A desgraça da semana que vem, começou já esta.
Em Abril passado, publicámos uma notícia sobre a próxima hecatombe que se avizinha - o rebentamento da bolha CDS/Credit Default Swaps.
Este instrumento, uma apólice de seguro para protecção de riscos financeiros, tem um peso muito maior do que as hipotecas de alto risco e dos derivativos correlatos. O seu impacto atinge sectores estratégicos e nucleares do sistema. Por esta razão, inevitavelmente, terá consequências mais devastadoras a nível global.
As medidas propostas pelo Tesouro dos Estados Unidos em vez de ajudar a resolver problemas, a prazo e de forma sustentável, são meros paliativos de curto prazo.
As medidas propostas pelo Tesouro dos Estados Unidos em vez de ajudar a resolver problemas, a prazo e de forma sustentável, são meros paliativos de curto prazo.
Na melhor das hipóteses funcionarão durante semanas.
Na pior, e mais provável, durarão duas mãos cheias de dias mas vazias de resultados.
Em jeito de antecipação sobre o futuro próximo, alinhamos dois factos que jogam contra a desesperada tentativa de matar o leão com a fisga.
1. CDS/Credit Default Swaps: A nacionalização da seguradora AIG resultou da sua incomportável exposição ao mercado CDS. A AIG vendeu USD 441 mil milhões/bilhões desta modalidade de seguros de crédito. O valor é 760% superior às coberturas relacionadas com hipotecas de alto risco (subprime) - USD 58 mm/bi. O afundanço da AIG prenuncia consequências catastróficas para as empresas de seguros e resseguros que pisaram o risco das regras prudenciais. As agências de rating, responsáveis por esta trapalhada e objecto de crescentes processos judiciais, não são fiáveis nas notações que atribuem. Ainda assim, a Standard & Poor’s recentemente penalizou algumas seguradoras baixando (moderadamente) os respectivos ratings. A tendência foi confirmada pela Mood’s Ratings. O caso AIG prenuncia dias negros para as seguradoras e resseguradoras mais temerárias.
Largos segmentos da economia real - produção e consumo de bens e serviços - serão afectados. Os segmentos contaminados são obscenos, em dimensão.
O cancro subprime, em fase adiantada de desenvolvimento, representa USD 855 mm/bi. Prestes a rebentar, segue-se o tumor hipotecário Alt-A (risco médio) que ascende a USD 1 milhão de biliões/1 trilhão (mibi/tri). Quando olhamos para o mercado CDS percebemos a gravidade e o tamanho do problema. Este segmento dos derivativos de crédito, de per si, envolve contratos que, em 2008, totalizam USD 62 mibi/tri. Em 1996, rondava os USD 180 mm/bi…
O falido Lehman Brothers, assente em alavancas financeiras 30 vezes superiores aos seus activos, estava no grupo das 10 principais instituições que garantiram riscos de crédito. Sandy Chen, do banco de investimento britânico Panmure Gordon, estima em USD 350 mm/bi as “apólices” CDS emitidas pelo Lehman. Se lhes adicionarmos a carteira dos derivativos ABS/Asset Backed Securities, não é difícil concluir que, nos dias que se aproximam, a falência Lehman provocará stresse agudo nos mercados.
A pressão para a venda de activos pelos administradores da falência Lehman Brothers irá provocar uma queda de preços com impacto nos mercados da dívida e de capitais.
Diversos analistas estimam entre USD 150 e 300 mm/bi os prejuízos só no sector bancário.
Os principais atingidos deverão ser os bancos Morgan Stanley, Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Deutsche Bank e ABN Amro.
Dá para imaginar a dimensão dos prejuízos gerados pelos Credit Default Swaps e o seu impacto nos balanços das seguradoras e resseguradoras, até ao final do ano e em 2009?
E se lhe adicionarmos o facto de mais de 95% destes mercados funcionarem segundo a lei da selva - sem qualquer tipo de controlo por parte dos reguladores?
