terça-feira, novembro 25, 2008

A fénix renascida?

O agressivo programa de endividamento público para salvar o sistema financeiro britânico proposto pelo trabalhista Gordon Brown duplicará a dívida pública do Reino Unido e rompe com o monetarismo e o fundamentalismo do mercado, protagonizado pela conservadora Margaret Thatcher e pelo seu antecessor e correlegionário de partido, Tony Blair. O programa apresentado ao Parlamento, ontem, em Londres, para combater a recessão económica e evitar um ciclo deflacionário, vai custar ao país 25,6 mil milhões/bilhões (mm/bi) de libras (GBP), ou EUR 29,7 mm/bi.
Este é o maior programa estatal de estímulo económico, desde a recessão dos anos 80 e vai aumentar a dívida do Estado, até 2014, para GBP mil biliões/um trilhão (mibi/tri), ou EUR 1,2 mibi/tri.
A agenda do “Novo Trabalhismo”, iniciada por Tony Blair, nos anos 90 - menos Estado, menos despesa pública, menos impostos para os ricos e mais mercado - deu agora lugar ao ”Velho Keynesianismo” - mais dívida pública, mais intervenção do Estado na economia e maior carga fiscal para os contribuintes abastados.
Assim, Brown ficará na história do Reino Unido como o homem que acabou com três décadas de ortodoxia neoliberal imposta pelo Partido Conservador e seguida pelo “New Labour”.
A medida reconciliou o Partido Trabalhista com os sindicatos - ao aumentar para 45% os impostos sobre os rendimentos anuais superiores a 150 mil libras e ressuscitou as divisões ideológicas com a oposição conservadora que o acusam de “irresponsabilidade”.
MRA Dep. Data Mining
pvc
Tomates não calibrados e coragem precisam-se.
Os capados do sítio, para não lhes chamar mordomos de uma série de oligarcas e de incapazes fiscalistas e economistas, nem pensariam sequer nesta fórmula, penso que é uma solução, mas aqui para ser aplicada, ajustiça, toda ela teria de actuar ou de ter actuado, a fiscal e a outra.
Não temos governo, nem oposição que defendam o país e temos um PM vaidoso e mentiroso e um PR que se perde e eu digo e já não era sem tempo.

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A crise da indústria automóvel é também fruto da ganância. Vender cada vez mais e com menor custo de produção era o lema. Muitas marcas despediram centenas de pessoas nos países desenvolvidos e continuam a fazê-lo, (veja-se os casos recentes da Nissan e Renault). No entanto, aumentaram exponencialmente a produção e os custos de investimento, com a construção de fábricas em países de mão-de-obra barata e mercados emergentes. O resultado revela-se agora muito caro pois estão sem liquidez. Esta foi também a actuação de dezenas de multinacionais de outros sectores, não se apercebendo que estavam a destruir os seus melhores mercados. Gostava de saber se os que agora pedem ajuda, não irão pagar este ano prémios aos seus quadros superiores e que tipo de fiscalização estatal existirá caso recebam algum apoio.

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

E a industria automóvel portuguesa? Não se passa nada? É impressionante como não há um único artigo sobre o assunto! A industria automóvel portuguesa não se esgota na Auto-Europa, são inúmeras as empresas de componentes espalhadas pelo país. O peso destas empresas é bem superior à Auto-Europa, quer no investimento, quer na sua responsabilidade social. Felizmente, o comum cidadão não faz ideia de quantas empresas sofrem com a crise e já tiveram que parar as suas linhas, que muitas anteciparam as férias do Verão de 2009 para o Natal de 2008, que muitas já estão em layoff. Eu faço parte desta indústria de componentes e já estou de férias 2008+2009 até Janeiro. O culpado desta crise não são a banca ou a indústria, mas sim o comum cidadão e a sua ganância por ter aquilo que não pode pagar. Mas ainda bem que não há noticias sobre a crise na industria automóvel portuguesa, há que transmitir confiança ao cidadão comum para que este volte a ter vontade de comprar aquele carro e assim garantir o meu emprego.

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Ao suprimirem dezenas de milhares de postos de trabalho na Europa e Norte América,com as deslocalizações para a Ásia e Leste Europeu,rebentaram com o emprego e o poder de compra dos mercados Ocidentais,sem que estes tenham sido substituídos por aqueles mercados.E não se advinha que a China ou o Leste venham a curto prazo,conseguir poder de compra para absorver o excesso de oferta.Aliás num comentário há um ano eu previa este cenário como possível.Agora apetece dizer uma coisa,vão vender as mercadorias para a China e Leste Europeu,porque por estas paragens com o desemprego que existe vai ser difícil vender tanto excesso de oferta.E viva o liberalismo e a indústria nómada!

