Racionalidade e pragmatismo em baixa
"(Onde o autor, durante as suas profundas cogitações no grande momento intelectual do chuveiro, conclui que a discussão pública tresanda a ideologias e populismo, assim contribuindo para a balbúrdia geral. A semana, entre ricos e pobres, impostos e assistencialismo, foi esclarecedora).
1 - Que longe vão os tempos do "choque fiscal" e da ideia de libertar fundos e energias para as tarefas produtivas, as que criam empregos e enriquecem a ditosa pátria! Agora, numa época em que todos ralham e ninguém tem razão, a discussão racional sobre taxação, coesão social e apoio aos destituídos perdeu o norte e enveredou pelo ressentimento social. Em Portugal, manifesta-se cada vez mais no discurso rancoroso mas, na Inglaterra, contribuiu até para motins e pilhagens. O assalto a um restaurante de duas estrelas Michelin, em Nottingham Hill, nesses dias conturbados, explica-o a "Foreign Affairs" como símbolo do espírito de luta de classes, nascido ideologicamente por aquelas bandas. As lutas sociais são de sempre e as erupções conflituais inevitáveis, mas as sociedades avançadas criaram amortecedores e contra-pesos que evitam a erosão e ruptura do tecido social. O fisco entra nesta secção e foi por aqui que o discurso político perdeu as estribeiras e a sanidade mental.
É curioso ver um rico, nada menos que Buffet, a lembrar a pugna classista, mas há que não esquecer que um seu antecessor foi o ilustríssimo Friedrich Engels , ele até ligeiramente mais radical, e, portanto, apenas se tratou de retomar um precedente. O artigo do "New York Times" que aquele escreveu vai muito para além do tema "impostos" , somente um mote para a questão dos sacrifícios que as classes baixas e médias-baixas americanas aguentam devido às guerras (com o serviço militar voluntário é daqui que vem a carne para canhão) e ao desemprego.
Mas há que saber se a melhor forma de fomentar a justiça social é tentar ir ao bolso dos ricos ou procurar maneiras mais profícuas de extrair deles a sua quota-parte para benefício da comunidade, em particular por via da ideia da função social da propriedade. Ora, "tentar" é aqui uma palavra altamente enfatizada, pois, como bem sabemos, fugir aos impostos faz parte do elenco dos direitos humanos. Se alguém que me lê souber de algum personagem que pague IVA ao canalizador por serviços prestados lá em casa, que o dê a conhecer ao mundo, para que lhe seja erigida uma estátua. Logo, a questão aqui não é a de saber se se deve pagar imposto, mas se é possível cobrá-lo - para além da consideração do efeito colateral de por em fuga os capitais actuais e potenciais, todos ficando mais pobres. Para mim, tive a resposta nos longínquos tempos em que estudei Direito Fiscal, não por causa das doutas lições, mas porque, na época, os impostos que os trabalhistas cobravam em Inglaterra levaram os Rolling Stones a domiciliarem-se fora do país. A gloriosa banda é que me deu o mote para pensar no assunto - até porque, em evocação do evento o título do fantástico álbum seguinte foi "Exile in Main Street" - mas o incipiente fiscalista não deixou de registar a óbvia consequência da pressão fiscal, traduzida com toda a probabilidade na fuga generalizada de riqueza e talento. E se na época era assim, imagine-se na actualidade, quando qualquer bicho-careta abre uma conta na Suíça, país que fica à distância de uma tecla de computador. Não! Quem tem razão é D. Manuel Clemente, insigne bispo do Porto e homem de saber que, em entrevista televisiva , lá foi lembrando a função social da riqueza na criação de emprego, muito mais que presa fiscal. Provavelmente Mick Jagger está de acordo.