2. Vendas a descoberto: Esta técnica permite a um especulador vender títulos sem os deter, na expectativa de que os adquirir depois, a preços baixos, e obter lucros com a flutuação das cotações. A modalidade - conhecida como short selling - desde que usada dentro das regras e com parcimónia, é uma ferramenta reguladora do mercado usada pelos principais agentes - bancos, corretoras, fundos (sobretudo “hedge”) e empresas de arbitragem.
O dinâmico processo de “destapar” e “tapar” posições nos diversos mercados permite mecanismos de cobertura de riscos, induz equilíbrio e reduz a volatilidade das cotações. A decisão da SEC/Securities and Exchange Comission de proibir operações de short selling sobre 799 títulos financeiros é susceptível de matar aquilo que se pretende curar.
Na prática, de acordo com os paladinos da técnica, ainda que temporária, a decisão da SEC pode desencadear um contra movimento que atingirá sectores colaterais à banca e imediatamente expostos à crise - fábricas de equipamentos de construção, automóveis, centros comerciais etc. - que irão sofrer os impactos conjugados da recessão económica, da quebra do consumo e da subida das taxas de juro.
Tem ainda uma outra consequência perversa: afecta directamente o mercado regulado das opções. Este, sem vendas a descoberto, sofrerá uma hemorragia de consequências imprevisíveis. Problemas de liquidez, agravamento da manipulação e prémios mais caros nas opções de venda (put option) serão as consequências imediatas.
De facto, os riscos de o mercado morrer da cura (e não do mal) são reais. “As autoridades reguladoras advertiram publicamente que a venda especulativa de acções a descoberto, através da circulação de rumores, será severamente punida. Porém, também declararam (…) que, sendo ‘a normal venda a descoberto uma parte essencial do mercado aberto de títulos’ a proibição de tais vendas ‘pode provocar a destruição do mercado’ sendo por isso, em qualquer caso, ‘um preço demasiado alto para eliminar os poucos que abusam desta prática legítima.’” A citação não pode ser mais actual. Todavia não foi escrita agora. Foi publicada, sob o título original “Short Selling”, na edição de 18 de Outubro de 1930, do New York Times (assinatura).
Em jeito de antecipação sobre o futuro próximo, alinhamos dois factos que jogam contra a desesperada tentativa de matar o leão com a fisga.
1. CDS/Credit Default Swaps: A nacionalização da seguradora AIG resultou da sua incomportável exposição ao mercado CDS. A AIG vendeu USD 441 mil milhões/bilhões desta modalidade de seguros de crédito. O valor é 760% superior às coberturas relacionadas com hipotecas de alto risco (subprime) - USD 58 mm/bi. O afundanço da AIG prenuncia consequências catastróficas para as empresas de seguros e resseguros que pisaram o risco das regras prudenciais. As agências de rating, responsáveis por esta trapalhada e objecto de crescentes processos judiciais, não são fiáveis nas notações que atribuem. Ainda assim, a Standard & Poor’s recentemente penalizou algumas seguradoras baixando (moderadamente) os respectivos ratings. A tendência foi confirmada pela Mood’s Ratings. O caso AIG prenuncia dias negros para as seguradoras e resseguradoras mais temerárias.
Largos segmentos da economia real - produção e consumo de bens e serviços - serão afectados. Os segmentos contaminados são obscenos, em dimensão.
O cancro subprime, em fase adiantada de desenvolvimento, representa USD 855 mm/bi. Prestes a rebentar, segue-se o tumor hipotecário Alt-A (risco médio) que ascende a USD 1 milhão de biliões/1 trilhão (mibi/tri). Quando olhamos para o mercado CDS percebemos a gravidade e o tamanho do problema. Este segmento dos derivativos de crédito, de per si, envolve contratos que, em 2008, totalizam USD 62 mibi/tri. Em 1996, rondava os USD 180 mm/bi…
O falido Lehman Brothers, assente em alavancas financeiras 30 vezes superiores aos seus activos, estava no grupo das 10 principais instituições que garantiram riscos de crédito. Sandy Chen, do banco de investimento britânico Panmure Gordon, estima em USD 350 mm/bi as “apólices” CDS emitidas pelo Lehman. Se lhes adicionarmos a carteira dos derivativos ABS/Asset Backed Securities, não é difícil concluir que, nos dias que se aproximam, a falência Lehman provocará stresse agudo nos mercados.
