quinta-feira, novembro 25, 2004

25 de Novembro de 1863.


As últimas tropas britânicas abandonam Nova York 3 meses após o Tratado de Paris.O Tratado de Paris, entre os Estados Unidos da América e a Grã-Bretanha, selou o fim da Guerra da Revolução Americana, com a aceitação da independência das treze colónias britânicas na América do Norte e o reconhecimento dos Estados Unidos da América.

História da América

Colonização
A América foi dividida pelo tratado de Tordesilhas (1494) entre Portugal e Espanha. As terras que ficavam até 370 léguas das Ilhas do Cabo Verde (litoral africano) seriam de Portugal, o restante da Espanha. Os ingleses, franceses e holandeses discordaram do tratado e também estabeleceram colônias na América. A colonização inglesa na América do Norte teve 13 colônias, que se uniram por ocasião da independência e formaram os Estados Unidos da América. Os estados eram: Connecticut, Massachusetts, Rhode Island, New Hampshire, Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763)

Conhecida na história dos EUA como Guerra Contra os Franceses e Índios, foi protagonizada por Inglaterra e França, e contou com o apoio de colonos e índios de ambos os lados. No tratado de Paris, a França cedeu o Canadá, o vale do Ohio e parte das Antilhas Francesas para a Inglaterra.

Independência dos Estados Unidos

O conflito entre americanos e ingleses foi provocado pelo aumento e criação de novos impostos. Oa americanos invocaram a "Magna Carta" de 1215, renovada pelo "Bill of Rights" de 1689, pela qual o rei não podia decretar impostos sem consultar o Parlamento. Os americanos não tinham representação parlamentar na Inglaterra e o rei recusou-se a consultar as assembléias coloniais.O impasse resultou na Declaração de Independência, em 4 de julho de 1776. Os ingleses reconheceram a independência em 1783, na Paz de Versalhes.

Expansão territorial

Foi regulamentada pela Lei do Noroeste (1787). O governo federal tomava posse de uma área e vendia as terras por um preço baixo para os pioneiros que obtinham títulos de propriedade garantidos pelo governo. No interior dos EUA havia a colônia francesa da Louisiana, que foi comprada pelos americanos em 1803, abrindo o rio Mississipi para a navegação. Em 1846, a Inglaterra cedeu o Oregon aos EUA. Em 1848, numa guerra contra o México, foram incorporados o Texas, a Califórnia e o Novo Mexico. Em 1853, foi anexada mais uma faixa ao sul do Novo México e a oeste do Rio Grande.

Guerra de Secessão (1861-1865)

Durante a expansão territorial ocorreu um desequilíbrio político entre os estados industriais do norte e os estados agrários e escravistas do sul. Nos estados onde predominava a mão-de-obra livre cresceu o número de eleitores que eram vinculados ao mercado do norte industrial; o sul, voltado para a exportação de produtos agrícolas, tinha suas reivindicações examinadas em segundo plano. O norte, interessado na ampliação do mercado interno, defende a abolição da escravidão; o sul rejeita a proposta, com medo de perder o monopólio mundial do algodão. Em 1861, o sul declarou independência em relação ao norte, e o presidente Lincoln apoiou a manutenção da União, iniciando a Guerra de Secessão. O sul foi derrotado e o saldo de mortos foi de 600 mil. Após a guerra os EUA têm um crescimento extraordinário. Entre 1860 e 1914, a população passa de 31,3 para 91,9 milhões de habitantes, sendo 21 milhões de imigrantes. Em 1915 os EUA são os maiores produtores mundiais de ferro, carvão, petróleo, cobre e prata. Isso credenciou os EUA a ingressar na política mundial.