2- Outro momento de cegueira ideológica e falta de sentido pragmático foi o da investida contra o plano contra a pobreza do ministro da Segurança Social, logo apodado de "assistencialista", o que, em conceptualismo de Esquerda, deverá ser coisa abaixo de cão. Por mim, custa-me perceber como, racionalmente, a pureza do meio pode ter prevalência sobre a virtude do fim, não estando em causa nem a lei nem a moral. Se calhar, o programa contra a fome que Lula pôs em execução não passou de um perigoso desvio de Direita."
Fernando Braga de Matos
4 Comments:
O estranho caso de um ministro extraterrestre e de uns malandros com ar de arruaceiros a que chamam de deputados
Hoje assisti a umas cenas na televisão, por pouco tempo é certo, porque detesto televisão e porque se discutia política no Parlamento, uma audição, assim chamam, ao Ministro das Finanças.
O homem parece um extraterrestre, parece saído de uma daquelas salas experimentais usadas pela psiquiatria experimental há uns anos, para ver o que acontecia depois de um indivíduo viver numa sala muito branca, toda branca sem portas visíveis e sem janelas e com luz branca, calculam como um indivíduo normal sairia de lá, mas este tipo, acho que saía, assim, a responder ao que lhe perguntavam de forma muito controlada, muito aparentemente coerente, apesar da forma provocadora e mal educada, dos deputados desta porcaria de esquerda, estes agora já de outra ninhada diferente, da do execrável Sr Cunhal e do não menos execrável Sr Soares.
Mas a verdade é que não aprendi nada e já tenho as conclusões e consequências deste plano da troika, da UE e BCE.
Não vamos conseguir pagar a dívida, vamos entrar em incumprimento, porque é impossível a economia recuperar com o brutal aumento de impostos, o PIB irá cair de forma brutal, haverá a eutanásia social e nem sei se o ministro da saúde aquele indivíduo que foi da DGCI colocado lá pela Sra Manuela Leite, qual pescador com a rede cheia de buracos para peixe graúdo, coisas de pescador insano, mas este tipo não é insano, disse que não iria deixar fazer tantos transplantes a alguns portugueses porque não é possível fazer tantos transplantes,há quem chame de eutanásia a isto, social s.f.f., foi isso que ouvi, com palavras um pouco diferentes, mas semântica é semântica e contas são contas, coisas aprendidas algures em algum lugar, onde contas são contas, principalmente se não forem para pagar, acho eu, sei lá...
Sempre soube que o PS e o PSD eram irmãos siameses e esta história do Dr Passos dizer que Sócrates se foi despedir da chanceler do Leste e do tipo catalão, não lembra o diabo e se isto é um país, vou ali e já volto, trata-se de um imenso manicómio, lembra-me o Miguel Bombarda há muitos anos e só faltam as fardas, porque os olhares para o infinito não tardam.
Estamos falidos, vamos ser pontapeados como a Grécia do Euro e parece que ainda ninguém se apercebeu disto e foi esta gente que foi eleita, uns para serem do poder, outros dos poderes paralelos, porque são todos iguais, uns crápulas.
Depois do país estar mais pobre e depois de muitos mortos pelo frio, pela fome e espero que a gripe este ano, seja como a do ano passado, porque se for a sério, vai ser uma coisa de Dante...
Nada me espanta, da imobilidade da justiça que só pune os idiotas e os inimigos, ao poder executivo de uma coisa pior que uma ditadura a que chamam de democracia, porque é pior, porque feita em nome da liberdade e um estado de direito democrático que quer dizer um estado inexistente, pertencente ao poder dos sindicatos bancários e do poder económico parasita.
O resto, é apenas um vazio e uma imensa sensação de impotência de não poder fazer uma coisa inconfessável, mas que deixaria decerto o ar mais respirável.
TOUPEIRA
Pensei que estes tiopos eram alguma coisa de jeito, mas são como Sócrates, são siameses.
