A economia do engenheiro!
"Depois da meteórica ascensão académica de Sócrates, após os exemplos "vivos" das suas obras de engenharia, só faltava conhecer o estofo político do primeiro-ministro no mundo da economia. Todo o país - preocupado com a escalada dos combustíveis e inquieto com o trambolhão das previsões governamentais que confirmaram a queda no crescimento económico e o disparar da inflação - ansiava por explicações do chefe do Governo, suspenso do que diria sobre os temas económicos que inscrevera no debate quinzenal.
Surpreendentemente, o primeiro-ministro abriu o debate sobre economia, leu um texto de quatro páginas durante 15 minutos, mas não disse uma única palavra sobre combustíveis! Era como se os preços da gasolina e do gasóleo não fossem preocupação generalizada, como se o preço dos combustíveis não estivesse a esmagar o orçamento familiar e a liquidar a economia! Nada disto lhe interessava, tudo isto parecia indiferente a Sócrates, que só abordou o tema a contra gosto, quando provocado pelas oposições.
Quando um primeiro-ministro é capaz desta proeza, de falar de economia e da crise actual sem sequer pronunciar a palavra "combustíveis", temos a noção exacta da sua dimensão política e dos valores éticos que o norteiam. O que Sócrates queria era esconder a ausência de respostas do Governo face ao preço dos combustíveis e aos lucros especulativos das petrolíferas, o que pretendia era desviar as atenções da necessidade de repor o poder de compra dos salários e pensões dos portugueses, comido por uma inflação muito acima da que o Governo impusera.
Para conseguir os seus objectivos, nada melhor que entreter o país e "anunciar a reanimação" da economia. Meia dúzia de medidas, algumas há muito necessárias mas insuficientes, outras úteis mas discriminatórias (caso dos passes sociais), algumas delas verdadeiras fraudes (a antecipação de fundos comunitários está há anos prevista nos regulamentos), outras que o Governo recusara e podiam estar já em prática de forma bem mais vantajosa (o reembolso do IVA em obras públicas pode ser "acertado" na entrega de facturas, como propusemos no debate orçamental). Sobre taxas de juro, investimento, rendimento disponível, procura interna (da mesma forma que sobre os preços dos combustíveis)... nada foi dito!
P.S. Depois da intimidação em escolas antes dos 100 mil professores na rua, o Governo mandou a PSP desviar o trânsito no Porto para diminuir o protesto motorizado contra as SCUT. Ai se a moda pega quando o Porto voltar a ser campeão"
Honório Novo
Surpreendentemente, o primeiro-ministro abriu o debate sobre economia, leu um texto de quatro páginas durante 15 minutos, mas não disse uma única palavra sobre combustíveis! Era como se os preços da gasolina e do gasóleo não fossem preocupação generalizada, como se o preço dos combustíveis não estivesse a esmagar o orçamento familiar e a liquidar a economia! Nada disto lhe interessava, tudo isto parecia indiferente a Sócrates, que só abordou o tema a contra gosto, quando provocado pelas oposições.
Quando um primeiro-ministro é capaz desta proeza, de falar de economia e da crise actual sem sequer pronunciar a palavra "combustíveis", temos a noção exacta da sua dimensão política e dos valores éticos que o norteiam. O que Sócrates queria era esconder a ausência de respostas do Governo face ao preço dos combustíveis e aos lucros especulativos das petrolíferas, o que pretendia era desviar as atenções da necessidade de repor o poder de compra dos salários e pensões dos portugueses, comido por uma inflação muito acima da que o Governo impusera.
Para conseguir os seus objectivos, nada melhor que entreter o país e "anunciar a reanimação" da economia. Meia dúzia de medidas, algumas há muito necessárias mas insuficientes, outras úteis mas discriminatórias (caso dos passes sociais), algumas delas verdadeiras fraudes (a antecipação de fundos comunitários está há anos prevista nos regulamentos), outras que o Governo recusara e podiam estar já em prática de forma bem mais vantajosa (o reembolso do IVA em obras públicas pode ser "acertado" na entrega de facturas, como propusemos no debate orçamental). Sobre taxas de juro, investimento, rendimento disponível, procura interna (da mesma forma que sobre os preços dos combustíveis)... nada foi dito!
P.S. Depois da intimidação em escolas antes dos 100 mil professores na rua, o Governo mandou a PSP desviar o trânsito no Porto para diminuir o protesto motorizado contra as SCUT. Ai se a moda pega quando o Porto voltar a ser campeão"
Honório Novo
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