência à frente da GNR.
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