Fim de ciclo
"Fim de ciclo. Quando entram em campo, os jogadores do Benfica não conseguem levar até ao fim uma manifestação de competência desportiva indiscutível. Ou são os árbitros, ou é Pinto da Costa ou as vozes do antibenfiquismo primário.
Já não colhe. E muito menos quando, numa finalíssima, na qual se colocava a hipótese de conquistar alguma coisa esta época, o Benfica (com mérito de Rui Costa, DI MARÍA e Rodríguez) chegou a alcançar a vantagem de dois golos em Alvalade, dando expressão a uma muito interessante dinâmica de contra-ataque, até então incompreendida pelo Sporting.
A saída prematura de Di María explica muita coisa mas não explica tudo. Uma equipa que perde o controlo do jogo como o Benfica perdeu em Alvalade, como se alguém tivesse desligado o interruptor, tem de encontrar dentro de si própria as razões de um tão grande desconchavo.
Se se chegar à conclusão – como parece óbvio -- de que os jogadores não ouvem a equipa técnica e não consideram o “estatuto” de Rui Costa, estamos perante um duplo problema. A escolha do treinador já se encontra sob um forte condicionamento; a relação a estabelecer entre Rui Costa (como director) e os seus ex-companheiros pode gerar a inevitabilidade de mexer muito mais no plantel do que, inicialmente, se supunha.
Pergunta-se: com que dinheiro? Não vale a pena iludir a questão: com estes jogadores (ora empenhados, ora desligados), o Benfica não vai resolver o futuro nem com um novo treinador nem com Rui Costa, achado como remédio para todas as doenças.
O Benfica tem de deitar todo o “edifício” do futebol abaixo e construir outro. De ponta a ponta. Com aqueles que não escolhem os dias para “servir o Benfica” e com uma estrutura com um plano de reconstrução a quatro/cinco anos.
É tempo de se saber se Luís Filipe Vieira tem a humildade suficiente de entender que já não consegue protagonizar nem um novo ciclo nem uma nova estratégia. É tempo de mostrar que não está agarrado ao poder, porque o Benfica necessita de novas ideias e de se modernizar. É tempo de antecipar eleições."
Rui Santos
Já não colhe. E muito menos quando, numa finalíssima, na qual se colocava a hipótese de conquistar alguma coisa esta época, o Benfica (com mérito de Rui Costa, DI MARÍA e Rodríguez) chegou a alcançar a vantagem de dois golos em Alvalade, dando expressão a uma muito interessante dinâmica de contra-ataque, até então incompreendida pelo Sporting.
A saída prematura de Di María explica muita coisa mas não explica tudo. Uma equipa que perde o controlo do jogo como o Benfica perdeu em Alvalade, como se alguém tivesse desligado o interruptor, tem de encontrar dentro de si própria as razões de um tão grande desconchavo.
Se se chegar à conclusão – como parece óbvio -- de que os jogadores não ouvem a equipa técnica e não consideram o “estatuto” de Rui Costa, estamos perante um duplo problema. A escolha do treinador já se encontra sob um forte condicionamento; a relação a estabelecer entre Rui Costa (como director) e os seus ex-companheiros pode gerar a inevitabilidade de mexer muito mais no plantel do que, inicialmente, se supunha.
Pergunta-se: com que dinheiro? Não vale a pena iludir a questão: com estes jogadores (ora empenhados, ora desligados), o Benfica não vai resolver o futuro nem com um novo treinador nem com Rui Costa, achado como remédio para todas as doenças.
O Benfica tem de deitar todo o “edifício” do futebol abaixo e construir outro. De ponta a ponta. Com aqueles que não escolhem os dias para “servir o Benfica” e com uma estrutura com um plano de reconstrução a quatro/cinco anos.
É tempo de se saber se Luís Filipe Vieira tem a humildade suficiente de entender que já não consegue protagonizar nem um novo ciclo nem uma nova estratégia. É tempo de mostrar que não está agarrado ao poder, porque o Benfica necessita de novas ideias e de se modernizar. É tempo de antecipar eleições."
Rui Santos
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