Bárbaros? Quais?
Pode-se não gostar de futebol. Tudo bem. È um direito que assiste.
Agora chamar aos adeptos de futebol, que são largos milhões, de bárbaros, é uma clara manifestação gratuita de escárnio e mal dizer.
Afirma João Pereira Coutinho, que “oito encantadoras cidades portuguesas, que deviam legitimamente gozar os calores da estação com a tranquilidade possível, não só ficarão inabitáveis como, muito provavelmente, irreconhecíveis: ruas conspurcadas, jardins maculados com derrotas mal dirigidas. E algumas situações de violência e destruição, que fazem a alegria do povo – e do turismo vagabundo que persiste em invadir-nos.”
Quem ler a crónica, fica convicto que os portugueses são um povo limpo e educado, aonde o cumprimento cívico das regras de cidadania reflecte-se, entre outros aspectos, nas ruas limpinhas e na inexistência de violência.
Como sabemos, nada de mais errado.
Quanto aos bárbaros, a grande maioria está longe de ser “turistas vagabundos”. São adeptos bem colocados na vida, que vêm deixar milhões de euros no país, ao contrário do autor da crónica, que promete passar férias no Egeu nessa altura.
Se calhar até vai levar a televisão atrás...
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