O capitão Rangel um homem que nos ajuda nas nossas decisões políticas
O PSD anorectico
De Emídio Rangel
Jornalista
In CM
De Emídio Rangel
Jornalista
In CM
Os telejornais são a verdadeira angústia para o jantar com notícias da crise, cada uma delas pior que a anterior”
Os dias andam cinzento-chumbo, com frio e chuva, como determinam os invernos à séria.
Os dias andam cinzento-chumbo, com frio e chuva, como determinam os invernos à séria.
Os telejornais são a verdadeira angústia para o jantar com notícias da crise, cada uma delas pior que a anterior.
Despedimentos em massa, fecho de fábricas, senhores importantes amputados de sorriso a debitar sobre as medidas para esta tormenta mundial que não poupou ninguém, nem as terras do Papalaguí.
É neste microcosmos que os meninos do PSD resolveram fazer graça, experimentando em Setúbal a adesão a um cartaz de Sócrates com um nariz de metro e meio (à Pinóquio) sobre a falta de cumprimento de uma promessa, feita há três anos, de criação de 150 mil postos de trabalho.
O ‘Pinócrates’ – chamam-lhe os rapazes bem-humorados do PSD.
Manuela Ferreira Leite, chamada a pronunciar-se sobre se concordava com o cartaz, disse, sem reticências, que era obra perfeita, bem ao estilo irreverente da JSD. Perfeito.
Manuela Ferreira Leite, chamada a pronunciar-se sobre se concordava com o cartaz, disse, sem reticências, que era obra perfeita, bem ao estilo irreverente da JSD. Perfeito.
Nesta noite, pensando no jeito hermaniano de "nós, os jovens… somos muito irreverentes", achei que a iniciativa tinha mérito e podia ser um meio eficaz de afastar os espíritos maus para tornar as campanhas eleitorais que aí vêm numa coisa menos tristonha.
Acharia divertidíssimo, por exemplo, se a JS criasse um cartaz da líder do PSD vestida de bruxa, a bruxa da Branca de Neve, de chapéu cónico e uma enorme verruga preta no nariz.
Ao lado, com letras garrafais, "A BRUXA ENSANDUICHADA". Por cima, o PS a comer--lhe fatias grandes do seu eleitorado. Por baixo, o CDS a roer-lhe as migalhas do mesmo bolo. Outro exemplo, o Paulinho das Feiras, travestido de bardo, a personagem da lira do Astérix que num dia canta aos reformados, noutro aos contribuintes, noutro ainda aos deficientes das Forças Armadas. Em letras gordas, "CANTAS BEM MAS NÃO ME ALEGRAS", por entre muitas vaias de toda a aldeia que já não aguenta os "violinos" do bardo.
A Jerónimo de Sousa assentava-lhe como uma luva, nestas eleições carnavalescas, o traje do ‘Metralha’. Uns óculos de massa dura, grossa e preta, e o ‘Metralha’ a disparar contra todos os capitalistas. A legenda a preceito só podia ser "NEM MAIS UM EURO PARA OS BANCOS". E para o querido Louçã? Em verdade vos digo que o vejo bem no papel de seminarista. Mas a banda desenhada acaba sempre antes da sacristia. Como quer que seja, Louçã é um actor para muitos papéis. Já viram Louçã com as vestes do Zé do Telhado? "ROUBAR AOS RICOS PARA DAR AOS POBRES" podia bem ser o lema da homilia trotskista.
Ao lado, com letras garrafais, "A BRUXA ENSANDUICHADA". Por cima, o PS a comer--lhe fatias grandes do seu eleitorado. Por baixo, o CDS a roer-lhe as migalhas do mesmo bolo. Outro exemplo, o Paulinho das Feiras, travestido de bardo, a personagem da lira do Astérix que num dia canta aos reformados, noutro aos contribuintes, noutro ainda aos deficientes das Forças Armadas. Em letras gordas, "CANTAS BEM MAS NÃO ME ALEGRAS", por entre muitas vaias de toda a aldeia que já não aguenta os "violinos" do bardo.
