Perguntas
"O ministro da Economia, logo aplaudido pelo Chefe de Estado, pediu à Autoridade da Concorrência que investigue a escalada do preço dos combustíveis.
Mas será que o ministro não sabe que a mais substancial fatia do preço dos combustíveis é constituída pelos impostos, ISP e IVA, bem acompanhada pela grossa fatia da especulação?
Será que a investigação poderá revelar, por exemplo, que o preço dos combustíveis, antes dos impostos, é inferior em Portugal ao que é em Espanha e que, após os impostos, vale a pena ir a Vigo, a Badajoz ou a Ayamonte atestar o depósito?
E será que a investigação vai chegar à conclusão que, apesar da indesmentível escalada em dólares dos preços do barril de petróleo, fazendo contas ao câmbio euro/dólar, na moeda europeia o petróleo está mais barato? Pois não disse o Chefe de Estado que é em euros que tem de se pensar?
E se a investigação chegar eventualmente à conclusão que a escalada do preço dos combustíveis em Portugal é um assalto à carteira do contribuinte, que paga impostos a jusante, em cima de impostos a montante e ainda paga impostos no consumo, que acontecerá com a escalada de todos os preços que se tem verificado em Portugal, a pretexto da subida do preço do petróleo, para esportular mais dinheiro aos pagantes do costume?
E se o inquérito concluir que a solução para este agravamento insustentável da condição de vida dos portugueses passa pela punição e extinção da ganância do Estado, que em tudo isto desempenha um papel mais mesquinho mas muito mais bem pago que o de um intermediário parasita, o Estado auto-flagela-se e baixa os impostos? Ou será que o Governo ignora o inquérito e conclui unilateralmente que a culpa é do terramoto na China?"
João Paulo Guerra
Mas será que o ministro não sabe que a mais substancial fatia do preço dos combustíveis é constituída pelos impostos, ISP e IVA, bem acompanhada pela grossa fatia da especulação?
Será que a investigação poderá revelar, por exemplo, que o preço dos combustíveis, antes dos impostos, é inferior em Portugal ao que é em Espanha e que, após os impostos, vale a pena ir a Vigo, a Badajoz ou a Ayamonte atestar o depósito?
E será que a investigação vai chegar à conclusão que, apesar da indesmentível escalada em dólares dos preços do barril de petróleo, fazendo contas ao câmbio euro/dólar, na moeda europeia o petróleo está mais barato? Pois não disse o Chefe de Estado que é em euros que tem de se pensar?
E se a investigação chegar eventualmente à conclusão que a escalada do preço dos combustíveis em Portugal é um assalto à carteira do contribuinte, que paga impostos a jusante, em cima de impostos a montante e ainda paga impostos no consumo, que acontecerá com a escalada de todos os preços que se tem verificado em Portugal, a pretexto da subida do preço do petróleo, para esportular mais dinheiro aos pagantes do costume?
E se o inquérito concluir que a solução para este agravamento insustentável da condição de vida dos portugueses passa pela punição e extinção da ganância do Estado, que em tudo isto desempenha um papel mais mesquinho mas muito mais bem pago que o de um intermediário parasita, o Estado auto-flagela-se e baixa os impostos? Ou será que o Governo ignora o inquérito e conclui unilateralmente que a culpa é do terramoto na China?"
João Paulo Guerra
11 Comments:
Combustivel muitos fazem barulho, mas muito poucos vão ao essencial que permite que o povo esja roubado, e pior escravisado, o problema está na (democracia)que não é democracia, é ditadura, em democracia não pode haver representantes, só pode haver porta vozes, é o povo que tem que votar as leis. Agora o que temos são representantes eles é que votam as leis, invariavelmente o representante vira ditador, e sabe-se lá ao serviço de quem, descubram qual é a difrença entre uma ditadura e uma (democracia) de representantes, para mim nenhuma, numa e noutra os que lá estão fazem o que querem, o povo não pode decidir nada, é come e cala, nesta que temos agora o que se pode fazer é mudar o ditador, ao fim dos 4 anos o que não serve para nada. o cidadão nem sequer tem uma rádio onde possa falar livremente, no essencial para o cidadão é tudo igual á ditadura do salazar, isto é não temos direito a nada, e somos controlados ao pormenor como um rebanho de carneiros, por isso podeis fazer barulho á farta, não vos val de nada, a não ser, que não aceitem esta aldrabice, e para a proxima não votem ou votem em branco.
