Cheira muito a lodo
"As histórias são tantas e tão mal contadas que é difícil perceber como é que há gente que ainda consegue olhar de manhã para o espelho e não cair para o lado de nojo e de vergonha.
Uns encolhem os ombros e dizem que são os sinais dos tempos. Outros esfregam as mãos de contentes à espera de umas boas prebendas. E há ainda os que voltam aos velhos slogans do passado e fulminam quem pensa o contrário desses espíritos iluminados, detentores da verdade absoluta e de valores politicamente correctos que nada nem ninguém pode pôr em causa.
É extraordinário como nenhuma boa alma se interrogou a sério sobre o negócio dos contentores em Lisboa e o interesse exaltado dos estivadores na defesa de um projecto obscuro que esconde muitos milhões e muitos interesses ocultos. É extraordinário como as boas almas de esquerda, cheias de princípios e de sentido de Estado, que esmagam os populistas e demagogos, engoliram satisfeitas os dez minutos de glória do senhor presidente do Conselho no Brasil a vender um computador aos seus parceiros ibero-americanos.
É extraordinário como desta feita José Sócrates não passa a ser o Zezinho das cimeiras e um homem que não pode, de forma alguma, estar à frente de um Governo e representar o sítio seja onde for. É extraordinário como as almas de esquerda, que andam por aí tão entusiasmadas com as eleições norte-americanas e as sondagens favoráveis ao seu candidato, um marketeiro profissional imitador de outros sonhos e personagens da história dos EUA, continuam caninamente a esconder debaixo do tapete tudo o que não convém a quem manda neste sítio cheio de lodo, manhoso, medroso e cada vez mais mal frequentado.
É extraordinário como esta esquerda, que odeia o mercado e a concorrência, bate palmas às intervenções dos Estados nos bancos e fica verdadeiramenteemocionada com a recente nacionalização do Banco Português de Negócios. É extraordinário como esta esquerda, cheia de princípios e de moral, não salta de indignação com uma decisão que afecta os contribuintes e favorece objectivamente um conjunto anónimo de accionistas que interessava conhecer de imediato para se perceber o verdadeiro alcance desta decisão governamental.
O lodo está em todo o lado. E os estivadores deste regime podre e falido estão atentos na defesa dos seus amados patrões. Para que nada nem ninguém possa pôr em causa os seus interesses."
António Ribeiro Ferreira
Uns encolhem os ombros e dizem que são os sinais dos tempos. Outros esfregam as mãos de contentes à espera de umas boas prebendas. E há ainda os que voltam aos velhos slogans do passado e fulminam quem pensa o contrário desses espíritos iluminados, detentores da verdade absoluta e de valores politicamente correctos que nada nem ninguém pode pôr em causa.
É extraordinário como nenhuma boa alma se interrogou a sério sobre o negócio dos contentores em Lisboa e o interesse exaltado dos estivadores na defesa de um projecto obscuro que esconde muitos milhões e muitos interesses ocultos. É extraordinário como as boas almas de esquerda, cheias de princípios e de sentido de Estado, que esmagam os populistas e demagogos, engoliram satisfeitas os dez minutos de glória do senhor presidente do Conselho no Brasil a vender um computador aos seus parceiros ibero-americanos.
É extraordinário como desta feita José Sócrates não passa a ser o Zezinho das cimeiras e um homem que não pode, de forma alguma, estar à frente de um Governo e representar o sítio seja onde for. É extraordinário como as almas de esquerda, que andam por aí tão entusiasmadas com as eleições norte-americanas e as sondagens favoráveis ao seu candidato, um marketeiro profissional imitador de outros sonhos e personagens da história dos EUA, continuam caninamente a esconder debaixo do tapete tudo o que não convém a quem manda neste sítio cheio de lodo, manhoso, medroso e cada vez mais mal frequentado.
É extraordinário como esta esquerda, que odeia o mercado e a concorrência, bate palmas às intervenções dos Estados nos bancos e fica verdadeiramenteemocionada com a recente nacionalização do Banco Português de Negócios. É extraordinário como esta esquerda, cheia de princípios e de moral, não salta de indignação com uma decisão que afecta os contribuintes e favorece objectivamente um conjunto anónimo de accionistas que interessava conhecer de imediato para se perceber o verdadeiro alcance desta decisão governamental.
O lodo está em todo o lado. E os estivadores deste regime podre e falido estão atentos na defesa dos seus amados patrões. Para que nada nem ninguém possa pôr em causa os seus interesses."
António Ribeiro Ferreira

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