domingo, outubro 17, 2004

A "estranha" contabilidade política.

"Uma trapalhada difícil de explicar e de entender. Os números da criminalidade que constam nas estatísticas do Ministério da Justiça são diferentes dos da Polícia Judiciária, que apresenta valores significativamente maiores para o mesmo universo de crimes. A única coincidência é mesmo o aumento de crimes registado nos últimos anos, embora fique por esclarecer qual a percentagem real dessa subida, uma vez que ambas as instituições mantêm que os seus dados são os reais.As diferenças dizem respeito ao período compreendido entre 2000 e 2003 e, por exemplo, quanto ao número de homicídios. Segundo o Gabinete de Planeamento e Política Legislativa do Ministério da Justiça (entidade responsável pelas estatísticas), em 2003, a PJ registou 129 homicídios, a GNR 84 e a PSP 56, num total de 271. Diz a PJ que, só ela, registou 346 homicídios consumados e 221 tentados.

Diz também o Ministério que em 2003 houve 482 situações de raptos ou sequestros, participados à PSP, GNR e Judiciária. Dos registos da PJ, a que o JN teve acesso, resulta que, no mesmo período, só em investigação naquela polícia, pelos mesmos crimes, estavam 533 processos.Mas as disparidades continuam se recuarmos no tempo. A PJ diz ter registado em 2000, 5193 crimes de roubo. O Ministério diz que a PJ foi responsável pela investigação de ... 410. Confrontado com as diferenças, o Ministério da Justiça, garante que só as "suas" estatísticas é que têm "valor", embora nunca esclareça completamente a razão do desencontro de números."

JN.

Os políticos continuam a brincar connosco. Como andam com segurança e nada lhes acontece, os outros que se lixem. Teria piada ver a sua reacção (à semelhança das escutas) se algo lhes acontecesse.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os senhores governantes querem fazer acreditar que não há criminalidade no país e que cumpriram as suas promessas eleitorais. Nada de mais falso.

Manuela.

domingo, outubro 17, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Estou farto dos políticos. Nunca bateram tão baixos. Os de jeito há muito fugiram. Como diz JPP "pobre país".

LT

domingo, outubro 17, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Não está na altura dos cidadão se reunirem num movimento para colocar os políticos na ordem?

Luíza

domingo, outubro 17, 2004  

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