segunda-feira, março 30, 2009

Forte de Sacavém



O Reduto do Monte-Cintra (ou Monte-Sintra) vulgarmente conhecido como Forte de Sacavém, localiza-se na cidade de Sacavém, numa colina sobranceira á foz do rio Trancão.

Situado na margem direita do rio Trancão, no chamado Monte Sintra donde lhe advém o nome, a escassos 800 metros da sua confluência com o rio Tejo, a sua construção remonta ao início do século XIX, no quadro das obras de fortificação de Lisboa, que formaram o Campo Entrincheirado de Lisboa, implantando-se no topo de um pequeno morro a cerca de 35 metros de altitude e assumindo assim uma posição estratégica que envolve todo o espaço circundante.

De planta no formato pentagonal irregular (tipo Vauban), encontra-se rodeado por um fosso, estando parcialmente enterrado no solo, o que o torna pouco perceptível quando visto de uma altitude inferior, para além de possibilitar a absorção do eventual impacto de um projéctil disparado na sua direcção; estava também preparado para acolher infantaria ligeira na retaguarda e artilharia nos flancos.
Além disso, achava-se circundado por antigas fábricas (Fábrica de Loiça de Sacavém, indústrias tanoeira e de descasque de arroz), e presentemente, por blocos habitacionais e pelo Museu de Cerâmica de Sacavém. A leste corre a linha de caminhos-de-ferro da Azambuja, com a estação de Sacavém mesmo por detrás do forte, bem como o Parque do Tejo e do Trancão, na área do Parque das Nações.
Não obstante a antiguidade da povoação, o actual forte foi somente erguido na segunda metade do século XIX (no local onde fora erguida uma outra fortificação, no início desse mesmo século, construída no quadro das Linhas de Torres Vedras), na sequência da abertura da estrada militar que circunvalava a capital portuguesa, desde a ribeira de Algés até ao rio de Sacavém, passando por Monsanto, Benfica, Lumiar, Ameixoeira, Odivelas, Charneca, Camarate Olivais, Chelas, e terminando em Sacavém. Tanto este forte, em posição dominante sobre o Monte de Cintra, como as demais estruturas de apoio, tinham como função complementar a guarnição da última das linhas defensivas do acesso à capital, que integravam o Campo Entrincheirado de Lisboa.
Em 1965 foi formalmente declarado como imóvel sem valia militar, permanecendo no entanto a funcionar como paiol
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Fosso


Em 1998, pouco tempo volvido sobre a elevação de Sacavém a cidade, o imóvel do forte passou por obras de restauro, conservação e readaptação do seu espaço, tendo sido reafectado ao Ministério do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território (MEPAT), e aí instalada o arquivo e demais inventário da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), dando origem ao projecto Registo Multimédia do Forte de Sacavém, para conservação de documentos textuais e iconográficos, assim como das modelagens 3D efectuadas.
Ao longo dos anos, obras clandestinas ou autorizadas pela Câmara Municipal de Loures têm vindo a ser executadas no talude do forte, pondo em risco a sua eventual estabilidade. Recentemente, a face do Monte-Cintra virada a Norte, tem vindo a ser desbastada tendo em vista a construção de novos imóveis de habitação virados para o Trancão.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nos taludes foram achadas moedas romanas.

terça-feira, março 31, 2009  

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