segunda-feira, maio 31, 2004

Mourinho.

José Mourinho conseguiu o que nunca antes alguém sonhara: ser mais importante no FCP que o próprio Pinto da Costa. Mestre do planeamento a longo prazo, verdadeiro líder e motivador dos seus pupilos, perfeito jogador com as emoções que o rodeiam, construiu o seu mito através do uso perfeito que faz dos “media” para passar as suas mensagens.

Assim se compreende a estranha conversa de querer muito a sua família na conferência de imprensa antes da final. Com efeito, Mourinho preparava o terreno.

Em ruptura com Pinto da Costa, que finalmente encontrou um adversário à altura, senão superior, Mourinho fechou o ciclo FCP com a frase “desejo sair”. Depois de acordar com Pinto da Costa que conversas e contactos com o Chelsea só depois de concluída a Liga dos Campeões, mas utilizando as armas de Pinto da Costa, Mourinho encontrou-se com representantes do clube inglês e o agente FIFA dias antes do jogo com o Desportivo da Corunha. Mais tarde, enquanto Mourinho assistia ao jogo Chelsea – Mónaco, a sua mulher andou à procura de casa e colégio para as crianças.

“Pequenos” pormenores que originaram a guerra Mourinho – Pinto da Costa.

À semelhança do que se passou depois do Benfica – Sporting, o jovem ambicioso Mourinho não hesita em recorrer ao jogo de bastidores para conseguir os seus intentos. Mesmo que estes sejam contrários às regras de etiqueta.

Mas o que interessa isso no mundo cão do futebol?

Pergunta-se: será que os adeptos portistas vão perdoar o técnico Mourinho pela ausência nos festejos?

Será que Mourinho consegue superar a ausência do “sistema” que tanto o beneficiou durante a época?

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