O Ministério das Finanças irá rever ainda este ano o cenário de previsões para a economia portuguesa, indicou ontem o ministro Vítor Gaspar. A informação foi avançada no debate parlamentar sobre a estratégia orçamental do governo, no qual o ministro ouviu as críticas de PS e PCP sobre os efeitos recessivos adicionais dos cortes e impostos além do previsto pela troika - cerca de 6 mil milhões de euros até 2013 - e a desadequação das actuais previsões.
"Neste momento considerámos não ser ainda prudente rever o cenário macro, mas será revisto. Não nos pareceu que nesta altura fosse necessário alterar significativamente os valores do nível da actividade económica", afirmou Vítor Gaspar.
O ministro notou forças em sentido contrário sobre a economia portuguesa - exportações resilientes, mas incerteza externa maior -, sem se referir ao impacto da austeridade adicional que o governo decidiu juntar ao programa da troika. Por enquanto o governo prevê recessão este ano e no próximo - contracção de 4% no total - com recuperação a partir de 2013.
Esperar esse tempo todo é um disparate o tipo é emsmo extraterrestre.
A contracção será muito superior asim como a recessão.
Estes tipos mais a aliança com a maço maria do PS vão acabar com o país.
A festa ou lá o que chamam aquela coisa de Universidade do PSD juntou toda a porcaria deste sítio cada vez mais mal frequentado, Coelho é bicho de trela e o dono é o ângelo que é aliado de gente pouco recomendável o caso BPN explica o resto.
Outra coisa são as lições de ecomomia de um PR que deveria exercer o cargo calado, porque fala demais e calou quando não devria, e deveria fazer quando podia, não fez porque tinha pontas penduradas, chama-se a isto interesses pessoais e medo de ter perdido as eleições.
Tem problemas graves de memória imediata e de economia sabe aquilo que os que têm memória dos seus governos sabem.
Este país é uma vergonha, estes políticos são um nojo fazem lembrar Bush e Blair que afinal negociaram com o coronel líbio e agora querem democracia, querem quer dizer, querem os tipos do petróleo, os donos da Reserva federal, os verdadeiros donos, não aqueles que aparecem na Forbes, são todos sionistas.
A história de Passos e o fim da crise, o oásis e o paraíso, mas depende se chove ou vai fazer sol...
Passos Coelho o PM que defraudou muitas centenas de milhares de portugueses, vem dizer que depois de passarmos o Inferno e o Purgatório iremos ter, o oásis, novamente o oásis , já sabemos de onde vem a teoria, não sei se subiu a algum coqueiro para ver mais longe.
A verdade, é que ninguém na troika lhe pediu para aumentar o IVA da energia, da forma louca como o fez, deverto a pensar beneficiar clientelas e já as a beneficiou sob a orientação do patrão e de um PR completamente desfasado da realizade, acho que nunca deixou de estar e se há coveiro a apontar neste sítio cada vez mais mal frequentado, ele é um deles.
O problema vai ser a contracção enorme do PIB e as receitas não serãos as que dizem e calculam, destruiu a classe média, como Sócrates destruiu e malbaratou as finanças públicas de forma criminosa e dolosa, blindando contratos pornográficos nas PPPs e na criação de IPs, com o PRACE, a chamada reforma da Administração Pública,proliferação de Empresas Municipais em todas as Câmaras e de todos os partidos políticos, em que só haverá uma saída, decretar insolvência e não pagar um tostão de indemnizações e correr com os boys que continuam instalados e aos milhares. Tudo isto culminou numa Universidade do PSD, como aquela da Noruega, excepto na apoteose e em que se gritou Soares é fixe.
Por fim de forma velada ameaçou o invitável que irá aumentar mais impostos, nem ouviu que tal será impossível porque há gente, muita, muita gente que deixará de pagar, os directos porque o desemprego aumentará ainda mais e os indirectos porque o consumo cairá
É a esta escória bem instalada que diz que irá melhorar tudo e que virá o oásis.
Mas o oásis é uma miragem que muitos já viram e Coelho é um clone de Sócrates, como o PSD é um clone do PS.
O antigo anteriro é de :
Toupeira
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