Lógica matemática.

"Israel envolveu-se numa discussão sobre barris com fundo e sem fundo. O chefe do Shin Beth, Avi Dichter, já afirmou que o barril tem fundo, enquanto que o responsável pela secreta militar, Aharon Ze'evi, garante que não - e mesmo que tenha, se tiver, haverá outros barris.

A discussão, que está a ter um grande eco nos "media" israelitas, refere-se ao terrorismo palestiniano. Dichter garante que o número de militantes dispostos a atacar Israel não é infinito- o barril com fundo. Ze'evi argumenta que por cada militante morto ou preso, surgem dois ou três prontos a atacar.

A questão de fundo põe em confronto duas opiniões sobre se é possível ou não uma vitória militar sobre o terrorismo, numa altura em que Israel conseguiu uma diminuição drástica dos atentados suicidas nas suas cidades.

Na primeira metade de 2004, os ataques palestinianos diminuíram 75 por cento em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo os dados do Ministério israelita da Defesa. A justificação das autoridades hebraicas para este sucesso assenta em duas medidas de alta visibilidade - e polémicas: a "barreira de segurança" que separa o território israelita da Cisjordânia, e os "assassínios extra-judiciais", como os do líder espiritual do Hamas, o xeque Yassin, e o líder do movimento em Gaza, Abdel Aziz al-Rantissi."

Público.

Se por cada terrorista morto aparecem 2 ou 3, dado número limitado de população terrestre, vai ser necessário recrutar marcianos. O que é facto é que os atentados diminuiram.