Dó.

Confesso que começo a sentir dó dos fervorosos apoiantes do Sócrates. Depois de zurzirem a política económica do PSD, vêem agora tentar, numa tarefa inglória e patética, defender as contradições diárias do seu líder.

Mas se muitos não conseguem ver a realidade cegados pelo clubismo partidário, já os restantes parecem tentar justificar o seu voto garantido no PS. Não porque quem os rodeia não o saiba já, mas sim por manifesta dúvida eleitoral.

Mas o mais interessante na situação é que, ao contrário do PSD que contesta os seus próprios líderes, os apoiantes socialistas obedecem cegamente à voz do dono.

Resultado: queixam-se que o país não avança pela falta de visão dos outros quando, eles próprios, contribuem para isso com o seu eterno voto garantido.