Não conheço outro país com uma densidade tão elevada de mentirosos e ladros, por metro quadrado, como o nosso! Nem a ex-Birmãnia!
Claro que a esta hora o camarada Karl Marx deve andar "aos pulos na sua sepultura londrina". Andassem os nossos ilustríssimos governates de metro, autocarro, comboio ou num Honda Jazz, Toyota Yaris, Renault Twingo e pagando dos seus bolsos e, perceberiam com a vida não está fácil. Mas como as deslocações são em Audis, BMW ou Mercedes pagos pelo orçamento, claro que não são sensíveis ao custo de vida. Já "ganharam o Céu" !!!
Staline mandou Kondratieff para trabalhos forçados num goulag onde acabou por morrer, por este defender que o capitalismo se auto-regenera mesmo depois de uma crise brutal como a de 1929, pelo simples facto de assentar num sistema de livre-mercado (mesmo que com muitos defeitos e potenciais desequilíbrios). Só que Kondratieff tinha ideias bastante claras acerca dos grandes ciclos económicos e sabia do que falava. Hoje as coisas estão bem menos claras e bem mais complicadas. Nenhum governante actual deu mostras de fazer a mínima ideia do ponto em que nos encontramos do ciclo económico secular e por isso têm governado o mundo como cegos que guiam outros cegos: "deixaram" expoliar o 3º mundo até ao tutano, "deixaram" a alta finança tomar literalmente conta de tudo deixando-a criar esquemas complicadíssimos de concentração e fuga ao controle político, "deixaram" que a agiotagem se encha em tempos de vacas gordas para logo a seguir criar crises financeiras pagas sempre pelos mesmos... Em resumo, perderam completamente o controlo desta coisa. Nada sabem de ciclos económicos e nada querem saber. Navegar à vista sem ideia do que está para diante é o mesmo que se candidatar a espatifar a nave na primeira oportunidade. E o que estamos a viver não augura nada de bom. O mais simples dos cidadãos percebe isto. Os "grandes" economistas é que parece que não atinam...
Mas alguém tem dúvidas que as gasolineiras,cimenteiras,energéticas,banca etc... funcionam em cartel? Basta apenas olhar para os lucros fabulosos que todos estes sectores de actividade obtêm e depois comparar bem com a seguinte citação de um gurú da economia " Em concorrência aberta a margem de lucro é igual a zero " Expliquem-me por favor onde é que está a concorrência. Se mesmo assim não acreditarem façam o seguinte raciocínio: Nós o zé povo todos em conjunto não metemos combustível nos nossos carros durante uma semana , com o dinheiro que não gastamos criamos um fundo de milhões de euros, com esse fundo , fretamos navios tanques ,vamos ao mercado internacional de refinados , e compramos gasolinas e gasóleos, pagamos os ISPS , distribuimos os productos através da rede de distribuidores independentes. Seguramente que através desta ação ,e pagando todos os impostos fazendo tudo direitinho ,resultaria que o preço final para o consumidor que somos todos nós , seria uma agradável surpresa. A única pergunta que se coloca é: que imposições legais é que nos seriam impostas para que tal acção não fosse possível. Seguramente que só a ADC é que não sabe que não há concorrência.
Temos o "mercado" que escolhemos. Com a legislação servilista que o governo PSD/CDS fez e agora se queixa, e que o governo PS manteve, mantém, e de que agora se queixa. Temos a Galp que nasceu da Petrogal. A Petrogal nasceu da Sacor e da Sonap. No tempo do fascismo tínhamos liberdade económica e no tempo da Liberdade temos fascismo económico. O Marx escreveu bem escrito que a classe social mais revolucionária é a burguesia, com o seu empreendedorismo, as suas patentes e o seu capitalismo de ascensão popular, pela criação da classe média. Hoje a Galp é propriedade da nova aristocracia dos negócios, que inclui os russos, o Chavez a snifar, os Sauditas a tratarem melhor os camelos do que as mulheres e os recomendáveis Sudaneses e Angolanos, entre outros. Tudo gente boa. Perfura-se e extrai-se a grande profundidade, mesmo na península arábica. E se a euforia dos mercados for substituída pela euforia das placas tectónicas? Estamos a brincar com o fogo, e o Diabo verte alegremente as suas lágrimas.
