Obras públicas só reduzem desemprego "de Cabo Verde ou Ucrânia"
"A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, declarou que a aposta do Governo nas obras públicas pode ajudar a reduzir o desemprego em Cabo Verde ou na Ucrânia, mas duvida que tenha efeitos no emprego em Portugal. De acordo com Manuela Ferreira Leite, "uma política dirigida às obras públicas evidentemente que é boa para as empresas de obras públicas, está fora de causa, é boa para empresas de consultadoria, para escritórios de advogados", mas "não é fomentadora de emprego (mais aqui)".

2 Comments:
concordo em parte com isto mas existem maneiras de se dizerem as coisas.... desemprego em cabo verde e na ucrânia...
É necessário saber tornear, nesta fase, o que é a saída de uma situação de liberalismo, unicamente baseado no crescimento económico assente nas leis de mercado, para um "Keysianismo" estrito, que me parece pouco eficaz, num contexto de globalização para economias como a nossa, em que a tendência é para uma aumento da procura global incentivada por importações. O que tem de ser considerado,na minha opinião, é a eficácia das políticas Macroeconómicas (Monetátria e Fiscal), à luz do contexto actual da economia internacional. As preocupações da Prof. Manuela Ferreira Leite vêm numa lógica de justificar a possíbilidade do nosso endividamento externo(necessário ao financiamento de grandes obras), colocar em questão as possibilidades futuras de crescimento económico, numa fase em que o endividamento externo das economias passou a ser uma preocupação de muitos especialistas. Por mim, irei dormir mais descansado quando este debate (da dívida externa) for mais audível, capaz de unir estados e blocos económicos em torno da sua resolução. Termino, apelando a que este debate deixe de ser o que é: uma guerra de surdos entre os principais candidatos ao poder em Portugal e passe a ser um objectivo estratégico do país, porque é, sem dúvida, uma decisão sem retorno, num contexto de grande incerteza quanto à evolução futura da Economia; por outro lado,a decisão é também estratégica, para contribuir para a solução do problema edémico do nosso país, que é a competitividade externa da nossa económia. Façamos tudo o que estiver ao nosso alcançe para deixarmos de ser um país da oportunidade perdida.
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