Contra as calúnias marchar, marchar
"A revista The Economist acha que Portugal será um dos seis países mundiais cujas economias estarão em recessão durante 2011, e o terceiro a contrair mais, depois de Porto Rico e da Grécia e antes da Irlanda, Barbados e Venezuela.
Perante semelhantes previsões, impõe-se uma reacção patriótica, a realizar em três fases. A primei- ra fase consiste em insultar a The Economist por servir os interesses dos especuladores, das agências de rating, de Wall Street, da sra. Mer- kel, do FMI e do capitalismo sel- vagem, todos empenhados em difamar Portugal para atacar o euro, ou em difamar o euro para atacar Portugal, ou qualquer coisa do género.
A segunda fase exige que nos orgulhemos das relações privilegiadas com Hugo Chávez, as quais começaram por conduzir-nos aos níveis venezuelanos de desenvolvi- mento e agora, como se constata, permitiram-nos ultrapassá-los.
A terceira fase implica informar as restantes duzentas nações da Terra de que o crescimento que lhes atribuem é ilusório: a crise, conforme um certo governante ainda não se cansou de nos explicar, possui carácter internacional, donde resultaria absurdo que apenas Portugal e um punhado de indigentes chafurdassem na lama enquanto o mundo inteiro prospera a olhos vistos.
Portugal, aliás, é que provavelmente prospera, contra as calúnias e graças às medidas anti-crise em boa hora tomadas pelo eng. Sócrates, tão evidentes que só um cego as vê."
Alberto Gonçalves
Perante semelhantes previsões, impõe-se uma reacção patriótica, a realizar em três fases. A primei- ra fase consiste em insultar a The Economist por servir os interesses dos especuladores, das agências de rating, de Wall Street, da sra. Mer- kel, do FMI e do capitalismo sel- vagem, todos empenhados em difamar Portugal para atacar o euro, ou em difamar o euro para atacar Portugal, ou qualquer coisa do género.
A segunda fase exige que nos orgulhemos das relações privilegiadas com Hugo Chávez, as quais começaram por conduzir-nos aos níveis venezuelanos de desenvolvi- mento e agora, como se constata, permitiram-nos ultrapassá-los.
A terceira fase implica informar as restantes duzentas nações da Terra de que o crescimento que lhes atribuem é ilusório: a crise, conforme um certo governante ainda não se cansou de nos explicar, possui carácter internacional, donde resultaria absurdo que apenas Portugal e um punhado de indigentes chafurdassem na lama enquanto o mundo inteiro prospera a olhos vistos.
Portugal, aliás, é que provavelmente prospera, contra as calúnias e graças às medidas anti-crise em boa hora tomadas pelo eng. Sócrates, tão evidentes que só um cego as vê."
Alberto Gonçalves
1 Comments:
Este é o tipo de discurso revelador da ausência de patriotismo nacional. Fazem do patriotismo uma anedota, um sentimento preverso, muito provavelmente devido ao estado novo que durou uns quantos anos e do qual ninguém se conseguiu esquecer, vá~se lá saber porquê...
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