A pressão para a venda de activos pelos administradores da falência Lehman Brothers irá provocar uma queda de preços com impacto nos mercados da dívida e de capitais.
Diversos analistas estimam entre USD 150 e 300 mm/bi os prejuízos só no sector bancário.
Os principais atingidos deverão ser os bancos Morgan Stanley, Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Deutsche Bank e ABN Amro.
Dá para imaginar a dimensão dos prejuízos gerados pelos Credit Default Swaps e o seu impacto nos balanços das seguradoras e resseguradoras, até ao final do ano e em 2009?
E se lhe adicionarmos o facto de mais de 95% destes mercados funcionarem segundo a lei da selva - sem qualquer tipo de controlo por parte dos reguladores?
2. Vendas a descoberto: Esta técnica permite a um especulador vender títulos sem os deter, na expectativa de que os adquirir depois, a preços baixos, e obter lucros com a flutuação das cotações. A modalidade - conhecida como short selling - desde que usada dentro das regras e com parcimónia, é uma ferramenta reguladora do mercado usada pelos principais agentes - bancos, corretoras, fundos (sobretudo “hedge”) e empresas de arbitragem.
O dinâmico processo de “destapar” e “tapar” posições nos diversos mercados permite mecanismos de cobertura de riscos, induz equilíbrio e reduz a volatilidade das cotações. A decisão da SEC/Securities and Exchange Comission de proibir operações de short selling sobre 799 títulos financeiros é susceptível de matar aquilo que se pretende curar.
Na prática, de acordo com os paladinos da técnica, ainda que temporária, a decisão da SEC pode desencadear um contra movimento que atingirá sectores colaterais à banca e imediatamente expostos à crise - fábricas de equipamentos de construção, automóveis, centros comerciais etc. - que irão sofrer os impactos conjugados da recessão económica, da quebra do consumo e da subida das taxas de juro.
Tem ainda uma outra consequência perversa: afecta directamente o mercado regulado das opções. Este, sem vendas a descoberto, sofrerá uma hemorragia de consequências imprevisíveis. Problemas de liquidez, agravamento da manipulação e prémios mais caros nas opções de venda (put option) serão as consequências imediatas.
De facto, os riscos de o mercado morrer da cura (e não do mal) são reais. “As autoridades reguladoras advertiram publicamente que a venda especulativa de acções a descoberto, através da circulação de rumores, será severamente punida. Porém, também declararam (…) que, sendo ‘a normal venda a descoberto uma parte essencial do mercado aberto de títulos’ a proibição de tais vendas ‘pode provocar a destruição do mercado’ sendo por isso, em qualquer caso, ‘um preço demasiado alto para eliminar os poucos que abusam desta prática legítima.’” A citação não pode ser mais actual. Todavia não foi escrita agora. Foi publicada, sob o título original “Short Selling”, na edição de 18 de Outubro de 1930, do New York Times (assinatura).
MRA Dep. Data Mining
Pedro Varanda de Castro, Consultor
P.S.: A Moody’s estima que, em 2008, a taxa global de incumprimento de “junk bonds” aumentará para 7,4% contra 2,7% em 2007. Jan Hatzius, da Goldman Sachs, estima que a desvalorização em mais 10% dos preços dos imóveis nos EUA aumentará os prejuízos da banca no segmento hipotecário para USD 636 mm/bi, provocará uma contracção de USD 2 mibi/tri na concessão de crédito e cortará 1,8% na taxa de crescimento do PIB estadunidense. A edição online da revista britânica Economist também calcula a redução de USD 2 mibi/tri de dólares na liquidez do mercado global. pvc
Só se ouvem asneiradas e mentiras.
