A Europa e as agências de ‘rating’
"A Standard & Poor’s cortou as notações de ‘rating’ de nove países europeus, incluindo Portugal, Espanha e Itália, mas também Áustria e França perderam o ‘AAA’.
Portugal passou, como se esperava, a ter a classificação de ‘lixo' que já lhe tinha sido atribuída pela Moody's e pela Fitch, as outras duas grandes agências de ‘rating' internacionais. O Governo reagiu prontamente com um comunicado de nove pontos onde explica as razões pelas quais lamenta a decisão da S&P, que considera inconsistente com anteriores posições e relatórios divulgados pela agência. Reacções idênticas surgiram um pouco por toda a Europa, com especial incidência em França, onde a perda da notação máxima é vista como um fracasso do presidente e pode influenciar a votação nas próximas eleições de Abril e consequentemente a reeleição de Nicolas Sarkozy, bem como as negociações futuras com Berlim.
Também os juros da dívida pública dos países atingidos vão aumentar, o que torna o esforço dos mais endividados, como Portugal, ainda maior. E a classificação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) também depende das contribuições dos quatro países da zona euro que ainda conservam o ‘AAA' - Alemanha, Holanda, Luxemburgo e Finlândia. Se alguma coisa de bom pode dizer-se que advém do anúncio do corte de ‘rating' pela S&P é a aceleração do processo de consolidação europeu. Angela Merkel já veio dizer que é preciso apressar a concretização do Mecanismo Europeu de Estabilidade. O certo é que a Europa não pode continuar a dizer mal das agências de ‘rating' sempre que há avaliações negativas. Tem de agir de forma estrutural, com várias medidas, porque, como na crise europeia, não há uma medida milagrosa"
Portugal passou, como se esperava, a ter a classificação de ‘lixo' que já lhe tinha sido atribuída pela Moody's e pela Fitch, as outras duas grandes agências de ‘rating' internacionais. O Governo reagiu prontamente com um comunicado de nove pontos onde explica as razões pelas quais lamenta a decisão da S&P, que considera inconsistente com anteriores posições e relatórios divulgados pela agência. Reacções idênticas surgiram um pouco por toda a Europa, com especial incidência em França, onde a perda da notação máxima é vista como um fracasso do presidente e pode influenciar a votação nas próximas eleições de Abril e consequentemente a reeleição de Nicolas Sarkozy, bem como as negociações futuras com Berlim.
Também os juros da dívida pública dos países atingidos vão aumentar, o que torna o esforço dos mais endividados, como Portugal, ainda maior. E a classificação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) também depende das contribuições dos quatro países da zona euro que ainda conservam o ‘AAA' - Alemanha, Holanda, Luxemburgo e Finlândia. Se alguma coisa de bom pode dizer-se que advém do anúncio do corte de ‘rating' pela S&P é a aceleração do processo de consolidação europeu. Angela Merkel já veio dizer que é preciso apressar a concretização do Mecanismo Europeu de Estabilidade. O certo é que a Europa não pode continuar a dizer mal das agências de ‘rating' sempre que há avaliações negativas. Tem de agir de forma estrutural, com várias medidas, porque, como na crise europeia, não há uma medida milagrosa"
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