Para que serve o PSD?
"No jornal Metro, o meu amigo Luciano Amaral pergunta: o que tem o PSD a oferecer de diferente? Muito pouco, responde o próprio Luciano e responde a amostra da recentíssima sondagem do Expresso, que reproduz quase até às décimas os resultados das últimas "legislativas".
Eu também acho que o eng. Sócrates já provou com abundância não possuir capacidade nem carácter (sim, o famoso "carácter" conta) para mandar nisto. Mas as trágicas limitações do primeiro- -ministro não legitimam excessivamente a ambição de qualquer dos candidatos à liderança do PSD. Um quer "mudar", o outro quer "romper" e um terceiro quer "unir". Infelizmente para eles, não consta que boa parte do eleitorado se excite com tão louváveis propósitos, ou porque não os percebe, ou porque percebe demasiado o vazio que encerram.
Se Paulo Rangel parece o melhor candidato é apenas devido aos remoques que recebe do lado socialista. Nessa linha, a simpatia que o PS lhe dedica fazem de Passos Coelho o pior (e a ausência de insultos ou louvores tornam Aguiar-Branco irrelevante). Por aí, os congressistas do PSD têm a tarefa facilitada. Os restantes cidadãos, não. Ser o alvo preferencial dos adversários talvez constitua critério para remendar o PSD: não é condição suficiente para resgatar o fosso em que o País caiu. Assim como a tese da "asfixia democrática" talvez chegue para demonstrar que o eng. Sócrates está a mais: a liberdade respiratória prometida pelo dr. Rangel (e sobre a qual os antecedentes do PSD suscitam algumas reservas) não chega para demonstrar que o PSD está a menos.
Com Paulo ou Pedro, o PSD só será alternativa de poder se alargar o discurso à economia e apresentar um programa de contenção potencialmente impopular e francamente oposto ao ruinoso legado do eng. Sócrates. E só será poder se ultrapassar o velho dilema: aquilo de que o País precisa é aquilo que o País deseja?
O ministro Silva Pereira jura que as "escutas" do Sol mostram que o Governo nunca teve qualquer ideia de controlar os media. Logo, conclui-se que o dr. Silva Pereira ficou radiante com a respectiva divulgação, certo? Errado: considerou-a um "acto criminoso". Se é verdade que os grandes homens são complexos, eis um gigante, para não lhe chamar outra coisa."
Alberto Gonçalves
Eu também acho que o eng. Sócrates já provou com abundância não possuir capacidade nem carácter (sim, o famoso "carácter" conta) para mandar nisto. Mas as trágicas limitações do primeiro- -ministro não legitimam excessivamente a ambição de qualquer dos candidatos à liderança do PSD. Um quer "mudar", o outro quer "romper" e um terceiro quer "unir". Infelizmente para eles, não consta que boa parte do eleitorado se excite com tão louváveis propósitos, ou porque não os percebe, ou porque percebe demasiado o vazio que encerram.
Se Paulo Rangel parece o melhor candidato é apenas devido aos remoques que recebe do lado socialista. Nessa linha, a simpatia que o PS lhe dedica fazem de Passos Coelho o pior (e a ausência de insultos ou louvores tornam Aguiar-Branco irrelevante). Por aí, os congressistas do PSD têm a tarefa facilitada. Os restantes cidadãos, não. Ser o alvo preferencial dos adversários talvez constitua critério para remendar o PSD: não é condição suficiente para resgatar o fosso em que o País caiu. Assim como a tese da "asfixia democrática" talvez chegue para demonstrar que o eng. Sócrates está a mais: a liberdade respiratória prometida pelo dr. Rangel (e sobre a qual os antecedentes do PSD suscitam algumas reservas) não chega para demonstrar que o PSD está a menos.
Com Paulo ou Pedro, o PSD só será alternativa de poder se alargar o discurso à economia e apresentar um programa de contenção potencialmente impopular e francamente oposto ao ruinoso legado do eng. Sócrates. E só será poder se ultrapassar o velho dilema: aquilo de que o País precisa é aquilo que o País deseja?
O ministro Silva Pereira jura que as "escutas" do Sol mostram que o Governo nunca teve qualquer ideia de controlar os media. Logo, conclui-se que o dr. Silva Pereira ficou radiante com a respectiva divulgação, certo? Errado: considerou-a um "acto criminoso". Se é verdade que os grandes homens são complexos, eis um gigante, para não lhe chamar outra coisa."
Alberto Gonçalves
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