Sabiam que as rotativas de fazer USD, rebentaram?
Por mim digo, não salvem os bandidos, enforquem-nos, afinal Bush não defende a pena de morte para assassinos?
Quantos já se suicidaram desde a crise Enron?
20 Comments:
O mercado interbancário não é nem sofisticado, nem tem efeitos especiais, e está numa zona considerada rotineira e chata do sistema financeiro. Mas é o seu coração. E o coração ontem estava a triplicar (a mais de 6%, quando as Fed funds de referência estão e continuaram a 2%). Portanto ainda ficou pior do que quando o artigo foi escrito. E aí está a outra parte do problema. Que estamos no fundo do vale, ninguém dúvida. O pior é que ninguém sabe se vamos começara a subir ou ainda a descer a alguma gruta escondida. Tipo quem é a grande empresa que se segue a falir?
De facto a questão central agora não são as taxas de juro mas sim o proprio sistema financeiro. Tenho comentado que foi tudo uma grandessissima (e consciente) vigarice e que Alan Greenspan devia estar na prisão. Sei que o FBI tem estado a investigar alguns dos "artistas", nomeadamente executivos do Bear Stearns. Fico contente por John McCain falar abertamente em corrupção em Wal Street. O problema não se resolve enquanto não regularem o sistema.
Na minha conta bancaria onde eu entregava minhas poupancas aos senhores do banco eles me davam de rendimento entre 1,75% e 2.50% e ainda pagava impostos pior ainda esses ladroes inventavam taxas e mais taxas e mais taxas quer dizer no final o meu dinheiro ainda tinha que pagar para o ter nas maos de esses ladroes mas ainda pior 'e que esses ladroes emprestavam o meu dinheiro a infelizes quem queria comprar casa por credito a 10 % e 15% mas dizem que 'e s'o 4% ai que eu tirei todas as minhas economias dos bancos acabei com as contas bancarias e tenho dinheiro em casa tenho sertesa que muito mais seguro e rentavel que te lo naS maos de esses ladroes e os governos dao protecao e comem tambem juntamente com essa seita de lar'apios para dar um exemplo bem claro so em uma conta minha em um mes paguei comissoes m'ais taxas mais selos , mais imposto de selos , mais sei l'a tanta porcaria que esses patifes inventaram que em um mes paguei s'o de uma conta 'a ordem 17 euros em impostos e taxas que no fundo o que mudava era o nome o imposto era o mesmo sempre e as taxas igual por isso vem para aqui dizer que estao m'al iso 'epatifaria e serve para justeficar o roubo que nos fazem esses senhores dos bancos e politicos tem roubado at'e mais nao estao autorizados a roubar e ninguem faz nada pois eu fez e bem
Agora é que vai rebentar a Bolha das dívidas.... Karl Marx, embora hoje seja quase anátema citar este grande pensador judeu do século xix, disse um dia que a “História repete-se duas vezes, a primeira como tragédia e a segunda como farsa”, mas provavelmente terá se esquecido de adicionar a terceira, que sucede já por estupidez humana. E relativamente a esta última, um outro grande pensador, curiosamente também de ascendência judaica, Albert Einstein, terá dito que, ele próprio, “tinha certeza de duas coisas infinitas, o universo e a estupidez humana”, tendo adiantado que sobre a primeira não tinha certeza absoluta, mas relativamente à segunda não tinha dúvidas. Realmente há factos e acontecimentos que se sucedem, se repetem e, curiosamente em locais ou épocas que as pessoas, particularmente aqueles que possuem poder de decisão, deviam repensar, quando possível, se valeria apenas permitir a sua repetição, as suas consequências e precedentes.
Passámos do capitalismo de casino e do regabofe de ganhos para CEOs e accionistas,para "lucros privados,prejuizos públicos".O "socialismo do capital"já era conhecido de várias revoluções ,ditas de esquerda.Só faltava contemplar banqueiros.Mas, eles têm a massa e por isso mandam.
