sábado, outubro 23, 2010

O plano inclinado e algumas coisas de imprecisão.

Foi um programa hoje pobre, em que apareceu um indivíduo médico Dr João Semedo do BE a dizer algumas imprecisões, decerto, para não perturbar a discussão do OE entre o PS e PSD.
Há que ser sério.
Vou apenas falar numa coisa que está relacionada com o medicamento genérico e não falo sequer na questão da unidose que foi posta para enganar tolos.
Genéricos.
O Infarmed, sabia que ao autorizar os medicamentos genéricos de marca iria criar um maná para o próprio Infarmed, mal, mas criou, o Dr João Semedo falou da excelência do Instituto.
Não me alargo muito para não gerar confusão.
Um médico receita um genérico, suponhamos uma sinvastatina ( medicamento para baixar o colesterol) e há cerca de uma centena de sinvastatinas no mercado; (é verdade o Senhor Dr João Semedo grande defensor do Infarmed esqueceu este pormenor);da marca A, B, C, D, por aí fora, o Dr João Semedo acha que não há mal que o farmacêutico altere a marca B que o médico receitou para marca C, e muitas vezes não a mais barata, mas até pode ser; (porque os genéricos não têm todos o mesmo preço, mais um esquecimento do clínico ilustre do BE).
O farmacêutico, dizia eu, dá o que lhe convém, não vejo mal nem posso ver.
Pois, percebe-se porquê, não temos, está esgotada e por aí fora, passado 2 meses se a caixa for de 60 comp, dá-lhe outra marca a Z, com um pequeno detalhe, grande, para a população na grande maioria analfabeta, a caixa tem outra marca é de outra côr e até o comprimido é diferente e de outra côr e até pode ser em vez de comprimido uma cápsula, vai dar confusão, num doente plurimedicamentado.
Isto é transparente, para o Senhor Dr. do BE.
Aqui atacou a Ordem, eu nem gosto do bastonário, mas algum recato não lhe fica mal e depois da lição de sapiência do sapientíssimo Sr Dr João Semedo ficámos todos esclarecidos, o Dr Medina e o Sr Crespo, que esse sim devia levar a lição melhor estudada, ficaram sem saber o que diziam, crespo sem saber das perguntas certas.
Nem uma única vez, (aflorou apenas de ser um dos Institutos mais ricos), não me lembro de ouvir da causa, que tem a ver com as licenças de comercialização, que custam cada uma uma pipa de massa . Esta pode ser a causa e não encontro outra, para determinada molécula terem a ser comercializadas, 30, 50, 100 marcas diferentes da mesma substância, especialmente se valer a pena, porque ninguém faz genéricos de medicamentos baratos, a não ser que se vendam muito.
Portanto a questão que se coloca é porque razão não se ficou apenas com um genérico de determinado produto ou seja apenas uma marca de genérico, por exemplo por concurso público.
Reparem eu falei na mudança de um genérico para outro genérico pelo farmacêutico, apenas, nada mais.
Cada um tire as conclusões que quiser.

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