A Jerónimo de Sousa assentava-lhe como uma luva, nestas eleições carnavalescas, o traje do ‘Metralha’. Uns óculos de massa dura, grossa e preta, e o ‘Metralha’ a disparar contra todos os capitalistas. A legenda a preceito só podia ser "NEM MAIS UM EURO PARA OS BANCOS". E para o querido Louçã? Em verdade vos digo que o vejo bem no papel de seminarista. Mas a banda desenhada acaba sempre antes da sacristia. Como quer que seja, Louçã é um actor para muitos papéis. Já viram Louçã com as vestes do Zé do Telhado? "ROUBAR AOS RICOS PARA DAR AOS POBRES" podia bem ser o lema da homilia trotskista.
Este jornalista pretende dizer que há ética na política e no jornalismo já agora, quer dizer que apenas o PS é impoluto e que o resto são uma cáfila.
Estou à vontade, porque não gosto de nenhum deles.
Mas crise é verdadeira.
Tão verdadeira que isto quase se parece com Angola.
O nosso campeão ou capitão do jornalismo lembra-nos de vez em quando o que é a ética, principalmente aos que perderam a memória ou aos que não a querem ter.
Será Senhor Jornalista Rangel?
O Pelicano
7 Comments:
Do ponto de vista social, a crise tem um nome: desemprego. Mais famílias são atingidas pela falta de trabalho.
As estatísticas, sempre zelosas em nos dar uma fotografia sobre diferentes prismas laborais, nada informam sobre a incidência familiar do desemprego. É que aqui não se trata de uma mera aritmética de somar desempregados. São diferentes as situações das famílias com um desempregado ou com os dois cônjuges desempregados e com filhos. A própria protecção social deveria aprofundar esta "modulação familiar".
Em Portugal, a crise veio antecipar as consequências das fragilidades estruturais de muitas empresas. Ajudadas, anteriormente, por políticas administrativas e cambiais, não souberam ou puderam criar os meios para enfrentar o aumento da incerteza e da concorrência, o imperativo da qualificação como factor-chave da produtividade e competitividade, a deslocalização e disseminação dos mercados ou a transversalização das novas tecnologias.
Por sua vez, as forças sindicais, mais preocupadas com os empregados e a defesa de direitos do que com os que não têm emprego, não acompanharam as novas formas de produção e organização do trabalho, a necessidade de maior flexibilidade laboral, a radical alteração da geografia das profissões, e o surgimento de formas de trabalho não enquadráveis na definição clássica de assalariado.
Como é facilmente verificável, o desemprego atinge quase indiferenciadamente a população activa. Uns, perdendo emprego; outros, prolongando o desemprego; outros ainda, não conseguindo o primeiro emprego; e, por fim, os que regressam ao país por deixarem de ter trabalho fora.
Entre os primeiros o risco é maior nas actividades sujeitas a forte concorrência externa ou em sectores que vinham apenas adiando a morte anunciada. Entre os segundos a dificuldade de reentrar no mercado de trabalho aumenta para os mais velhos (que são 27% dos desempregados) ou para os desempregados há mais de um ano que são já 52% do total. Entre os terceiros é preocupante a situação dos jovens com habilitações superiores (cerca de 60.000) que não conseguem emprego compatível. A todos estes acrescem os que, desencorajados, deixam de procurar emprego, passando estatisticamente de desempregados a inactivos.
No curto-prazo sabemos que é enorme a dificuldade económica em prevenir ou contrariar esta tendência. Já no domínio da protecção social e das políticas activas de emprego deve agir-se rapidamente. O Governo tomou algumas iniciativas (anunciadas 5 vezes como se fossem novas!), apesar de alguma cosmética de medidas já existentes ou da manifesta ineficácia de outras já antes testadas. Mas mais se deve fazer. Situações excepcionais exigem respostas excepcionais, ainda que transitórias.
Não pode haver momento mais desadequado para a entrada em vigor das alterações ao Código do Trabalho no que diz respeito ao agravamento generalizado da TSU em 3% para os contratos a termo (já de si discutível). É que nos próximos tempos rigidificar a contratação a termo é um erro, pois que - goste-se ou não - vai ser esta a forma mais previsível e flexível de se poder gerar algum emprego. Nestes tempos mais vale um trabalho a termo do que nada.
