Crédito procura-se
"Há um grupo de pequenas empresas têxteis em Paços de Ferreira que, desde o início deste ano, voltou a receber pedidos de grandes marcas internacionais, como Hugo Boss, Cavalli, Givenchy, Dolce&Gabbana;, Burberry ou Max Mara.
As notícias são boas, sobretudo para um sector que, até há bem pouco tempo, estava a perder a corrida para mercados menos qualificados como China, Índia ou Marrocos.
Só que essas mesmas empresas portuguesas arriscam-se, por dificuldades de tesouraria, a não conseguirem pagar os materiais de que precisam para cumprir encomendas. E, por isso, arriscam-se a perder os grandes clientes - de novo. Pedir financiamento à banca é a solução óbvia, mas os bancos, eles próprios em papos de aranha com a crise, não param de apertar a torneira de crédito até só pingar liquidez para quem lhes dá as maiores garantias.
Restam o Estado e os seus pacotes de incentivos públicos que podiam ser, neste caso, tábua de salvação para as empresas que ainda tentam manter-se à tona de água. Os mesmos incentivos entregues aos milhões a empresas que, descobre-se tarde demais, já estavam falidas quando os créditos foram aprovados - e serviram mais para ocultar buracos de gestão do que para resolver problemas de tesouraria.
Os mesmos incentivos que decerto fariam melhor proveito a micro e pequenas empresas como as de Paços de Ferreira que, com carteiras de grandes clientes e encomendas reais, poderiam manter empregos e contribuir para a produtividade de que o país precisa como de pão para a boca."
As notícias são boas, sobretudo para um sector que, até há bem pouco tempo, estava a perder a corrida para mercados menos qualificados como China, Índia ou Marrocos.
Só que essas mesmas empresas portuguesas arriscam-se, por dificuldades de tesouraria, a não conseguirem pagar os materiais de que precisam para cumprir encomendas. E, por isso, arriscam-se a perder os grandes clientes - de novo. Pedir financiamento à banca é a solução óbvia, mas os bancos, eles próprios em papos de aranha com a crise, não param de apertar a torneira de crédito até só pingar liquidez para quem lhes dá as maiores garantias.
Restam o Estado e os seus pacotes de incentivos públicos que podiam ser, neste caso, tábua de salvação para as empresas que ainda tentam manter-se à tona de água. Os mesmos incentivos entregues aos milhões a empresas que, descobre-se tarde demais, já estavam falidas quando os créditos foram aprovados - e serviram mais para ocultar buracos de gestão do que para resolver problemas de tesouraria.
Os mesmos incentivos que decerto fariam melhor proveito a micro e pequenas empresas como as de Paços de Ferreira que, com carteiras de grandes clientes e encomendas reais, poderiam manter empregos e contribuir para a produtividade de que o país precisa como de pão para a boca."
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