quarta-feira, agosto 06, 2008

"Os presos ficam caros ao Estado. A diária de um recluso custa em média 44,6 euros. Há hotéis algarvios que este ano estão a vender aos turistas ingleses pacotes com pensão completa a um preço inferior.

Mas lá por ser muito caro manter um condenado na prisão não significaque deva ser libertado para aliviar os cofres do Estado.

A segurança dos cidadãos, a Justiça e o Estado de Direito têm um valor incomensurável. Por isso, não pode haver tentações contabilísticas de poupança que levem à libertação de presos. Desde o início de 2007 as cadeias portuguesas têm menos 1700 presos. A impressionante baixa da população prisional não se deve a uma queda (que não existiu) do crime, mas à aplicação generosa do Código do Processo Penal. Depois desta legislação, só em casos muito excepcionais um juiz decide pela prisão preventiva. Nos casos dos pequenos crimes dificilmente chegam a ir para a cadeia.

A lei mais permissiva coincide com novos fenómenos de criminalidade. O aumento de crimes como o carjacking é um dos exemplos. A prisão falhou no papel de reeducação e hoje nem um padre Américo acreditaria que os presos saem de lá melhores rapazes.
Mas o sistema prisional tem ainda uma importante função: manter os criminosos lá dentro. Isso, aumenta a segurança."

Armando Esteves Pereira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mas a solução é tão simples que até faz impressão. Ponham os presos a trabalhar, a prisão não é nem tem que ser um campo de férias pagas, e não venham com a história da mão de obra prisional!

quinta-feira, agosto 07, 2008  

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