A fase de decantação

As” perdas “nos USA
A entidade seguradora dos depósitos bancários nos Estados Unidos, Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), só em Fevereiro, já procedeu ao encerramento de mais três bancos em situação de falência, fazendo subir para nove o número de falências bancárias desde 1 de Janeiro de 2009. Desde o início de 2008, a FDIC encerrou 34 bancos.

A seguradora pública para os depósitos bancários, no final do ano passado, revelou que 171 instituições bancárias norte-americanas enfrentam uma situação “problemática”.
A listagem abaixo indica que o ambiente bancário se degradou progressivamente nos últimos 14 meses.

Em 2008, o ritmo de falências foi de uma por quinzena mas, neste momento, a tendência é semanal.

O stress sobre os fundos da FDIC é evidente e a sua recapitalização será inevitável, provavelmente, já este ano.
Analistas da RBC Capital Markets, citados ontem pela Bloomberg, estimam que cerca de 1000 (mil) bancos americanos se declarem insolventes nos próximos três a cinco anos.

Um deles, Gerald Cassidy, referiu que “existem milhares de milhões de dólares de prejuízos embutidos no sistema que precisam de ser expurgados”.

“As pessoas que vão encaixar prejuízos – disse Cassidy – são os contribuintes e os accionistas dos bancos. Se os reguladores disserem que as perdas para os contribuintes não serão substanciais, estarão a mentir.”

Os três grandes portugueses cotados em Bolsa perderam cerca de dois terços da sua capitalização bolsista, em apenas dois anos, em linha com o que aconteceu nas principais praças mundiais. Desde o final de 2007, o que mais caiu em valor foi o BPI - (-70,9%) , seguido do BES (-65,9%) e do BCP (-60,5%).
Uma análise do banco norte-americano JP Morgan sobre a capitalização bolsista dos maiores bancos globais, refere que em 20 de Janeiro de 2009, o britânico Royal Bank of Scotland (RBS) valia 26 vezes menos do que no segundo semestre de 2007. Desde finais de 2007, a capitalização bolsista do RBS caiu de USD 120 mil milhões/bilhões para USD 4,6 mm/bi. O norte-americano Citigroup perdeu mais de 13 vezes do seu valor. No mesmo período, o Citi encolheu de USD 255 mm/bi para 19 mm/bi.
O cenário também é desolador para outros grandes nomes de Wall Street. O Bank of America perdeu mais de 9 vezes o seu valor
Comparativamente, a melhor performance foi conseguida pelo espanhol Santander, que perdeu “apenas” 44,8% do seu valor bolsista.

Não se assustem desde que não lhes vão aos bolsos, o que parece já ter acontecido, o problema da crise financeira, no fundo, uma situação de ajuste, ao que estava completamente falseado, ou sejam os valores, resultado da manipulação dos mercados, o problema foi, quando a crise financeira contagiou a aconomia real e esta aconteceu , porque os reguladores deixaram que acontecesse, foram os seus responsáveis.
Os responsáveis foram os governos e as entidades reguladoras assim chamadas, alertadas desde há muito e que criminosamente deixaram que a crise financeira alastrasse à economia real.
A culpa foi também dos chamados economistas de referência, uns verdadeiros embusteiros ao serviço do capital especulativo e outros simplemente idiotas encartados que apesar de tudo continuam a dar palpites.
Soluções?
Deixar assentar a poeira ou a porcaria melhor dizendo, estamos na fase de decantação, dizia um mestre muito brincalhão, acerca de caca que ela decanta em caca fina, caca mais grossinha e caca da grossa e não era engenheiro do ambiente que nesse tempo não havia dessas …cacas.
Quem fez vai reparar, depois da noite dos facas longas, eles sabem muito bem o que fazer, porque o sistema são eles e não há lugar aqui a Marx, o sistema sempre foi único, mesmo no tempo dos soviéticos, afinal criação e financiamento (regime soviético), dos donos do dinheiro, para quem não sabe, o resto é conversinha para embalar incautos.