Voará mais a águia?
Um dos maiores males do Benfica é a política contratual de jogadores e, não o treinador, como certos aspirantes a comentadores apregoam.
De facto, desde Manuel Damâsio que as contratações são efectuadas no interesse dos envolvidos e não do próprio clube.
É, por exemplo, o recente caso do guarda-redes Ricardo. Com a gritante falta de defesas e de um médio criativo, qual a necessidade de adquirir um guarda-redes?
Até porque, o Benfica nos outros escalões, tem jogadores com qualidade para jogarem na equipa principal, sendo que, alguns até representam as outras selecções de Portugal.
Outro dos males, também iniciado na era Damâsio, é a desmedida alienação de património, cujo capital é esbanjado em contratações de jogadores, sem a devida tradução em resultados desportivos.
Depois, para agravar a situação, a mística benfiquista morreu.
Outras situações há que também são difíceis de compreender. É o caso dos actuais convites a José Veiga e a António Carraça.
De facto, dificilmente se compreende a ideia de José Veiga administrar a SAD encarnada, tendo em conta as estreitas relações que mantém com o clube no âmbito das transferências e, ainda por cima exigindo plenos poderes.
Coisa que ele já tinha tentado no FCP com os resultados conhecidos.
Ora, como se sabe, Veiga, desde que Simão Saborosa se transferiu para o Barcelona, não têm boas relações com os outros empresários portugueses.
Nomeadamente com Paulo Barbosa, cujos jogadores perseguiu até estes saírem do Benfica, como foi o caso de Maniche, dispensado do clube e que hoje é peça preponderante na manobra da equipa do Porto.
Se esta zanga se mantiver, dificilmente haverá contratações de jogadores representados por estes empresários, ficando o mercado reduzido aos do próprio Veiga ou de empresários estrangeiros.
O mesmo se passa com António Carraça, o até agora presidente do sindicato dos jogadores, para director desportivo do Benfica.
Será que tais ligações extra-Benfica não comprometem a isenção exigida?
Mas o maior mal que o Benfica enferma é não ter como presidente o “dono dos animais”, ou alguém da mesma fibra.
“Penso eu de que...”
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