"Abençoado" liberalismo que salta por cima de tudo o que são regras. Mesmo nas mais divertidas especulações e calafrios nocturnos nunca imaginei ser possível, assistir em vida, a nacionalizações nos EUA...e logo pelo Governo do camarada W. Bush ! Tudo isto enquanto o "mago" Alan Greenspan nada "via" ! Se a AIG está com uma endocardite e está visível no clube do "puto maravilha", quer isto dizer que metade dos clubes da liga inglesa, vão estar de "calças nas mãos" ! Dos clubes portugueses nada há a temer pois são "bem geridos" !
Custa entender que, quem salvou o Bear Sterns e os Freddie/Fannie, se recuse a salvar o Lehmann. Enfim, os desmandos dos derivados e conexos ccomeçam a ser pagos. A eccconomia mundial vai sofrer por via indirecta: voltam a subir as restrições no crédito interbancário, o crédito global vai sofrer um aperto. O que limitará ainda mais o crescimento. Com o petróleo a cair, a procura dos produtores tenderá a baixar, e lá se vai a fonte de procura que ainda manifesta dinamismo.
Erros? Não são erros, são roubos! O que se passa é que a ganância pelo lucro, obriga a planos de negócio extremamente exigentes em rentabilidade, distribuindo o sistema bónus e prémios entre os individuos que alinham (Vendedores, auditores, gestores, consultores,...); Todo o sitema está montado para aumentar proveitos, á custa da maioria da população, que empobrece...usando ao máximo a alavancagem do crédito, em proveito de minorias!Os reguladores nunca aparecem a defender os mais fracos...Veja-se o roubo no caso do IPO da EDP-R!
A realidade tratará de desmontar uma série de modelos mentais que dominam o pensamento económico ocidental. Uns resistiram até ao fim na defesa desses modelos (há até aqui uma questão de saúde mental), outros mais flexíveis, perceberão que foram enganados desde que nasceram. Estamos numa fase de mudança de vários paradigmas. Adaptemo-nos! hortadovizinho.com
Vivemos cada vez mais numa aldeia global! E verdade caro João Leitão, penso que tem muita razão quando diz que teremos de alterar muitas mentalidades e, determinadas verdades que fazem parte dos manuais de economia. Avancemos com cautela, sim com apoio as casas internacionais que estão com dificuldades, pois todos nos sabemos que os mercados recuperando, voltamos aos lucros. Penso que não com a facilidade que tínhamos ate a data, mas a médio prazo os mercados recuperaram e todos nos vamos aprender mais uma vez com o sucedido. Penso que nada será como era.
A baixa popularidade de Trichet deve-se à ignorancia dos media,dos chamados "analistas" e dos politicos.Mas, este até têm atenuantes ,já que chutam as culpas para o lado.Eis :"se as pessoas estão superendividadas com taxa a 4,25% ,imaginem o que seria com uma taxa de 2%? E os pensionistas e funcionários publicos,que têm ganhos contidos,o que lhes aconteceria com inflação mais alta?..
Ben para ajudar o Trichet a única coisa que se pode pedir aos portugas sempre enganados, aldrabados, roubados pelos politicos e pelos empresáriositos do e pró-sistema - seria não dar um tacho no parlamento áquele ex-não pedófilo do Paulo Pedroso e se ele fosse verdadeiramente um chulo mas um ainda que com algum sentido de estado devia de ter vergonha no fochinho e pegar na guita que venha , espante-se, a receber do estado... eh eh ... e dá-lo por exemplo às finanças . Será que os Politicos não têm vergonha na cara ?! Plo menos da fama de pedófilo não se livra nem nunca se livrará aliás a cara e as feições são no mínimo suspeitas ... mas existem muitos mais ....