CONFLITOS EXTERNOS

Política do Big Stick (Grande Porrete)Enunciada em 1901 pelo presidente Theodore Roosevelt, resume-se na frase "fale macio e use um porrete", a ele atribuída.O primeiro exemplo foi o caso do Panamá, então pertencente à Colômbia. A França havia adquirido os direitos para a construção do canal, mas a empresa construtora faliu fraudulentamente. Os EUA viam o canal como um objetivo fundamental, que lhes daria a hegemonia naval entre o Atlântico e o Pacífico; por isso fomentaram a independência panamenha. O canal foi construído pelos EUA, que exerceram um protetorado sobre a área, semelhante à emenda Platt.


GUERRAS

Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918)

Antes da guerra, a Europa estava dividida entre a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia czarista). A causa imediata do conflito foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, ocorrido em Sarajevo, na Bósnia, em 28 de junho de 1914. O autor do atentado, Gavrilo Princip, era membro dos "Jovens Bósnios", um braço da organização nacionalista sérvia "Mão Negra". A Bósnia havia sido anexada pelos austríacos em 1908, enquanto a Sérvia buscava a unificação da Iugoslávia.Os sérvios tinham um pacto secreto com a França e a Rússia, pelo qual as duas reagiriam mediante um ataque austríaco. Os sérvios sob essa proteção negaram diversas exigências dos austríacos, que inadvertidamente deflagraram o conflito invadindo a Sérvia. A Itália declarou neutralidade no primeiro ano, entrando posteriormente ao lado da Entente. Durante os três primeiros anos da guerra, os EUA exportaram material bélico e alimentos para a Entente. Quando os EUA constataram o desgaste econômico da França e da Inglaterra, enxergaram a possibilidade de assumir o posto de primeira potência, caso a Alemanha fosse derrotada.

Os pretextos para a entrada dos EUA na guerra foram o afundamento de navios americanos por submarinos alemães e o telegrama "Zimmermann", divulgado pela Inglaterra, pelo qual os alemães pretendiam que o México entrasse em guerra contra os EUA, prometendo a devolução dos territórios subtraídos ao México pelos americanos, em caso de vitória. Em 1917, a entrada dos EUA na França foi massacrante, pois franceses e alemães estavam esgotados por três anos de combates nas trincheiras. Antes do final da guerra ocorreu a Revolução Russa de 1917; os bolcheviques liderados por Lênin firmaram a paz em separado com os alemães. A Alemanha rendeu-se em 1918.A vitória provocou a transferência do centro financeiro de Londres para Nova York. Os EUA, satisfeitos com o predomínio econômico, decidiram preservar o isolacionismo político e não fizeram nenhuma intervenção política na Europa até a Segunda Guerra Mundial.Entre GuerrasO declínio do predomínio inglês na América Latina levou ao controle total da área pelos EUA. A crise de 29 levou à ruína os grupos econômicos da América Latina ligados ao capital inglês. Essa elite foi substituída por novos grupos ligados ao capital norte-americano. A ascensão de Getúlio Vargas, através da Revolução de 1930, integra esse quadro. No Pacífico os americanos ampliaram o seu comércio e observaram com cuidado a expansão japonesa na área.

Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)

No início da Segunda Guerra Mundial, os principais protagonistas eram os aliados França e Inglaterra, que enfrentavam o Eixo, composto por Alemanha, Itália e Japão. Os sucessos alemães levaram Hitler a declarar guerra à URSS, em 1941. Nesse mesmo ano, os japoneses atacaram Pearl Harbour, levando os EUA a declarar guerra ao Eixo. Até então os americanos vendiam material bélico e alimentos à França e Inglaterra pelo sistema "cash and carry" (pague e leve).Com o início do recuo nazista devido às derrotas no norte da África e em Stalingrado, o presidente Roosevelt (EUA), Winston Churchill (1º ministro da Inglaterra) e o ditador soviético Stálin reuniram-se nas Conferências de Teerã (1943) e Yalta (1945). Além de determinar o destino da guerra, esses encontros delinearam as novas fronteiras do mundo, que via surgir uma nova potência, a União Soviética. A guerra acabou com o lançamento das bombas atômicas pelos americanos em sobre Hiroxima e Nagasaki. Em Yalta, Stálin exigiu o reconhecimento da influência soviética no Leste Europeu, desenhando o mapa da "cortina de ferro". A nova ordem internacional estabelecida opunha o capitalismo ao socialismo, delineando a "Guerra Fria".

