As armas de destruição global, ou os novos Drakes e Isabeis Iªs
O governo pró-americano do Iraque abriu ontem as portas dos seus gigantescos campos petrolíferos, ávidos de I&D, às marcas de referência anglo-americanas, cinco anos após a invasão militar que derrubou do poder o seu ex-parceiro e aliado Saddam Hussein.
Estamos a falar de quê? E, last but not least, de quanto?
“Os 6 campos petrolíferos que foram colocados hoje no mercado representam a coluna vertebral da produção petrolífera iraquiana”, disse o ministro iraquiano do petróleo Hussain al-Shahristani durante uma conferência de imprensa.
Com uma produção diária estimada de 4,5 milhões de barris dia (mbd), em 2013, a preços actuais (USD 143/barril), o negócio valerá USD 643 500 milhões/dia.
Al-Shahristani confessou que com as reservas agora «libertadas pelo mercado» o seu país corre o risco de ser «o 2.º ou 3.º maior produtor de petróleo do mundo» confirmando informações conhecidas antes da invasão anglo-americana (2003).
Al-Shahristani confessou que com as reservas agora «libertadas pelo mercado» o seu país corre o risco de ser «o 2.º ou 3.º maior produtor de petróleo do mundo» confirmando informações conhecidas antes da invasão anglo-americana (2003).
Rumaila, Kirkuk, Zubair, Qurna Ocidental (Fase I), Bai Hassan e Maysan, mais três campos autónomos (Bazargan, Abu Gharab e Fakka) são as jóias da coroa agora colocadas para exploração.
Cinco das adjudicações de curto prazo envolvem empresas e consórcios dos países invasores - Royal Dutch Shell; Shell/BHP Billiton; BP; Exxon Mobil e Chevron/Total.
A Anadarko Petroleum Corporation (USA), a Vitol (USA-CH-RUS) e a Dome (CND-USA) apresentam-se como outsiders.
A história do petróleo recorda-nos que o generoso campo de Kirkuk, sob monopólio ocidental (1925-1961), através da IPC (Iraq Petroleum Company), foi a obra de um arménio (Calouste Gulbenkian/Partex) mancomunado com as já então majors ocidentais - British Petroleum (BP), Exxon, Mobil, Shell e Compagnie Française des Pétroles/CFP (hoje Total).
A história do petróleo recorda-nos que o generoso campo de Kirkuk, sob monopólio ocidental (1925-1961), através da IPC (Iraq Petroleum Company), foi a obra de um arménio (Calouste Gulbenkian/Partex) mancomunado com as já então majors ocidentais - British Petroleum (BP), Exxon, Mobil, Shell e Compagnie Française des Pétroles/CFP (hoje Total).
Desde os tempos da sua antecessora - TPC/Turkish Petroleum Company (1912-1929) - os negócios das empresas petrolíferas no Iraque e no Irão tiveram tudo a ver com monopólios e estatismo geridos pelas oligarquias industriais e financeiras sedeadas em Londres e Nova Iorque.
Ontem como hoje a geopolítica decreta e organiza a liberdade da oferta e da procura, ou seja, impõe as regras da chamada «economia de mercado».
OPEP? NÃ!
Nós o poder absoluto, agora falta ir ao Irão, em nome da democracia e do sionismo.
Gosto muito de histórias de corsários.
Já agora será que Mugabe tem lá petróleo? Se não tem não vale a pena.
Qua aborrecimento agora cada vez que sabotarem um oleoduto, vai aumentar o preço.
3 Comments:
OPEP? NÃ!
O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e ministro da Energia da Argélia, Chakib Khelil, disse hoje que a produção dos países que fazem parte desta organização representará 52% da produção mundial de petróleo em 2010, face aos actuais 40%.
Pequenos aforradores e colossais hedge-funds apostam nas bolsas com a mesma legitimidade e com o objectivo de ganharem dinheiro. Mas há uma grande diferença: apenas os grandes especuladores possuem a capacidade de influenciarem a evolução dos mercados por via das gigantescas transacções que efectuam. É ingenuidade acreditar que quem detém essa capacidade não o faça a seu favor. Portanto, os grandes especuladores têm responsabilidades não só no que se passa actualmente nos mercados mas em todo o processo que conduziu à actual crise. Quanto aos pequenos investidores que queiram regressar ao mercado devem ter em mente que nos encontramos numa conjuntura de elevado risco que se vai manter por muito tempo.
A culpa dos preços do petróleo é sobretudo político. Tudo gira à volta da política e quando eles querem conseguem tudo. A culpa não são dos especuladores. Os especuladores se investem em algo é porque leram e sabem de antemão que aquele investimento vai dar certo. Os analistas prevêem que determinado activo vai ser ou não rentável e a seguir entra o especulador. A bolha do petróleo está a acontecer, mas antes já houve a do imobiliário e que agoa começa a esvaziar. E os políticos sabem disso e não fizeram nada. Sem interferência no mercado sem o seu papel regulador. As pessoas hoje estão mais pobres devido aos constantes empréstimos e os políticos sabiam disso e deixaram isso acontecer. Claro que dizem que estão preocupados, mas da preocupação deles estamos nós cheios. O preço do petróleo passa-se exactamente a mesma coisa. Ah, agora lembrei-me vão aumentar as taxas de juro para controlar os preços e combater a procura. Razões muitas razões, mas posso estar muito enganado, mas isto é tudo premeditado por quem? PELOS POLÍTICOS.
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