Os concursos de popularidade normalmente apresentam vencedores que são perfeitos imbecis. A inflação floresce onde o populismo e/ou a corrupção imperam. Nomeadamente nos "mercados" de produtos alimentares que de mercados nada têm, antes pelo contrário. A taxa está alta para a maioria dos portugueses (embora ela não seja directamente dirigida pelo BCE, é evidente que as diferentes taxas que o Banco Central gere influenciam a taxa dos empréstimos à habitação) mas em termos reais ela situa-se, agora, em cerca de 1% ao ano, e esteve um trimestre, pelo menos, negativa. Tudo isto em termos reais (por oposição aos nominais). Assim sendo, quem é afectado de forma perto do insustentável nunca reuniu as condições básicas para ter um empréstimo à habitação. Portanto o erro não é nem do BCE muito menos dum membro da sua direcção, mesmo o presidente. O erro é da falta de informação dos mutuários e da verdadeira barragem de contra-informação da banca comercial, aproveitando-se sobremaneira da falácia do arrendamento e da especulação imobiliária pura e dura. Pode-se assinalar que este também é um canto obscuro onde o mercado não funciona. Se optamos por falta de mercados nos alimentares e na habitação comemos apenas o pão que escolhemos e habitamos as casas de péssima qualidade (pior relação preço/qualidade da OCDE) que a especulação oferece. Os que não têm voz é que, certo será que nem o sabem, têm um campeão dos seus interesses no Sr. Trichet. É raro o seu exemplo de verticalidade e defesa dos mais debéis. Raro e alvo dos ataques mais violentos e apalermados que tenho visto neste ano que vivemos. Quanto ao petróleo, tem uma correlação de facto forte com os mercados accionistas e uma correlação mais débil com a inflação ( mas tem-na pelo "input" importante na actividade agrícola). Os 2 juntos é que são pólvora.
Na economia como na política a verdade raramente está só de um lado. A inflação é um imposto oculto e profundamente injusto. O objectivo do BCE era (é) o controle da inflação. O Sr Trichet tem agido com razão. Mas... (ha sempre um mas) a inflação actual é sobretudo determinada pelo custo do petroleo, que o Sr Trichet não controla. Por outro lado as economias europeias estão a pagar um preço demasiado elevado. Reparem nos EUA, que parecem já querer sair da crise. VG tem razão quando diz que devemos defender os trabalhadores por conta de outrem e os pensionistas, os mais atingidos pela inflação. Mas... (lá está o mas) e os desempregados devido a economias estagnadas e os jovens que estão a pagar hipotecas? Vá lá Sr Trichet...está na altura de começar a baixar
Formaram-se e viveram numa época em que a economia mundial não apresentava o conjunto de variáveis e complexidade características desta nova nova ordem mundial, aplicam as mesmas receitas e truques com as quais foram amestrados e finalmente de forma cíclica entram em pânico quando as variáveis económicas expõem o ridículo e inutilidade de velhas teorias. Mas será que ninguém se apercebe que a inflação que nos aflige tem origens extra-comunitárias e que o aumento da taxa de juro em pouco ou nada a afecta? Tão somente aniquila o consumo privado e coloca a economia de rastos? Se realmente pretendem controlar a inflação, porque não intervir directamente na moeda de forma a potenciar a sua valorização e assim cancelar a inflação inportada e deixando a taxa de juro em paz? Agora com o Euro a perder valor para a maioria da moedas internacionais vamos ter a inflação a galgar terreno em particular no que respeita aos efeitos directos da subida relativa do preço o Petróleo cancelando qualquer ganho de competitividade por intermédio da desvalorização do Euro.