No plano da protecção social, e a título excepcional e transitório, defendo entre outras as seguintes medidas: a) bonificação do subsídio de desemprego quando ocorre mais do que uma situação sem trabalho na mesma família e variável em função do número de filhos; b) redução de 60 para 58 anos da idade de acesso à pensão de velhice sem penalização para os desempregados que tenham esgotado os períodos dos subsídios de desemprego e garantidas as exigências em vigor (repondo a norma de 2003); c) aumento dos mecanismos de bonificação do subsídio de desemprego parcial; d) Redução (transitória) do período de tempo necessário (prazo de garantia) para se aceder ao subsídio de desemprego de maneira a aumentar a baixa cobertura dos desempregados; e) adopção da figura de "reforma parcial" prevista na lei da Segurança Social revogada pelo executivo.
Se há fundos para salvar bancos e outras instituições, torna-se imperativo que haja dinheiro para acorrer a situações socialmente difíceis. No desemprego, antes dos números, estão as pessoas. O desemprego é um assunto de gente. Logo de dignidade humana.
Cúmulo da falta de vergonha.Há quantos anos se fala que a classe média está a desaparecer estrangulada pela sanguessuga fiscal? Agora -EM ANO DE ELEIÇÕES - é que se lembra que é preciso baixar os impostos a quem sustenta o país!!!
Cúmulo da falta de vergonha.Há quantos anos se fala que a classe média está a desaparecer estrangulada pela sanguessuga fiscal? Agora -EM ANO DE ELEIÇÕES - é que se lembra que é preciso baixar os impostos a quem sustenta o país!!!
Este governo, embora às vezes com motivos justificados ( caso dos professores ) só vê cifrões! Se pensa mesmo que todas as alterações que foram feitas no ensino tinham por objectivo melhorar a qualidade do ensino, então também deve acreditar nesta promessa e em todas as que vier a fazer.(Concordo que CONTINUAM a existir muitas falhas no nosso ensino, mas a solução não passa por esta carreira docente). Só mais uma observação, na próxima legislatura, como eles vão ganhar novamente o poleiro, terá oportunidade de os conhecer melhor.
Não façam mais desgraça. Para desgraça já chega!
Dá soluções, dentro do sistema, ou seja, não tem solução para mudar o sistema. O bloco, que se julga tão criativo... não consegue criatividade para alterar o sistema radicalmente. Julgo que Obama, conseguirá ir mais além, como já o provou, ao impor um plafond de salários as administradores das empresas, que recebem ajudas estatais. Louçã, "puxa" por essa cabecinha, para algo de novo, algo que vai existir e que ainda não existe. Louçã, tu também ainda não percebeste esta crise. Julgas que é só, uma crise financeira, mas é muito mais do que isso. Não é uma crise, é uma Revolução, que está em marcha, e que ainda não a viste. Ela será maior que a revolução industrial. Ela trará grandes convulsões sociais, nesta fase transitória, repara no que está a acontecer em França, que se "pegará" à Espanha, à Inglaterra, à Irlanda, à Grécia, e a Portugal.
Não é o jornalista nem o jornal que julga .A informação recolhida pode ser boa para julgamento e o mais importante é ser verdadeira.As anormalidades deste caso começam logo na investigação partir de jornalistas e não da policia como era devido.Pior ainda: se a policia tivesse investigado ou a tivessem deixado investigar em devido tempo não andavam hoje as noticias a correr por aí. Nestes casos de policia com intervenientes de primeira água os interesses são muitos e divergentes ,não podemos negar.O nosso Zézito pode estar a ser "cabalado"-sem dúvida-falta então saber de onde vem o "cabalo" e se ele deu argumentos para isso.Se vier da oposição será uma "cabala"; se vier do próprio PS será um "cabalo". Eu estou convencido que não é "cabalo nem cabala" . A oposição não iria "cabalar" se já em 2005 cabalou e não pegou. Dentro do PS é que já há quem não enfie a carapuça.
Enviar um comentário
<< Home