Guerra Hispano-Americana (1898)

Em 1823, os EUA criaram a Doutrina Monroe ("A América para os americanos"), que era hostil à qualquer intervenção européia na América. Na época, os países europeus não a levaram a sério.Cuba era uma colônia espanhola produtora de açúcar, produto que interessava ao mercado interno norte-americano. A violenta repressão espanhola sobre o movimento cubano de independência foi alvo de uma campanha da imprensa americana contra a Espanha. O navio americano U.S.S. Maine, em "visita de cortesia", inexplicavelmente explodiu no porto de Havana, com a morte de 260 marinheiros. Por esse motivo os americanos declararam guerra à Espanha.Os americanos venceram e exigiram dos espanhóis a cessão de Porto Rico, no Caribe, e de Guam e Filipinas no Pacífico, pontes para o comércio americano na Ásia. Os espanhóis entregaram as Filipinas por 20 milhões de dólares. Cuba, embora independente, foi submetida à emenda Platt, que admitia a intervenção norte-americana em Cuba sem autorização.

A Guerra Fria (1945 - 1991)

Durante esse período o mundo foi dominado pelo antagonismo entre EUA e URSS. Nos anos 50, durante o governo do general Eisenhower, foi consagrada a Teoria do Dominó, pela qual as fronteiras entre o Capitalismo e o Socialismo eram consideradas definitivas, e nenhum país poderia mudar de lado. Em todos os lugares onde essa ordem fosse ameaçada, ocorreria uma intervenção militar norte-americana. Os soviéticos adotaram uma estratégia semelhante, marcada pelas intervenções na Hungria, Tchecoslováquia e Afeganistão. Os momentos de maior tensão da Guerra Fria foram:


Guerra da Coréia (1950 - 1953)

No final da Segunda Guerra Mundial, a Coréia foi ocupada simultaneamente por tropas soviéticas e norte-americanas. Foi estabelecida a divisão do país em duas partes, Norte e Sul, tendo o paralelo 38° como linha divisória. Os guerrilheiros do Norte iniciaram incursões ao Sul. A ONU considerou como agressão os atos da Coréia do Norte, o que permitiu a entrada de tropas americanas. Depois de 3 anos de guerra não houve alteração nas divisas.


Guerra do Vietnam (1945 - 1973)

O Vietnam era uma colônia francesa até a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, o líder comunista Ho Chi Minh proclamou a República Democrática do Vietnã. Diante da Guerra Fria, os franceses retomaram a Cochinchina e tentaram restaurar o domínio sobre o Vietnã. Em 1954, pelos acordos de Genebra, criou-se a divisão entre Norte (comunista) e Sul (capitalista), ao largo do paralelo 17°. Foi previsto um plebiscito sobre a unificação. Porém, devido a radicalização de ambos os lados, não foi realizado. Assim, o Norte teve apoio da URSS e da China, e o Sul apelou aos EUA. Os americanos intensificaram a sua presença nos anos 60, chegando a 550 mil homens, em 1968. O apoio dos civis aos vietcongs (guerrilheiros comunistas) e as práticas terroristas levaram à derrota dos americanos que começaram a se retirar em 1973. Os americanos rotularam a retirada como "Paz com Honra". O Auge da Guerra Fria A Crise dos Mísseis Em janeiro de 1959, a Revolução Cubana derrubou Fulgêncio Batista e levou Fidel Castro ao poder. A conversão de Cuba ao socialismo surpreendeu os EUA, que tentou invadir Cuba com um exército de exilados cubanos, mas fracassou na invasão da baía dos Porcos. Fidel Castro recorreu a Moscou. Preocupado com um novo ataque dos EUA, Fidel aceitou a instalação de bases de mísseis soviéticos em Cuba. Os americanos fotografaram as bases; em outubro de 1962, o presidente Kennedy publicou as fotos e ameaçou atacar a URSS. Depois de 13 dias tensos, os EUA desistiram de atacar Cuba e os soviéticos retiraram as bases da ilha. O bloqueio decretado por Kennedy dura até hoje.

