Investigar a investigação
"O Conselho Superior do Ministério Público decidiu fazer uma investigação à investigação do Freeport. Os conselheiros querem saber se alguém da investigação é a fonte das notícias e, finalmente, se há ou não um timing oportunista no sentido de colar as notícias ao ciclo político.
Na prática, as decisões do conselho, apesar de mais moderadas do que o absurdo que seria fazer uma ‘sindicância’ conduzida por um advogado, não deixam de agravar o clima de caça às bruxas. O essencial seria dar à investigação aquilo que o conselho recusou: confiança.
Ao não decidir assim, o conselho agravou o clima de confiança institucional sobre os magistrados que têm o inquérito, o que arrasa ainda mais a imagem da justiça e não contribui para uma solução serena do caso. Nesta fase, o essencial é fazer uma investigação rápida e sem ambiguidades. O essencial é esclarecer, de uma vez por todas, que raio se passou nesta história do Freeport, sem antecipar juízos de culpa vindicativos ou de inocência mais ou menos sagrada. Isso só pode ser feito pelos magistrados que têm o inquérito e não por outros.
A menos que se queira chegar ao que já aconteceu no ‘Apito Dourado’, removendo investigadores. Isso é tão mau para a democracia como a manipulação das suas instituições para atacar alguém."
Eduardo Dâmaso
Na prática, as decisões do conselho, apesar de mais moderadas do que o absurdo que seria fazer uma ‘sindicância’ conduzida por um advogado, não deixam de agravar o clima de caça às bruxas. O essencial seria dar à investigação aquilo que o conselho recusou: confiança.
Ao não decidir assim, o conselho agravou o clima de confiança institucional sobre os magistrados que têm o inquérito, o que arrasa ainda mais a imagem da justiça e não contribui para uma solução serena do caso. Nesta fase, o essencial é fazer uma investigação rápida e sem ambiguidades. O essencial é esclarecer, de uma vez por todas, que raio se passou nesta história do Freeport, sem antecipar juízos de culpa vindicativos ou de inocência mais ou menos sagrada. Isso só pode ser feito pelos magistrados que têm o inquérito e não por outros.
A menos que se queira chegar ao que já aconteceu no ‘Apito Dourado’, removendo investigadores. Isso é tão mau para a democracia como a manipulação das suas instituições para atacar alguém."
Eduardo Dâmaso
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