quinta-feira, janeiro 29, 2004

A crítica de Eduardo Cintra Torres incendiou a SIC. Num comunicado “feroz” os visados respondem com tudo o que têm à mão.

Partes mais interessantes:
Alcides Vieira, director de Informação da SIC, sobre a pergunta “porque é que a SIC era a única estação a estar no Parlamento” responde com “se Eduardo Cintra Torres nos tivesse telefonado, ter-lhe-iamos explicado o que se passou. Mas como não está preocupado com a verdade e como por norma "ninguém desmente"... continuará convencido…”

Pelos vistos, também Alcides parece não estar preocupado com a verdade, visto que não desmente, nem explica como tal aconteceu. Como duvido que um telefonema meu me desse algum conhecimento acrescentado sobre o assunto, fico na mesma.

Assim só posso dar razão às próprias palavras do director de informação da SIC “porque é que a SIC era a única estação a estar no Parlamento? A resposta, segundo ele, é óbvia: "Há uma coincidência inescapável: todos os dirigentes do PS que deram a conferência de imprensa antes da detenção do deputado - Ferro Rodrigues, António Costa e o próprio Pedroso - têm alguma relação directa ou indirecta com pessoas que trabalham ou dirigem a redacção da SIC".

E é pena que assim seja, porque também o cidadão comum preocupado com a verdade, fica sem a conhecer.

Alcides acaba a sua resposta com uma menção ao código deontologico dos jornalistas “Uma redacção é um espaço de liberdade onde vivem e convivem livres pensadores. Uma vivência que, apesar de escrever nos jornais, ECT nunca deve ter tido. Numa redacção há quem faça objecção de consciência; quem peça escusa quando se sente emocional ou afectivamente ligado aos assuntos; há quem se afaste para deixar os outros trabalhar livremente. Acresce que, na SIC, os jornalistas não se constrangem quando têm de dar uma notícia ou relatar factos, ainda que eles digam respeito a familiares ou amigos de companheiros de trabalho ou de chefes. E essa cultura não nasceu com o processo da Casa Pia. É uma cultura com tantos anos e provas dadas quantos os anos da empresa”.

Bonita de se ler, não há dúvida.

Daniel Cruzeiro, editor Executivo da SIC, fala no “O NASCIMENTO DE UM CRÍTICO TABLÓIDE” e pergunta “Pode um jornal de referência ter um crítico de televisão tablóide”?
Pergunta engraçada se tivermos em conta que a própria SIC é uma televisão tablóide.

Resto do artigo aqui.

Divulgue o seu blog!