Manipulação
"Respigo dos jornais: “Tendo conquistado um número muito superior de câmaras em relação ao das últimas autárquicas, os partidos da base aliada do presidente Lula da Silva vão passar a governar nada menos do que 93,5 milhões de eleitores, que correspondem a 72,5% de todos os eleitores”.
Tem sido sempre assim: cada eleição no Brasil é apresentada em Portugal como uma inesperada vitória de Lula. A questão é que apesar da língua comum, por cá o que se vai sabendo sobre o “país irmão” é folclore. E quando chegam as eleições, afinal sai surpresa que o folclore não previa.
Lula foi reeleito, há dois anos, com mais de 60 por cento dos votos, ao cabo de um mandato de quatro anos sobre o qual, em Portugal, se falou essencialmente sobre o chamado “mensalão”. O eleitorado brasileiro, porém, sabia onde começava e acabava o “mensalão”. E excluindo os eleitores preconceituosos, sabia que o “mensalão” não sujava as mãos do presidente. Não era isso que constava nos despachos envenenados das agências.
Como me escrevia, em correspondência de São Paulo, um querido amigo com uma visão larga e arguta sobre estes fenómenos sociais: “Num país onde existem propriedades pessoais com área superior à Holanda, os cerca de 25 dólares mensais que, através do programa da “bolsa-família”, o governo Lula distribui a milhões de famílias necessitadas foi o suficiente para revolucionar a vida económica e social em muitas regiões do Brasil”. O eleitorado brasileiro, sobretudo a imensa maioria do eleitorado, que é o mais pobre, o sempre ludibriado por políticos trapalhões, conhece a obra de Lula da Silva no combate à pobreza, à fome e à doença.
É no prosseguimento dessas políticas que votam em larga maioria os brasileiros. As notícias dos jornais ocidentais não pesam nas campanhas eleitorais"
João Paulo Guerra
Tem sido sempre assim: cada eleição no Brasil é apresentada em Portugal como uma inesperada vitória de Lula. A questão é que apesar da língua comum, por cá o que se vai sabendo sobre o “país irmão” é folclore. E quando chegam as eleições, afinal sai surpresa que o folclore não previa.
Lula foi reeleito, há dois anos, com mais de 60 por cento dos votos, ao cabo de um mandato de quatro anos sobre o qual, em Portugal, se falou essencialmente sobre o chamado “mensalão”. O eleitorado brasileiro, porém, sabia onde começava e acabava o “mensalão”. E excluindo os eleitores preconceituosos, sabia que o “mensalão” não sujava as mãos do presidente. Não era isso que constava nos despachos envenenados das agências.
Como me escrevia, em correspondência de São Paulo, um querido amigo com uma visão larga e arguta sobre estes fenómenos sociais: “Num país onde existem propriedades pessoais com área superior à Holanda, os cerca de 25 dólares mensais que, através do programa da “bolsa-família”, o governo Lula distribui a milhões de famílias necessitadas foi o suficiente para revolucionar a vida económica e social em muitas regiões do Brasil”. O eleitorado brasileiro, sobretudo a imensa maioria do eleitorado, que é o mais pobre, o sempre ludibriado por políticos trapalhões, conhece a obra de Lula da Silva no combate à pobreza, à fome e à doença.
É no prosseguimento dessas políticas que votam em larga maioria os brasileiros. As notícias dos jornais ocidentais não pesam nas campanhas eleitorais"
João Paulo Guerra
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