segunda-feira, julho 28, 2008

Bons pagadores / Caso Esmeralda / Preços

"POSITIVO

Custou, mas foi. As dívidas declaradas incobráveis pela EDP, afinal, já não vão ser facturadas aos consumidores bons pagadores. Não obstante a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) continuar «a pensar que o reconhecimento dos incobráveis na tarifa é uma medida consistente do ponto de vista técnico e uma boa prática regulatória» – como argumentou o seu presidente, Vítor Santos –, a proposta acabou por ser abandonada face à «forma como foi recebida pela opinião pública». A transferência do risco do negócio para o consumidor era ilógica e ilegal. Se, como argumenta a ERSE, «não foi bem percepcionada pela opinião pública», ainda bem. Salva-se o resultado.

NEGATIVO

As sucessivas alterações no rumo do caso Esmeralda – ora favoráveis à atribuição da guarda da criança aos pais candidatos a adoptantes, ora ao pai biológico – são incompatíveis com o reconhecimento de que a Justiça de menores funciona. Não funciona. Neste caso – há-de a criança atingir a maioridade e ainda andar pelos corredores dos tribunais!?! –, como em tantos outros. Veja-se o que se passa com a adopção: cinco anos depois da entrada em vigor da nova lei, que deveria ter agilizado e facilitado os processos, o tempo de espera médio dos candidatos a pais adoptantes ainda se mantém nos quatro a cinco anos. E até já se fala na necessidade de alterar a legislação. Outra vez. É absurdamente demais
."

Negativo

O Preço de alguns bens atingiu valores absolutamente estapafúrdios. O litro do gasóleo e da gasolina, a rondar um euro e meio, é um exemplo. Mas há muitos outros. É normal que uma garrafa de água, lisa ou com gás, com apenas 25 cl, numa esplanada qualquer, chegue aos dois euros – quando um e litro e meio num supermercado não passa dos 50 cêntimos. Que um galão ou um chá com uma torrada ou um bolo somem quase cinco euros. Ou que o aluguer de um chapéu de sol ou de um toldo com uma cadeirinha ou uma espreguiçadeira, por cada dia de praia, vá para além dos 20 euros. E por aí fora... Só que enquanto os preços da gasolina e do gasóleo geram protestos e manifestações, os outros pagam-se e ninguém se queixa... ou, pelo menos, ninguém refila
."

MRamires

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Que ninguém refila não é exactamente verdade. O escândalo dos parques de estacionamento, quando o periodo de pagamento foi fraccionado para 15 minutos deu origem a aumentos na ordem dos 150%. Reclamei para a câmara de Lisboa e outras entidades, mas a resposta foi sempre evasiva ou inexistente. O escândalo dos ginásios que absorveram 16% de IVA sem que se tenha feito grande coisa, mas agora quando o IVA desceu 1% já a ASAE queria fuzilar uns quantos. E o tão conhecido crude, cuja descida de 24 USD ainda não se reflectiu nos postos passadas 2 semanas, e muito certamente não se irá reflectir...

segunda-feira, julho 28, 2008  

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