quinta-feira, agosto 14, 2008

A brandura tem limites

"Somos um país de brandos costumes. Demasiado, diria. Senão vejamos: Leonel Carvalho, o general que coordena o gabinete que trata da segurança do país, garante, com voz firme, que “não parece razoável que se pense que a ETA venha a ter uma base em Portugal” (como se pode garantir uma coisa destas?). E acrescenta: “Uma base que seja mesmo uma base e não uma forma de passar uns tempos em Portugal”. Ninguém imagina, de facto, a ETA lançar um atentado terrorista contra Portugal - o alvo é Castela. Mas daí a tomar-se por boa a ideia de que o nosso país servir de base de trabalho para terroristas é menos preocupante...é uma visão demasiado branda dos dias de hoje. Ninguém o admite (e percebe-se que assim seja) mas não é apenas a ETA que recorre a Portugal. Os terroristas islâmicos do norte de África (de onde, por exemplo, saiu a célula que executou o 11 de Março) vêm a Portugal roubar carros de alta cilindrada para os vender em África e angariando dinheiro para novas acções terroristas. Isto sim: “Não parece razoável”. Nada mesmo."

Francisco Teixeira

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