Cavaco, o Governo e as empresas do regime
"Cavaco Silva decidiu-se. Na 6ª feira "despejou o saco", disparando em todas as direcções: classe política ("não é a altura para intervencionismos populistas ou voluntarismos sem sentido" e "seria um erro muito grave, verdadeiramente intolerável, que para obter estatísticas económicas mais favoráveis e ocultar a realidade se optasse por estratégias de combate à crise que perpetuassem os desiquilíbrios sociais já existentes ou que hipotecassem o desenvolvimento futuro") mas também a classe empresarial ("empresários, banqueiros e gestores submissos em relação a ministros e secretários de Estado pouco contribuem para resolver a crise").
A intervenção de Cavaco levanta interrogações. Porque foi tão duro a uma semana do 25 de Abril, quando costuma mandar os recados mais importantes? Porque esperou tanto tempo para criticar os vícios endémicos dos empresários?
Talvez o Presidente tenha querido tirar pressão sobre o que vai dizer no dia 25. E talvez quisesse "limitar"exageros (leia-se populismo) de José Sócrates na entrevista de amanhã à RTP.Quanto à oportunidade, o "encosto" de alguns empresários ao poder político, que atingiu dimensões preocupantes (ainda na semana passada Ricardo Salgado defendeu entusiastica e acriticamente a aposta em obras públicas como o TGV...), explica alguma coisa.
Sejam quais forem as razões, já não era sem tempo. Até porque jornalistas e analistas estavam a ficar sozinhos na crítica a tanta falta de vergonha."
Camilo Lourenço
A intervenção de Cavaco levanta interrogações. Porque foi tão duro a uma semana do 25 de Abril, quando costuma mandar os recados mais importantes? Porque esperou tanto tempo para criticar os vícios endémicos dos empresários?
Talvez o Presidente tenha querido tirar pressão sobre o que vai dizer no dia 25. E talvez quisesse "limitar"exageros (leia-se populismo) de José Sócrates na entrevista de amanhã à RTP.Quanto à oportunidade, o "encosto" de alguns empresários ao poder político, que atingiu dimensões preocupantes (ainda na semana passada Ricardo Salgado defendeu entusiastica e acriticamente a aposta em obras públicas como o TGV...), explica alguma coisa.
Sejam quais forem as razões, já não era sem tempo. Até porque jornalistas e analistas estavam a ficar sozinhos na crítica a tanta falta de vergonha."
Camilo Lourenço
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