Espantoso o estado em outsourcing que se queixa do outsourcing
Urgências.
Há tempos, as equipas das urgências hospitalares funcionavam com médicos de vários serviços.
Habitualmente quem chefiava as equipas era um médico especialista em Medicina Interna ou um cirurgião e dela faziam parte outros médicos tendo como base estas especialidades incluindo internos e clínicos gerais por vezes.
Funcionavam depois com apoio das equipas de serviço das especialidades que existissem em regime de 24 horas, por exemplo, ortopedia.
Nos Hospitais Centrais os especialistas de Neurologia, trauma, neurocirurgia, anestesiologia e reanimação estariam de chamada interna.
Esta é uma explicação simplificada para se perceber.
O que sucedeu?
Em muitos hospitais distritais e centrais, por exemplo, houve médicos que trabalhavam em equipa com médicos hospitalares, sem fazerem parte do quadro.
Foram convidados, a sair ou se quisessem continuar, só através das chamadas empresas de outsourcing.
A Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares vem chorar lágrimas de crocodilo, ou então não sabe o que alguns dos seus associados fizeram como gestores? Se não sabia o que se passava mal estará.
Decerto se este artigo for lido, podem aparecer testemunhos interessantes que não só os veiculados, pelo DN.
A senhora Ministra não sabia o que se passava se ela própria antes de ir a ministra era responsável por um conhecido Hospital?
Fica a pergunta, ou a pista:
Seguir o dinheiro.
De quem são as empresas de outsourcing? Seria interessante saber se há casos de negócios de empresas criadas por políticos ou por indivíduos ligados a administrações.
A polícia que investigue, já que a inspecção não o fez e agora é tarde.
Quem criou os EPE, depois de tanto criticarem os SA.
Quanto de facto ganham os médicos?
Ganham todos o mesmo, ou falamos em casos limite?
Se um ganha por exemplo 100 € a hora quanto cobra a empresa ao hospital?
Quanto custa um médico a trabalhar, completamente desenraizado, que depois de ver um doente pede baterias de análises sem o mínimo de critério?
Já agora onde parava o Sr Dr Pedro Nunes, que se queixa só agora ou muito tarde, destas situações?
Por outro lado acontecem situações que, como a pressa não é boa conselheira, colocaram os médicos estrangeiros muitas vezes em situação muito incómoda, pelo que deveriam, como os mais novos, trabalhar sob tutela até dominar a língua e a clínica depois de anos sem exercer.
A medicina ao contrário do que se pensa é uma arte, não é uma ciência exacta e a experiência e a actualização constantes, são adquiridas essencialmente no fazer bem, vendo como se faz, bem.
Nada me espanta no sítio.
Espanta-me é que só agora os senhores administradores se queixem, a ordem se queixe e a senhora ministra não saiba, depois de ter vindo de um hospital.
A carência de médicos obriga muitos hospitais a contratarem tarefeiros a empresas de prestação de serviços para manter as urgências a funcionar.
A medida tem um preço elevado: há médicos que cobram 2500 euros por banco de 24 horas. Mas os custos não são apenas financeiros
'Desagregação' das equipas preocupa Ordem
Há hospitais públicos que pagam 2500 euros por uma urgência de 24 horas a médicos contratados a empresas privadas. São mais de 100 euros por hora, valores muito superiores aos pagos aos profissionais dos quadros.
No entanto, esta é a solução que muitas unidades encontram para assegurar o funcionamento das urgências, diz o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.
Um médico que trabalha num hospital em Lisboa disse à Lusa que é regularmente convidado para ir fazer bancos a várias zonas do País, revelando que chega a receber propostas de 2500 euros por banco de 24 horas, mais do que ganha num mês, embora garanta que nunca aceitou. Nas especialidades mais carenciadas, os valores rondam os 55 euros por hora, mas podem chegar aos 100. Pedro Lopes considera que estes números são "altíssimos e inaceitáveis".
Do ponto de vista de gestão "é também muito pouco razoável", diz o presidente da APAH. No entanto, há hospitais em que a carência de recursos a isso obriga, reconhece.
Em alguns casos, adiantou Manuel Delgado, administrador do Hospital Curry Cabral, os hospitais encontram-se numa situação limite ficando sujeitos a este tipo de "chantagem" por parte das empresas que "pedem o que querem".
