Somos todos crentes…II
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou este sábado que a lei que permite a concessão extraordinária de garantias à banca até 20 mil milhões de euros não é «para ajudar a banca», mas sim para «servir a economia e as famílias».
Claro que não é para ajudar à banca, é para apoiar os banqueiros em dificuldades e que sempre “ajudaram” os políticos.
Mas é claro que as restrições vão continuar e como diz o inteligentíssimo engenheiro a bolsa não tem nada a ver, as quedas e as subidas são coisas naturalíssimas, num casino.
No nosso caso, a economia há muito estava contaminada pelo sector financeiro, apenas foi feita a prova dos noves, coisa em desuso desde que inventaram o Magalhães e as calculadoras nas escolas.
O Senhor Presidente, um crente das ideias económicas que levaram ao colapso da economia mundial, desde os tempos do tatcherismo e das regras do Consenso de Washington.
Interessante como mudaram as palavras, portanto a retórica do FMI e do Banco Mundial e até da ONU, em poucos meses..
As hipóteses do futuro podem ser três ou quatro.
O sistema vai funcionar e amanhã já ninguém se lembra de nada, coisa veiculada pelos tontos ou pelos apologistas ainda do mercado autoregulado.
As coisas irão funcionar por blocos, o que será difícil atendendo à qualidade dos líderes da Europa, talvez com a excepção do PM inglês, que no caso não parece agarrado ao que se passa na loucura antes de eleições nos USA, ao contrário de Mr Barroso e demais aliados e fracos líderes desta Europa em auto destruição.
Portanto, será difícil que a Europa vá cobrar aos americanos a destruição que provocaram nas economias mundiais, incluindo as Europeias, nos últimos 25, 30 anos, deixando-os cair, para que reconstruam a sua economia para dentro e que resolvam os problemas da sociedade cada vez mais miserável e a sua dívida colossal, em vez de obedecerem aos banqueiros que de facto governam a União.
A globalização apenas funcionou para tornar as sociedades, sem excepções, mais injustas e criar uma imensidão de pobres em todo o mundo, para destruir e acelerar de forma drástica o meio ambiente e as alterações do clima, enriquecendo os muito ricos, os que não aparecem na Forbes, levando agora a mais cuidados no realinhamento por blocos, já sem o poder dos USA.
A hipótese mais assustadora e mais provável, será o Apocalipse, o colapso dos estados fracos como o nosso, militares na rua e filas de racionamento nos estados que não colapsem e uma situação de miséria generalizada como a que aconteceu depois de 29 ou mais recentemente na Argentina.
É claro que é difícil fazer um orçamento com a situação que vive, mas, a verdade é que os políticos tontos e oportunistas que por cá existem ainda pensam que têm para onde fugir em caso de colapso, nem eles nem os seus patrões e aqui daremos graças aos deuses pelo faço de existir globalização.
A loucura está nos números e as mentiras do défice, da dívida pública (melhor seria o estado pagar a quem deve, do que ajudar os da usura e os agiotas da banca), faria a economia real receber algum sangue. Baixar os impostos, por exemplo o IVA, que só deveria ser cobrado depois de pago o recibo, acabar com o PEC, cortar os subsídios a empresas públicas que apenas servem para empregar parasitas, deixar de apoiar as grandes empresas e acabar com a promiscuidade entre empresários e políticos, acabar com as implosões fora de tempo, reduzir as reformas dos políticos que não são o número que o Sr Ministro das Finanças pregou, esqueceu-se de muitos outros, reduzir para uma única, a quem recebe mais que uma, como o Sr PR, reformar as forças armadas, acabando com a quantidade escandalosa de oficiais superiores, incluso oficiais generais, acabar com os subsídios às Fundações, acabar com os serviços de um estado em outsourcing e promover os contratos de trabalho, colocar e dar confiança aos juízes e procuradores, o que levará a uma limpeza de toda a teia de interesses e promiscuidade, entre políticos, polícias e poder judicial, mas isso é tarefa que nem Dante seria capaz de imaginar. Descansem que não irá acontecer!
A reforma do sistema político só será possível, com muita dor e muito sofrimento, com estes actores de 3ª categoria, em todo o espectro político será impossível, sem um fim trágico do regime da 3ª República, sem uma vaga de fundo que varra todo este lixo, dos que são corruptos, dos que os servem, dos indecisos e dos indiferentes.
A Associação Nacional das PME criticou o Governo alegando que a garantia de 20 mil milhões de euros dada à banca visa «aumentar unicamente» a liquidez do sector bancário e não se destina às famílias e empresas.
«No cenário real do país não pode agora [o Governo] dizer que os 20 mil milhões de euros se destinam a servir a nossa economia e as famílias, num discurso de milagre teológico, do pão e do peixe, tanto mais que as famílias e as empresas, a maioria das quais em dificuldades, não têm acesso ao crédito», disse Fernando Augusto Morais.
Segundo o dirigente, que é também vice-presidente da Confederação Europeia das PME, «há em Portugal 264.527 pequenas e médias empresas, 80 por cento das quais estão com enormes dificuldades financeiras e sem capacidade financeira para ter acesso ao crédito bancário».
«No cenário real do país não pode agora [o Governo] dizer que os 20 mil milhões de euros se destinam a servir a nossa economia e as famílias, num discurso de milagre teológico, do pão e do peixe, tanto mais que as famílias e as empresas, a maioria das quais em dificuldades, não têm acesso ao crédito», disse Fernando Augusto Morais.
Segundo o dirigente, que é também vice-presidente da Confederação Europeia das PME, «há em Portugal 264.527 pequenas e médias empresas, 80 por cento das quais estão com enormes dificuldades financeiras e sem capacidade financeira para ter acesso ao crédito bancário».
Boa noite
Tentarei falar sobre o milagre do Saúde 24, não nos casos do nariz a pingar, mas em situações de mortes que podiam ser evitadas e das várias quintas que tanto dinheiro custam aos bolsos dos contribuintes, nas chamadas parcerias Público/Privadas e nos milagres do desaparecimento e esquecimento de situações que estão nas gavetas. Com tempo...
1 Comments:
Peço desculpa pelo tempo de antena. Foi-lhes deixado o desafio de colaboração para uma causa aqui. Provavelmente não deram conta. É uma causa de todos. Se puderem, colaborem.
Enviar um comentário
<< Home