Jornalismo de fino recorte.

"Ataque Anti-semita Gera onda de emoção em França. A agressão de uma jovem mãe e do seu bebé de 13 meses, num comboio do metro expresso regional parisiense (RER), provoca uma vaga de emoção em toda a França por causa do cariz violento, cobarde e anti-semita do ataque. Esta agressão, de que existe apenas, por ora, o testemunho da jovem vítima, ocorreu num contexto de escalada dos actos racistas e numa altura em que o Presidente da República, Jacques Chirac, lança um apelo a um "sobressalto republicano" contra todas as formas de intolerância. "

Público de Hoje ( 13 Julho )

"Um dia depois de o Presidente Jacques Chirac ter denunciado o crescimento da intolerância racial, um "gang" de rapazes de origem magrebina atacou uma jovem mulher que viajava de metro com uma criança. Os seis homens cortaram-lhe o cabelo e desenharam-lhe cruzes suásticas na barriga. O ataque ocorreu na manhã de sexta-feira, diante de vários outros passageiros, que se limitaram a obervar a cena.

A criança, de treze meses, caiu do carrinho de bebé, mas não sofreu qualquer ferimento, assim como a mulher agredida. Nenhum dos restantes passageiros foi em auxílio da mulher, que apresentou queixa contra os agressores.

Jacques Chirac manifestou-se espantado por ninguém ter ajudado a mulher atacada e pediu que os autores deste acto "odioso e vergonhoso" sejam encontrados, "julgados e condenados com toda a severidade"

Público de ontem ( 12 Julho )

P.S. Esclarece hoje o Público que da "agressão, ...existe apenas, por ora, o testemunho da jovem vítima", o que significa que os outros passageiros não viram. Provavelmente eram cegos, pelo que Chirac não tem razão para ficar zangado pelo facto de ninguém ter ajudado a moça.

Uma maravilha o nosso jornalismo.