domingo, dezembro 05, 2004

Apito Dourado.

A acção policial, levada a cabo pela PJ, nesta segunda fase do processo “Apito Dourado” foi preparada com o maior secretismo, secretismo esse que não apanhou de surpresa Pinto da Costa. Com o efeito, quando os agentes chegaram a sua casa, o presidente do FCP encontrava-se ausente na Galiza. Situação estranha, mesmo muito estranha, quando a operação foi estudada e planeada com a intenção de apanhá-lo no país. O que é facto é que desde Abril, numa das habituais fugas ao segredo de justiça, Pinto da Costa e o todo o país sabia que estava a ser investigado e que os seus telefones estavam sob escuta. Nessas condições não é de estranhar que a busca efectuada à sua casa se tenha revelado irrelevante para o processo.

Ao ausentar-se e prontificar-se a comparecer no Tribunal de Gondomar Sexta-feira pelas 11H30, Pinto da Costa jogou uma cartada de mestre. Não só tem tempo de preparar a sua defesa (reunião na manhã de quinta-feira com o advogado de Valentim Loureiro num hotel da Boavista), como também consegue criar a imagem de que nada tem a temer.

Já preparado, aparece no Tribunal, não à hora combinada mas sim mais tarde, pelas 16H15, acompanhado pelos advogados Adelino Caldeira e Gil Moreira. À sua espera tinha 20 elementos da claque portista “Super-Dragões”, espécie de corpo de protecção de Pinto da Costa suportado pelo próprio FCP. Detido mal transpôs a porta do Tribunal, foi liberto às 19H50 face à ameaça de concentração do resto das claques do FCP findo o jogo com o Beira-Mar. Conforme referiu no seu despacho, a decisão da juíza contribuiu para diluir a tensão gerada pela sua detenção e, ao contrário de todos os outros arguidos, foi o único que não foi dormir à zona prisional da Directoria do porto da Polícia Judicial.

Entretanto certa comunicação social e outros meios, começaram a habitual intoxicação da opinião pública no intuito de branquear a situação e influenciar o andamento da justiça. Um processo rival do da Casa Pia a acompanhar de livre vontade para uns e imposto a outros pelo circo mediático, aonde muitos "insuspeitos" vão revelar-se ao mundo na defesa do "seu homem", com os mais mirabolantes exercícios intelectuais.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro Carvalho Negro,
Então não sabemos que este processo não dá em nada?!

segunda-feira, dezembro 06, 2004  

Enviar um comentário

<< Home

Divulgue o seu blog!