Roubo a céu aberto
"Mais do que nunca era importante uma palavra de Cavaco Silva. Para avisar a malta que o rei socialista vai nu e não é de fiar.
O Governo do senhor presidente do Conselho ainda tem dois meses de vida, mas já começa a cheirar muito mal. É verdade que as histórias não são de hoje, são de ontem, são destes quatro anos e meio de gestão absoluta e sem controlo da coisa pública. Agora apareceu mais uma história verdadeiramente extraordinária envolvendo, como tem sido hábito, o ministro que queria um aeroporto na Ota, mudou a agulha para Alcochete, jurou que ia pôr o TGV nos carris e acabou por o deixar a repousar num apeadeiro sem nome.
O negócio dos contentores de Alcântara, feito entre o Estado e o grupo Mota-Engil, seria um escândalo de dimensões nacionais em qualquer lugar do planeta com alguma vergonha na cara. Mas aqui, neste sítio pobre, deprimido, manhoso, cheio de larápios e cada vez mais mal frequentado, a coisa passa com umas tantas notícias, umas tantas declarações piedosas e uma idas à praia em tempo de Verão. A verdade é que a história cheirou mal desde o início. E não era só pelo facto de os indígenas ficarem separados do rio Tejo por uma barreira de contentores. Era desde logo pelo facto de um grupo privado ver uma concessão prorrogada por mais 27 anos, sem concurso público, e com cláusulas altamente lesivas para os cofres do Estado.
É evidente também que a coisa da vista serviu para esconder os milhões de estavam em jogo, como o Tribunal de Contas do insuspeito socialista Oliveira Martins fez saber sem margens para dúvidas. O negócio é uma escandaleira imensa e só beneficia o grupo Mota-Engil. É evidente também que a sempre atenta Maria José Morgado fez saber logo que a coisa estava debaixo de olho e que o Ministério Público estava a preparar uma investigação. Outra coisa extraordinária quando um Tribunal de Contas vem dizer que o negócio em causa é, de facto, uma roubalheira dos dinheiros dos contribuintes e dá o nome aos bois.
É claro que no meio desta desbunda socialista ninguém se lembrou de que este escândalo obrigava o ministro Lino a sair do Governo do senhor presidente do Conselho a alta velocidade. Mas não. Neste sítio um ministro pode ir para a rua por um par de cornos infantis ou por uma piada de mau gosto. As roubalheiras, os negócios escuros, os compadrios, a corrupção a céu aberto e o tráfico de influências, não só são tolerados como premiados nas urnas. É por isso que, mais do que nunca, era importante uma palavra de Cavaco Silva. Para avisar a malta de que o rei socialista vai nu e que não é de fiar."
António Ribeiro Ferreira
O Governo do senhor presidente do Conselho ainda tem dois meses de vida, mas já começa a cheirar muito mal. É verdade que as histórias não são de hoje, são de ontem, são destes quatro anos e meio de gestão absoluta e sem controlo da coisa pública. Agora apareceu mais uma história verdadeiramente extraordinária envolvendo, como tem sido hábito, o ministro que queria um aeroporto na Ota, mudou a agulha para Alcochete, jurou que ia pôr o TGV nos carris e acabou por o deixar a repousar num apeadeiro sem nome.
O negócio dos contentores de Alcântara, feito entre o Estado e o grupo Mota-Engil, seria um escândalo de dimensões nacionais em qualquer lugar do planeta com alguma vergonha na cara. Mas aqui, neste sítio pobre, deprimido, manhoso, cheio de larápios e cada vez mais mal frequentado, a coisa passa com umas tantas notícias, umas tantas declarações piedosas e uma idas à praia em tempo de Verão. A verdade é que a história cheirou mal desde o início. E não era só pelo facto de os indígenas ficarem separados do rio Tejo por uma barreira de contentores. Era desde logo pelo facto de um grupo privado ver uma concessão prorrogada por mais 27 anos, sem concurso público, e com cláusulas altamente lesivas para os cofres do Estado.
É evidente também que a coisa da vista serviu para esconder os milhões de estavam em jogo, como o Tribunal de Contas do insuspeito socialista Oliveira Martins fez saber sem margens para dúvidas. O negócio é uma escandaleira imensa e só beneficia o grupo Mota-Engil. É evidente também que a sempre atenta Maria José Morgado fez saber logo que a coisa estava debaixo de olho e que o Ministério Público estava a preparar uma investigação. Outra coisa extraordinária quando um Tribunal de Contas vem dizer que o negócio em causa é, de facto, uma roubalheira dos dinheiros dos contribuintes e dá o nome aos bois.
É claro que no meio desta desbunda socialista ninguém se lembrou de que este escândalo obrigava o ministro Lino a sair do Governo do senhor presidente do Conselho a alta velocidade. Mas não. Neste sítio um ministro pode ir para a rua por um par de cornos infantis ou por uma piada de mau gosto. As roubalheiras, os negócios escuros, os compadrios, a corrupção a céu aberto e o tráfico de influências, não só são tolerados como premiados nas urnas. É por isso que, mais do que nunca, era importante uma palavra de Cavaco Silva. Para avisar a malta de que o rei socialista vai nu e que não é de fiar."
António Ribeiro Ferreira
2 Comments:
CARO AMIGO
SI. TEMOS UM PRESIDENTE, QUE NOS DIZ CONSTANTEMENTE...
" NÃO C0MENTO ESSAS MATERIAS"????
E QUE FAZ MAIS?
"COME BOLO REI" COMO UM MIUDO DE 4 ANOS COME UM REBUÇADO.
ESTE SITIO CHEIRA CADA VEZ MAIS MAL, CHEIRA A FOSSA.
OU A ABRILADA NÃO FOI MAIS DO QUE O REBENTAR DE UMA "FOSSA" PARA QUE TODA A MERDA SE EXPANDISSE?
UM ABRAÇO
(SEM PALAVRAS)
Não!
Abril foi a fossa! Lamento informar o Sr Anónimo, mas o Sr deve saber.
Não sabe que Abril era a fossa de onde sairam todos os artistas que se alimentam do Estado desde ...Abril, no poder central, local e em todo o lado para onde vão os impostos, dos que pagam?
Portanto o Sr sofre de um equívoco de visão, mas sempre se pode orientar pelo cheiro que infelizmente é coisa que faço quando investigo, sigo a pista como os cães e às vezes cheira mesmo mal e o artigo não tem equívocos.
É a verdade, é pena o homem acreditar ainda na democracia e na salvação, mas isso é um problema dele.
A juntar ao cheiro, o Sr Procurador vem meter mais pestilência para fazer de polícia mau e bom e democrata. Foi desencantar os arguidos mantidos em lume lento do BPN, que conveniente para o engenheiro sem cédula...
Eu até estou à vontade, porque já estavam todos presos sem excepções, e faltam tantos nas cãmaras e nos IPs de todos os partidos sem excepção.
Portanto a fossa de Abril é a partidocracia instalada, antes nem cá punham o...cheiro, o velho não deixava.
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