Com uma taxa directora de 2.00%, o incumprimento de crédito atingiu o máximo dos últimos 30 anos nos EUA...ainda acham que o corte da taxa directora do BCE resolve o problema do pagamento do crédito à habitação??? Se pagamos menos pela prestação da casa e pagamos mais pelos bens e serviços adquiridos a factura no final do mês será a mesma, com um senão, aumento do consumo, aumento da inflação...logo é preferível pagar mais na prestação da casa e reduzir o consumo para controlar a inflação...os EUA estão melhor económicamente do que a Europa??? Vejam os mais recentes dados macroeconómicos americanos e depois voltamos a falar...nos EUA temos uma inflação de 5.6%, desemprego perto dos máximos dos últimos 15 anos, incumprimento no pagamento das hipotecas em máximos dos últimos 30 anos, em Agosto a indústria destruiu 61000 postos de trabalho, crescimento nominal do PIB 2,2%...Europa com o desemprego mais baixo dos últimos 15 anos, crescimento nominal do PIB 1.4%, inflação a 3.8%...quem está pior?????
A verdade é que o bce tem tentado conter uma inflação com medidas erradas. As altas taxas de inflação devem-se ao petróleo e à alimentação. Essas são exactamente as duas coisas que não se conseguem baixar subindo juros. Uma porque a nossa sociedade é baseada no petróleo, a outra porque ninguém pode deixar de comer. De facto, de cada vez que o bce mexe ou pensa em mexer na taxa de juro, o que se passa é exactamente o contrário do que pretende: Aumenta o preço do petróleo, aumenta a inflação. É ver as sucessivas notícias que têm saído nos jornais. para mais, começam a surgir dados concretos de investigadores de que as actuais teorias económicas não são válidas, baseando-se em pressupostos errados (ver por exemplo um artigo sobre o tema na revista newscientist de Julho).Que isso parece ser verdade, demonstra-o a actual situação: Ninguém sabe o que se vai passar e a actual situação contradiz todas as previsões clássicas. Neste momento resta o bom senso e esse até agora parece ser muito pouco.
O Sr. Trichet só tinha que pôr os olhos na América.Toda a política europeia é monolítica!A América a emergir da crise e a Europa, dia após dia, a submergir...Os nossos Economistas são corresponsáveis (digo, aqueles que vendem as suas teorias na imprensa).
se na minha vida, me cobram mais por tudo aquilo que necessito para subreviver, então no meu negocio seja ele qual fôr, também irei cobrar mais para combater o que pago mais. isto para mim é um ciclo. não será inflacção ? diz o sr Trichet que subiu os jutos para conter a inflacção. que conseguiu ele combater ??? não sou economista e ainda bem. aliás são os economistas que estão colados a todas estas instituições que colocaram o mundo nesta situação. não fui eu nem o meu irmão. os EUA, dão alguns sinais que se quererm endireitar. e na UE ? crimes, despedimentos, falencias, fome. quer mais sr Trichet ? e mais uma : um americano produz preservativos. um europeu produz igualmente preservativos. ambos possuem a sua empresa. o americano vai ao banco e compra dinheiro para produzir a metade do valor do europeu. produto final para exportar por exemplo que tem mais margem negocial ?
Pois é.. as administrações têm obrigação de tomar de decisões que tragam valor ás acções.. se não fizerem, deverão correr o risco de ser postas na rua pelos accionistas.. Só que, em Portugal, o "Corporate Governance" é uma falácia (para não dizer fraude) dado que limita o poder dos accionistas, mesmo quando estes têm posição relevante, e deixa as administrações á solta para fazerem asneiras sem sofrerem punição.. Assim se perpetuou o consulado de Jardim Gonçalves no Bcp, assim se está a aguentar a dupla S.Silva/Ulrich no Bpi, etc.. A ZON foi como que uma parcela de terreno destacada do pedaço maior (a PT) e entregue a um novo inquilino (o Rodrigo).. Ele está a fazer daquilo um condominio privado de maneira a poder sugar o osso até ao tutano.. se começar a abeirar-se a idade de reforma e tiver o papo cheio, já começa a adoptar outra postura favorável á fusão com a Sonae.. (as teorias que desenvolve para rejeitar a operação hoje, num instante se remodelam para apoiar firmemente o contrário... /quando não lhe interessar manter a capelinha/...)
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