Por outro lado, há outros em que se recorre a este expediente para não ultrapassar os limites para as horas extraordinárias, já que estes montantes não são incluídos na rubrica das despesas com pessoal, mas sim nos gastos com aquisição de serviços, explica Pedro Lopes. "Não me parece correcto porque há mais custos. Os médicos contratados, muitas vezes, não têm a mesma qualidade e não há continuidade", refere.
"Lógica quase mercenária"A "desagregação "das equipas de urgência preocupa também o bastonário da Ordem dos Médicos.
"Ninguém se conhece. Está instalada uma lógica quase mercenária", lamenta Pedro Nunes. "É muito grave o que está a acontecer, mas não culpem os médicos", diz.
O bastonário lembra que "não foram os médicos que inventaram a empresarialização dos hospitais", mas que quem o fez "se esqueceu que o mercado quando nasce é para todos". E com a escassez de médicos no Sistema Nacional de Saúde (SNS), estes passam a ser pagos a peso de ouro.
Curiosamente, segundo Pedro Nunes, o número de médicos por mil habitantes em Portugal não difere muito da média europeia. "Estão muito envelhecidos e é preciso é mantê-los no SNS para ensinarem os mais novos".
O Ministério da Saúde sabe que há unidades a recorrerem a estas empresas e garantiu ao DN que estão a ser "tomadas medidas para ultrapassar esta situação". Medidas que serão reveladas em tempo oportuno. Para Pedro Lopes, a solução passa por criar equipas próprias para as urgências.
In Diário de Notícias
Comentário de uma Toupeira teimosa e desconfiada dos queixosos.
In Diário de Notícias
Comentário de uma Toupeira teimosa e desconfiada dos queixosos.
Há tempos, as equipas das urgências hospitalares funcionavam com médicos de vários serviços.
Habitualmente quem chefiava as equipas era um médico especialista em Medicina Interna ou um cirurgião e dela faziam parte outros médicos tendo como base estas especialidades incluindo internos e clínicos gerais por vezes.
Funcionavam depois com apoio das equipas de serviço das especialidades que existissem em regime de 24 horas, por exemplo, ortopedia.
Nos Hospitais Centrais os especialistas de Neurologia, trauma, neurocirurgia, anestesiologia e reanimação estariam de chamada interna.
Esta é uma explicação simplificada para se perceber.
O que sucedeu?
Em muitos hospitais distritais e centrais, por exemplo, houve médicos que trabalhavam em equipa com médicos hospitalares, sem fazerem parte do quadro.
Foram convidados, a sair ou se quisessem continuar, só através das chamadas empresas de outsourcing.
A Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares vem chorar lágrimas de crocodilo, ou então não sabe o que alguns dos seus associados fizeram como gestores? Se não sabia o que se passava mal estará.
Decerto se este artigo for lido, podem aparecer testemunhos interessantes que não só os veiculados, pelo DN.
A senhora Ministra não sabia o que se passava se ela própria antes de ir a ministra era responsável por um conhecido Hospital?
Fica a pergunta, ou a pista:
Seguir o dinheiro.
De quem são as empresas de outsourcing? Seria interessante saber se há casos de negócios de empresas criadas por políticos ou por indivíduos ligados a administrações.
A polícia que investigue, já que a inspecção não o fez e agora é tarde.
Quem criou os EPE, depois de tanto criticarem os SA.
Quanto de facto ganham os médicos?
Ganham todos o mesmo, ou falamos em casos limite?
Se um ganha por exemplo 100 € a hora quanto cobra a empresa ao hospital?
Quanto custa um médico a trabalhar, completamente desenraizado, que depois de ver um doente pede baterias de análises sem o mínimo de critério?
Já agora onde parava o Sr Dr Pedro Nunes, que se queixa só agora ou muito tarde, destas situações?
Por outro lado acontecem situações que, como a pressa não é boa conselheira, colocaram os médicos estrangeiros muitas vezes em situação muito incómoda, pelo que deveriam, como os mais novos, trabalhar sob tutela até dominar a língua e a clínica depois de anos sem exercer.
A medicina ao contrário do que se pensa é uma arte, não é uma ciência exacta e a experiência e a actualização constantes, são adquiridas essencialmente no fazer bem, vendo como se faz, bem.
Nada me espanta no sítio.
Espanta-me é que só agora os senhores administradores se queixem, a ordem se queixe e a senhora ministra não saiba, depois de ter vindo de um hospital.
Etiquetas: a cegueira e os paleo comunistas reformatados em neoliberais, outsourcing
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