quarta-feira, novembro 19, 2008

Ensaio sobre a suspensão da democracia e os balidos da carneirada


Num sítio onde existe um regime que só de uma forma muito imaginativa pode ser apelidado de democracia, uma pessoa por quem nem nutro grande simpatia, dizia um vizinho de perto da toca, a carneirada veio aos mééééés, cada qual mais alto que outro, dizer que era um ultraje o que a pobre mulher disse, fora ou dentro de contexto: que por vezes seria melhor colocar tudo na ordem, suspendendo a democracia.

É claro que nisto de manear rebanhos tem que se lhe diga.

Há os que nunca se importaram pelo passado infeliz em determinadas ocasiões, sofrendo da doença da cegueira e da perda de memória selectiva, incentivando as suas manadas com ocupações selvagens, de casas, campos, fábricas, destruição de herdades e morte de animais porque eram dos patrões, ou venda de gado roubado dessas herdades a preço de uva mijona, enchendo os bolsos dos espertos, fazendo todo o tipo de malfeitorias, destruindo um país.
Na altura eram dirigentes da classe trabalhadora, em nome da ditadura do proletariado e do centralismo democrático, pregando uma religião que já fizera muitos milhões de vítimas, sempre em nome das ideias iluministas do homem novo e de um mundo novo.
Estes sacerdotes ou pastores fizeram um méééééé prolongado como é seu timbre, e aí não houve interrupção de democracia, aí os ideais eram outros, especialmente quando ocuparam a Assembleia disto, já então um sítio, como dizia o vizinho.
Outros que já passaram por vários grémios da política, chamados de partidos políticos, também se comportam como o resto do rebanho, balem ou investem como carneiro mocho.
Outros ainda comportam-se como o cão do rebanho que não esquece uma paulada e ao menor descuido, morde a mão do dono
Mas os que gostei mais de ouvir na chinfrineira de mééééééés, foram os democratas que mais roubam este país, ou melhor este sítio, através do chamado estado, com a complacência das polícias e de alguns juízes da coisa, onde processos de corrupção, nepotismo, desvio de dinheiro e lavagem do mesmo, fraudes em cadeia e mais mil acusações caiem, porque caducam, ou porque não se pode mexer no menino, porque se altera a lei, beneficiando os bandidos, muitos não chegando a ir a tribunal ou com sentenças ridículas e vergonhosas, que fariam pensar de facto, se não valeria interromper a democracia assim chamada.
O termo definido de democracia criado pelas ovelhas ranhosas que têm governado este sítio tão mal frequentado, fez o vizinho pensar em voz alta, se umas boas chibatadas não democráticas e em público, ou umas férias num local aprazível com adrenalina aos montes, como é moda agora, e saudável, para o aparelho cardiovascular, poupando aí sim, muito dinheiro a um verdadeiro estado, com distribuição de marretas durante uns meses, a partir pedra e a pão e água, dizia o homem rústico, se não fariam esta ovelhada, se isto fosse uma democracia a sério, pensar duas vezes antes de por a mão no que não é seu.
O vizinho rústico lá abalou soltando todo o tipo de imprecações, uma delas, mal ouvi: filhos de uma grande... não sei o quê, ...uma rajada de vento frio de leste abafou o resto…

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os Magalhães são como aqueles cenários de cartão,em frente dos quais se tiravam fotografias.Com figuras de campinos ou saloias da Malveira,ou por vezes ,barcos em sêco.Nesta versão, pode aparecer um "engenheiro", de fax domingueiro, espalhando tecnologia americana de "play-station".Grandes oportunidades..

quarta-feira, novembro 19, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A ser verdade, esta história dos "Magalhaes" não é ridicula é muito grave !

quarta-feira, novembro 19, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Parece que o dr Soares ,à medida que envelheceu,se tornou um fogoso esquerdista, que tera´encontrado no fundo de alguma gaveta o "socialismo" que lá meteu ,há 30 anos.Ele e o camarada Alegre, são o exemplo de que os anos só os apuram.Não fôsse o mundo ter mudado..

quarta-feira, novembro 19, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Depois do Homem, o sol continuará a brilhar!!!

quarta-feira, novembro 19, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Não temos que nos preocupar com a militância tardia do ex-presidente ou do seu camarada Alegre! Estão fazendo a figura de D. Quixote, perdidos no seu tempo, incapazes de acompanhar a marcha do tempo!

quarta-feira, novembro 19, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O nosso ex Mário Soares, o maior animal político (em partes iguais) que já se sentou na cadeira do poder em Portugal, continua a sua caminhada de evolução ao passado do socialismo, engavetado há décadas, mas que lá terá saltado para cima da mesa de cabeceira. Dentro de um par de anos será um dos maiores desiludidos dos obamaníacos, por não ter percebido que ser anti-Bush não significa ser pró-Europa. Aliás se existe ponto comum entre ambos é a sua fé profunda na singularidade e superioridade dos Estados Unidos. Isso significa a recusa liminar em nos ver como iguais. De Obama espera-se uma versão light da supremacia americana: sem guantanamo mas com mais muro na fronteira mexicana, sem Iraque mas com fortíssima presença militar nas fontes de recursos estratégicos, e sobretudo mais inteligência na recuperação da economia e menos clientelismo na subserviência aos financiadores do partido. Já não é pouco... mas fica bem longe dos altos desígnios que Mário Soares almeja para o eleito presidente americano. O resultado G20 é apenas o início da desilusão: recomenda-se uma visita a Berlim, confirmando que o muro não se reergeu.

quarta-feira, novembro 19, 2008  

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