sexta-feira, outubro 10, 2008

Ensaio sobre a loucura

A DGS há tempos, preocupava-se com a gripe que este ano seria muita mais agressiva que há uns anos a esta parte, e dava várias razões pouco atendíveis, mas contrariar estas cabeças formatadas há muitos anos é coisa que já deixou de ser preocupação tal a importância da montanha de papelada e de normas que enviam para tudo quanto é sítio.
Depois da gripe dos passarinhos, a gripe dos humanos, que não se sabe de facto como se irá comportar, porque não se sabe como o clima se irá comportar.
A propósito de sanidade mental do sítio, era bom que se colocassem em campo, para perceber se quem governa este sítio está bem da cabecinha e se a coisa não será uma espécie de doença de priões, mas muito rápida na expansão.
Ficariam algumas mentes mais perversas descansadas, se a coisa funcionasse como o vírus Ébola que é tão rápido a actuar, que mata a própria possibilidade de poder se tornar praga mundial, como o já há muito conhecido vírus da sida, modificado sabe-se lá porquê.
Mas ao que parece, tomou conta da classe política uma estranha doença que os faz entreter-se com uns brinquedos a que chamaram de Magalhães, ao que parece a preço zero, não sei se no hardware se no software.
Depois dos exames facilitados e das passagens quase administrativas, da baixa do preço dos genéricos em 30% o que parece querer dizer que ganhavam em mais valias, muito mais que os outros, mistério a perceber, por um qualquer amanuense das finanças a trabalhar junto de um amanuense do Ministério da Saúde, assim chamado, e que faça conferência de facturas e de receitas…médicas e que saiba somar 2+2...
Depois um PR que pede não se sabe bem o quê e um PM que diz estar tudo bem e que as grandes obras previstas vão mesmo ser feitas, não se sabe bem é com que dinheiro e se agora o TGV fica ligado a Marrocos, porque a Espanha não parece.
Ninguém tem coragem de dizer ao pobre homem: “porque não te callas!!!”; será que temos que pedir a Sua Alteza Real D. Juan, para nos fazer esse favor?
O aeroporto ali para perto do Freeport, perto de Alcochete não me parece, mas o homem insiste, faz lembrar aquelas figuras que existem em todos os locais, a que chamam de doidos do sítio e que por exemplo gritavam, nos poucos e difíceis trabalhos que lhes davam, acenando com um cacete: “Menino! Vá trabalhar menino; pázada…vá trabalhar menino…”
Entretanto teve o desplante de afirmar de forma sublime, o que será desculpável depois de exame epidemiológico da crise, qualquer coisa do género:
“A culpa é dos neoliberais, que querem menor estado e menos estado”, não se sabendo se os ministros e secretários de estado estão metidos em alguma conjura, ao fazerem contratos de out sourcing em tudo o que se pode imaginar, pessoas, mercadorias, serviços de catering, de limpeza e até em retretes móveis, o que decerto ficará muito mais barato, mas não se percebe se as empresas são do estado ou de figuras de estado em licença sem vencimento.
Presume-se que o homem não sabe o que se passa nos ministérios a que preside.
Depois a coisa é contagiosa e grotesca, com casamentos de gays que não são de conveniência como os outros, são de inconveniência digo eu.
Os agitadores, são apoiados pelo único partido da oposição que faz de facto o seu papel fugindo à monotonia da loucura instalada e com o PCP a falar nos trabalhadores, nos direitos e esfregando as mãos de contente à espera do regresso das comissões de…trabalhadores, porque o estado capitalista, irá em contraciclo proceder a nacionalização de bancos, como o companheiro Vasco.
Mas o grave, grave, é que parece que o PSD morreu, graças a Deus, dirão alguns e daí a populaça que ainda responde aos inquéritos das sondagens irão dar a maioria ao homem do grande plano tecnológico e ao plano de desenvolvimento de um sítio que lhe agradece imenso, principalmente quando fala e quando fala sem enumerar uma única inverdade.
Kafka teria aqui um imenso universo para condensar todas as suas obras numa só, como se fosse uma súmula.
Quem não se sentir apanhado toque na madeira, se soar a madeira é madeira, mesmo que laminada, mas ao menos fique descansado, ainda não está apanhado.
Se quiser tentar uma coisa mais radical deixe de ver os morangos com açúcar, se conseguir ainda pode ser que se safe...
Passem bem.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Na saúde o número de médicos contratados nos hospitais EPE é escandaloso. Houve administrações hospitalares que destruiram equipas depois de "convidar" os médicos a sairem ou então se quisessem continuar teraim de se inscrever em empresas de fornecimento de mão de obra a preços pagos ao estado exorbitantes, que não aos profissionais.
O PM Sócrates devia ter vergonha ao acusar os outros de defenderem o que afinal ele faz.Em vez de ser o estado a contratar faz contratações com empresas de out sourcing. Interessante seria saber as ligações de políticos com estas empresas para saber se há crime de participação em negócio.

sábado, outubro 11, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Salvar os bancos sim, as empresas que produzem bens essas nem pensar.
Vamos ver o que vai acontecer aos bancos e se a CGD não se enterrou no negócio de casino, se aconteceu então teremos o segundo país subprime, com os agiotas a pedirem satisfações como os ingleses do tesouro. Enquanto a D. Branca pagou estava tudo bem, ninguém queria saber de onde vinha tanto dinheiro agora que a vaca secou acenam com a lei antiterrorista.Estes ingleses nunca deixaram de ser piratas, o sangue de Francis Drake persiste naquelas cabeças. Pode ser que o tiro lhes rebente na cara.

sábado, outubro 11, 2008  

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