Brincam connosco.

"A criminalidade está a aumentar em Portugal, de acordo com o relatório da Administração Interna, relativo ao ano passado. O documento regista um total de 400 mil ocorrências criminais e uma média de 94 detenções por dia. Lisboa foi a capital do crime, com quase 110 mil ocorrências. Seguiu-se o Porto, com perto de 68 mil e Setúbal com mais de 34 mil. Em Faro, foram 28 mil e em Aveiro mais de 26 mil ocorrências.

Áreas urbanas e de litoral onde se registou 71 por cento do total de ocorrências, o que leva a polícia falar de uma «litoralização» do crime. S delinquência juvenil e grupal, tipicamente urbana, aumentou 3,6 por cento face a 2002. Em Lisboa, os assaltos a veículos parados nos semáforos são cada vez mais frequentes, em especial no Marquês de Pombal, Sete Rios e Amadora. S PSP aconselha os condutores a trancarem as portas.

Os telemóveis são outro alvo preferencial, furtado enquanto as vítimas falam e caminham distraídas pela rua. Já agora, fique a saber que, no mercado negro, os modelos mais recentes mesmo com máquina fotográfica, não valem mais do que 25 euros."

A liberdade de circulação é um direito mais importante que a liberdade de expressão. O cidadão cada vez mais vê esse seu direito fugir-lhe como areia fina das mãos. Mas, no entanto, o país está mais interessado em discutir a aparente diminuição do direito de expressão. Em termos prático para que serve ao cidadão poder falar se não pode sair à rua? Deve ser para poder ir à janela gritar para os criminosos que se passeiam impunemente pelas ruas.

O método continua igual. Oculta-se os verdadeiros problemos relevando problemas menores. Se é que chegam a ser problemas.