Nacionalização?

A decisão de nacionalizar o Banco Português de Negócios (BPN) tem por base as várias situações de legalidade duvidosa que o Banco de Portugal detectou durante a análise ao funcionamento da instituição, que levaram à abertura de processos de contra-ordenação, esclareceu este domingo o Governador do BdP, Vítor Constâncio, acrescentando que a crise apenas veio acentuar a falta de liquidez do banco e não ditar a nacionalização.

Numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças, Vítor Constâncio explicou que a abertura de seis processos de contra-ordenação ao BPN, na sequência da descoberta, em Junho, de diversas operações clandestinas, agravaram os problemas de liquidez e a instabilidade do banco, tornando “inevitável” a nacionalização.

Entre as situações duvidosas detectadas, Constâncio destacou as operações com o Banco Insular de Cabo verde e operações clandestinas efectuadas num balcão virtual, que envolviam milhões de euros.

Apesar do plano de recuperação elaborado em conjunto com a actual administração do BPN, liderada por Miguel Cadilhe, ter inicialmente produzido resultados, não foi possível encontrar um parceiro estratégico para a instituição, o que, juntamente com a notícia do inquérito da Procuradoria-Geral da República, prejudicou a já débil situação do banco e culminou na decisão de nacionalizar a instituição.

A actual crise financeira que o País atravessa acentuou os problemas de liquidez do BPN, mas não esteve na origem desta decisão, ressalvou Vítor Constâncio, que fez questão de explicar que toda esta situação deve-se às anteriores administrações do banco e não à actual, em quem mantém a sua “confiança”.

GOVERNO PROPÕE NACIONALIZAÇÃO DO BPN
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou este domingo que o Governo vai propor à Assembleia da República a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN).

O PSD já reagiu ao anúncio, afirmando não ter qualquer objecção a esta medida.

O anúncio foi feito no final do Conselho de Ministros extraordinário, que teve lugar este domingo, onde o Executivo discutiu formas de pagar mais depressa as dívidas do Estado às empresas e analisou a actual crise financeira mundial.

“O Governo viu-se obrigado a decidir hoje propor à Assembleia da República a nacionalização do Banco BPN.

O Governo tomou a esta decisão tendo em vista assegurar aos depositantes que os seus depósitos estão perfeitamente seguros”, afirmou o responsável pela pasta das Finanças.
O ministro adiantou que o BPN será a partir de segunda-feira acompanhado no seu funcionamento por dois administradores do Banco de Portugal e que a gestão do banco será entregue à Caixa Geral de Depósitos, encarregue de “gerir e apresentar um plano de desenvolvimento”.

Teixeira dos Santos explicou que o BPN, que acumulou perdas de 700 milhões de euros, “tem vindo a ter problemas de liquidez” e apresenta “uma situação de iminente ruptura”, referindo que o banco “não tem vindo a cumprir” com os rácios exigíveis de solvabilidade e que “um conjunto de perdas acumuladas fazem com que os capitais próprios se revelem negativos”.

As perdas acumuladas “têm a ver com as operações que foram investigadas”, designadamente com o Banco Insular, de Cabo Verde, disse o ministro, frisando que as referidas operações deram indícios de ilicitude e ilegalidade e que foram comunicadas à Procuradoria-Geral da República, que deu início à investigação.

Recorde-se que o actual presidente do BPN, o ex-ministro das Finanças Miguel Cadilhe, sucedeu no cargo a Oliveira e Costa apenas no passado mês de Junho.
Um dos grandes accionistas do Banco Português de Negócios é o conhecido jogador de futebol Luís Figo, que deu a cara por vários anúncios da instituição bancária.

O PSD logo de acordo, ...Ahhhh a Santa aliança do Centrão...

Balcão virtual o que é isso? Isso não era para ser fechado assim por uma organização ou coisa tipo ASAE quando vai à Malveira? Digo ASAE dessas coisas virtuais e etéreas.

Só agora? Percebi agora porque ganha tanto o Senhor que guarda a casaforte deste sítio, trabalha muito, até muito incluso fins de semana.

O que mais acontecerá no estado do sítio muito mal frequentado?

Anda decerto por aí uma senhora cega porque quer ou porque a vendaram e com uma balança desequilibrada debaixo do braço, o outro braço tem a espada decerto pouco afiada e cheia de ferrugem, graças a uma coisa chamada de código penal e código do processo do dito.

Um aparte se repararem na geografia percebem o que se está a passar, não teremos défice de certeza...

Há economias que salvam quando os estado deixam de existir... Este deixou de existir em Abril.