O Efeito da Crise dos Mísseis Sobre a Amércia Latina Cuba teria sido a primeira pedra do dominó que poderia derrubar as demais. Diante disso os norte-americanos decidiram eliminar a ameaça comunista na América Latina. Uma sequência de golpes de Estado transformou as precárias democracias da América Latina em ditaduras militares. Os principais golpes foram no Brasil (1964), Chile (1973) e Argentina (1976).


A Guerra da Golfo (1991)
Em 17 de julho de 1990, o presidente do Iraque, Sadam Hussein, acusou o Kuwait de quebrar acordos relativos à venda de petróleo. Em 2 de agosto de 1990, o Iraque invadiu e conquistou o Kuwait em uma semana.A ONU condenou a ação do Iraque. Os EUA, sob o escudo da ONU, colocou 500 mil homens na Arábia Saudita, temendo um avanço de Sadam na zona petrolífera. O general Norman Scwarzkopf, comandante norte-americano, atacou o Iraque em 24 de fevereiro, após o Iraque não ter respondido ao ultimatum da ONU para abandonar o Kuwait.Sadam aceitou o cessar fogo em 28 de fevereiro. Segundo a estimativa, o Iraque teve 120 mil baixas, entre elas 10 mil civis.



POLÍTICA EXTERNA

A Revolução Sandinista na Nicarágua (1979)O movimento promovido pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, sob a liderança de Daniel Ortega, derrubou a ditadura de Anastacio Somoza. O programa dos revolucionários propôs o confisco dos bens do clã Somoza, a liquidação da Guarda nacional, a construção de uma economia mista, um sistema político pluripartidário e política externa não alinhada.A politica dos sandinistas em relação aos vencidos foi "implacáveis no combate, generosos na vitória". Essa medida permitiu a organização de forças contra-revolucionárias patrocinadas pelos EUA. O desgaste econômico produzido pela contra-revolução levou à perda das eleições pelos sandinistas em 1990, com a eleição de Violeta Chamorro.O Escândalo Irã-Contra (1985)Alguns membros do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, tendo como pivô o tenente Oliver North, começaram a vender armas através de Israel para a República Islâmica do Irã, então em guerra com o Iraque, pela disputa do território onde se fundem os rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia). As armas iam parar em mãos de terroristas libaneses que entroca libertavam reféns detidos no Líbano. Os lucros obtidos eram destinados ao financiamento dos contra-revolucionários da Nicarágua. O Senado dos EUA abriu uma investigação em 1986, mas não conseguiu provar o envolvimento do presidente Ronald Reagan no caso. North e seu sócio Poindexter foram considerados culpados, mas foram absolvidos na apelação. O caso acabou em pizza.

Guerra Civil da Bósnia

Com a crise do Leste Europeu, a Iugoslávia fragmentou-se em diversos países. Porém, o marechal Tito, que governou o país por mais de 30 anos, promoveu uma redistribuição da população que provocou enclaves em várias regiões. Esses grupos deslocados provocaram inúmeros problemas.A Bósnia declarou sua independência da Iugoslávia em 1992, tendo como presidente o muçulmano Izetbegovic. A minoria sérvia proclamou a República Sérvia da Bósnia-Herzegovina, iniciando a Guerra Civil da Bósnia (1992 - 1995), que arrasou o país. O conflito acabou com o Acordo de Dayton, que criou um Estado frágil, dividido em duas partes, a sérvio-bósnia e a croata-muçulmana.A estabilidade do novo Estado depende de um contingente de 60 mil homens da Nato, sob o comando dos EUA.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

La trata de negros realizada por tratantes lusitanos.......¡Baldón de la Humanidad!

sexta-feira, novembro 25, 2005  

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