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Alguns reparos: 1 O excesso de produção automóvel face à Procura já se desenha de há dez anos para cá. Mesmo tendo em conta os encerramentos na U E e EUA, em contrapartida de deslocalizações para o Leste da Europa, México e Ásia. 2 Os erros estratégicos da GM e Ford já vêm de longe, e a GM já está a trabalhar ao abrigo da Lei de Falências (protecção face aos credores). 3 A Auto Europa fabrica ainda modelos "gulosos" em gasolina, e os substitutos são modelos de nicho de mercado, que não garantem a plena utilização da capacidade produtiva. No futuro, se nada fôr trazido para cá, vai encolher, encolher, até ao provável fecho. Por muito flexível que seja a estrutura produtiva. 4 O Obama, por muito bom rapaz e "anjo" que seja, vai entrar forte e feio nos subsídios às empresas automóveis. A UE não pode deixar de seguir o mesmo caminho...Daqui a um ano já ninguem fala em Défice/PIB ou Dívida/PIB. Será o salve-se quem puder. O Sarkhozy (espertalhão) bem quer que seja a U E a entrar com a "massa"...os Alemães estão contra, porque na terra dos Deutsche, até agora, só a Opel foi pedir 1.000 milhões de Euros. Quando chegar a vez da Daimler e BMW, lá teremos a "Governanta" do "Sarkhozy não me toques" a correr para Bruxelas. E que moral resta aos Governos Europeus para recusarem à Indústria Auto, aquilo, que deram (e continuam a dar) à mão cheia, aos Bancos?

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Os números do INE até podem estar próximos da realidade,mas...não me esqueço de, recentemente, com base nos dados triimestrais do INE, se apontar o acréscimo do Investimento como a causa fundamental do crescimento do PIB, num 4º trimestre. Mas, depois, descrevia-se o Investimento como "a aquisição de aviões por uma companhia aérea". Só que parece esquecer-se o facto dos aviões terem sido todos importados, e com muito fraca contribuição do/no VAB/PIB português. Tinham sido a Exportação (apesar da sua forte cmponente importada), mais uma vez, quem tinha contribuido para o acréscimo do PIB. Mas como era "linha oficiosa" que a Procura Interna é "que estava a dar", sobretudo na vertente Investimento, houve que criar uma ilusória sensação de auto-conforto..

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

E preciso perceber a diferenca do que aconteceu em portugal vs o que se passou nos outros paises do mundo. Em portugal os portugueses(nao o regulador) detectaram duas situacoes de fraude e de utilizacao abusiva de offshores, o BCP e o BPN. No resto do mundo os bancos perderam dinheiro com uma classe de activos que estava mal avaliada em termos de risco / preco - derivados de credito ligados ao imobiliario. Se o sistema financeiro mundial pode chorar a sua ingeniudade, em portugal podemos gritar que sofremos por incompetencia, preguica e compadrio dos reguladores.

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Parece que em Portugal, não existe um ministro das finanças, um ministro da justiça, um procurador geral da republica, um primeiro ministro? O que nos contam sobre o BCP e BPN?Nada! Escondem-se atras de previsões que falham, de projeções idem aspas e o contribuinte portugues acorda com toda esta gente a governar no silencio e deixando uma duvida! quando falam verdade?

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

VC não falhou só nos casos do BCP e BPN. Tem falhado em tudo. Eu quero dizer aqui uma coisa (se o homem do lapis azul me deixar). Eu tenho tido medo (sim medo) da banca nos últimos 3 ou 4 anos. Estou farto de mudar de banco e de perder comissões de resgate. Estou farto de ser insultado (publicidade que diz na televisão que me paga pelos depósitos 11%, que me paga a luz e a agua, para mim é um insulto) e aldabrado. É ALTURA DE REVER A REGULAMENTAÇÃO. NÃO SÃO SÓ AS PESSOAS. É TODO O ENQUADRAMENTO LEGAL. E já agora que fazem 1700 pessoas, com os ordenados que se sabem, no BP?

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Constâncio falhou e não podemos afirmar que tal não aconteceu só porque por esse mundo fora outros também falharam. Ele e a sua equipa têm que assumir as responsabilidades e no minimo serem demitidos. Se estivessemos a falar de pessoas de honra, seriam os próprios a demitirem-se. Nem todos os incompetentes são vigaristas, pelo que a questão não deve passar por aí, mas sim em apurar-se responsabilidades e dar oportunidade a outros que possam oferecer melhores garantias. Já agora, despeçam também o ministro das finanças, que uma semana antes garantia que o sistema financeiro português estava de boa saúde. Julgo que o sr. ministro, podia ser demitido com justa causa, pois a meu ver, falta de carácter, na posição que ele ocupa, deveria justificar justa causa. Sim, porque mentir ao Zé Povinho é falta de carácter, ou não acham?.

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

É o "Laissez-faire, laissez-passer" instalado na política, na justiça e em todos os seus derivados e integrados... Rebuscando os adágios do Zé:- Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje!É que, depois de casa assaltada atranca-se de imediato as portas! E não foi depois de 74 que, apesar de terem mudado os "porcos" a gamela continuou a ser a mesma!Sim, sim, reacionário, muito reacionário, já sei...Mas também, eles "comem" tudo, eles "comem" tudo e não deixam nada... Mas, se lá continuam, é porque ainda lá há muita riqueza, porque eles não se contentam com pouco!...E se não há arranja-se formas de haver!Bem podiam distribuí-la um pouco mais,por quem a criou e pouco tem ou nada tem ou, ainda, por aqueles (e são muitos!!!) que ainda trabalham neste País criando diariamente essa mesma riqueza!...

quarta-feira, novembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Sendo o Gestor Bancário do Século XXI um ser com o poder de dar cabo de um sistema económico, se fôr mal intencionado, ou correr mal a especulação financeira, então há que pôr os 1600 funcionários do BdP a controlar a banca. Mau Supervisor é quem não identifica os riscos, quem não controla as off-shores,quem não gere os recursos humanos e as novas tecnologias, logo o actual Governador prestou um mau serviço ao País!Demita-se, por favor!O custo para o contribuinte é demasiado elevado.

quarta-feira, novembro 26, 2008  

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