quarta-feira, novembro 10, 2004

Ensaios Sobre a Cegueira.

Sobre a notícia:

«Quando, ontem, em Amesterdão, se realizavam as cerimónias fúnebres do realizador Theo van Gogh, assassinado, no dia 2, em nome do islão radical, uma sondagem publicada na Holanda indicava que 40% dos holandeses desejam que os muçulmanos sejam afastados do país

Diz o Daniel, no Barnabé, em mais uma das suas magníficas pérolas:

"Boas notícias para todos os ideólogos de um novo tipo de racismo, mais sofisticado, tão em voga na intelectualidade de direita portuguesa: aqueles que dão a cada assassino fanático muçulmano o estatuto de representante legítimo de todo o Islão. A generalização de actos individuais a toda uma comunidade é o primeiro passo para a ideologia do ódio."

Esquece-se do resto da notícia:

"A polícia, que encontrou um panfleto deixado sobre o cadáver, considera que Mohammed actuou em nome do islão radical. O panfleto foi redigido com expressões islâmicas e continha ameaças de morte contra outras personalidades holandesas. Afastando, todavia, a hipótese de se tratar de um acto isolado, os investigadores orientam-se agora para uma pista de conspiração terrorista. Mais quatro marroquinos e um argelino que não possuem nacionalidade holandesa acabaram por ser detidos no quadro das investigações, acusados, juntamente com Mohammed, de «participação em organização criminosa com finalidades terroristas»"

como convém. Criticando o mesmo método com que tratam os judeus (todos maus), esta rapaziada de esquerda é um delírio de coerência. Mas aqui não se trata de desconhecimento da realidade islâmica. Trata-se simplesmente do habitual fundamentalismo radical com que a esquerda vê os seus recomendáveis aliados. A táctica é sempre a mesma. Os nossos “aliados” são sempre inocentes e quando acusados, é uma cabala racista, xenófoba. Simplesmente triste.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Enjoyed a lot! » » »

quarta-feira, fevereiro 21, 2007  

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