quinta-feira, agosto 19, 2004

Diário de um infeliz.

No outro dia, uma rapariga telefonou-me e disse..."Queres vir cá a casa? Não está cá ninguém."
Eu fui lá a casa. Não estava ninguém.

Tem sido um dia difícil. Levantei-me de manhã... vesti uma camisa e saltou um botão. Peguei na minha pasta e a pega partiu-se. Estou a ficar com medo de ir à casa de banho.

Posso dizer que os meus pais me odeiam. Os meus brinquedos do banho eram uma torradeira e um rádio.

A minha mãe nunca me deu de mamar. Ela dizia que só gostava de mim como um amigo.

O meu pai anda com a fotografia de um miúdo que já vinha quando ele roubou a carteira.

Quando eu nasci... o médico foi à sala de espera e disse ao meu pai: "Tenho muita pena. Fizemos tudo aquilo que podíamos... Mas mesmo assim ele conseguiu sair."

Lembro-me do dia em que fui raptado e em que enviaram um bocado de um dedo meu ao meu pai... Ele disse que queria mais provas.

Uma vez, quando me perdi... Vi um polícia e pedi-lhe ajuda para encontrar os meus pais. Disse-lhe... "Acha que alguma vez os vou encontrar?" Ele disse... "Não sei miúdo... há tantos sítios onde eles se podem esconder."

Trabalhei numa loja de animais e as pessoas estavam sempre a perguntar se eu crescia muito ou se ficava só daquele tamanho.

Fui ao médico: "Doutor, todas as manhãs quando me levanto e me olho ao espelho.
Fico com vontade de vomitar. O que é que se passa comigo?" Ele disse: "Não sei, mas a sua vista está óptima."
(Autoria desconhecida)

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