É evidente que é da responsabilidade do estado ser o fiel da balança do país e ter a capacidade e inteligência necessárias para intervir sempre que se justifique,com prudência e muito bom senso.Por vezes o melhor discurso é o silêncio. Relativamente à Galp..elementar,empresa com "donos" e o objectivo de qualquer empresário é maximizar os lucros.Até porque daqui por dez anos a oferta automóvel é de 50% em energias alternativas,com uma vertente forte da electricidade.Não esqueçamos que existe uma marca que só fabricará veículos eléctricos. Aconselho os players a estarem atentos e pensarem em vender Galp e comprar EDP. Logo energia eléctrica mais cara...tudo a apostar em Termosolar,eólicas ou outras.
O problema de Portugal é que vivemos num sistema de capitalismo de compadrio. O capitalismo de cartel, de monopólio, de grandes empresas encostadas ao Governo e do Governo encostado a grandes empresas. Isto não é liberalismo nenhum, mas sim uma forma actualizada do corporativismo de Salazar. E porquê? Porque os portugueses não apreciam a liberdade e acham que é preciso alguém que tenha as coisas sob 'controlo' (as 'golden shares', o controlo sobre o mercado televisivo, as várias empresas públicas e o papel da CGD como braço armado do Estado nos mais diversos sectores é prova disto). O problema é que isto inibe a iniciativa privada, mata a inovação, torna impossível a concorrência e torna-nos menos competitivos a cada dia que passa. E mais pobres, também.
Parece que a concentração capitalista vai levar à ditadura do proletariado.E eu que nem gosto de comunas, tenho de dar razão ao Marx.No entanto, não gosto de ser apóstolo da desgraça, mas que estamos a chegar ao fim de uma era, ai isso estamos.Resta saber o que teremos daqui para a frente.E o que vem á frente não se parece nada com aquilo que até hoje tenhamos conhecido.Será algo totalmente novo e sem meio-termo.Ou de facto o famoso "mercado" com a sua mão invisível (vulgo lóbi) corrige tudo, ou então vai ser um hecatombe total.E lá teremos então, nessa altura medonha, os verdadeiros falsos profetas da desgraça a pregar o reino dos Céus perante multidões famélicas, atarantadas, sem eira nem beira, a clamar por sangue de quem tem umas gorduras valentes á volta do abdómem.
Sabem o que é o monopolio concertado??? São "os mercados abertos e a concorrência"!!! E sabem porquê? Porque só são abertos e de livre concorrência de nome, na realidade são autenticos monopolios concertados!!! E o objetivo deles é poder explorar ao máximo o "Zé Povinho", para com isso obterem o maior lucro possível, sem que a componente humana ao nivel do bem estar, do ético, do sustentável para a maioria das pessoas seja posta em equação...
Caro Sr. Zé peço imensa desculpa de o contrariar, mas o senhor de facto não tem noção nenhuma do que está a falar. Está a confundir a cotação do preço do Crude em Euros e dólares. Eu acompanho diáriamente a cotação do Crude nos mercados internacionais, uma vez que essa é uma das minhas funções...para o corrigir o preço do Crude em euros a 23 de Maio de 2007 era de 48.8234 €/barril, neste preciso momento o preço do Crude em euros nos mercados internacionais é de 84.38392 €/barril...se mediante estes dados que estou a fornecer houver mais algum português que não entende porque é que as Petrolíferas estão a aumentar o preço dos combustíveis então o melhor é voltarem todos à escola primária para aprender a fazer contas...é óbvio que esta subida também me toca no bolsa, a minha empresa não me paga o combustível como acontece em muitas em Portugal, mas não é nem a Galp nem o Governo que controla os preços...é o mercado e a procura mundiais...os recursos são escassos e a entrada das economias emergentes do Sudeste Asiático no mercado global veio abalar as estruturas de consumo que estavam montadas para os países desenvolvidos...é impossível controlar a fúria consumista destes países, estamos a falar de quase 2.000 milhões de pessoas de num espaço de 2 a 3 anos aumentaram em mais de 50% o seu poder de compra...o mesmo aconteceu com Portugal com a entrada na União Europeia, passámos de um rendimento per capita 50% face à média europeia para mais de 75% num espaço de menos de 10 anos, no entanto nós somos apenas 10 milhões e a nossa transição foi mais progressiva, não tendo impacto na economia mundial...mas este fluxo de aumento de riqueza é incontrolável, nenhum mecanismo económico ou político consegue controlar esse apetite de consumo vorás das populações asiáticas, que durante séculos passaram fome e necessidades...
Enviar um comentário
<< Home