segunda-feira, fevereiro 14, 2005

A "espécie".

Não tem passado despercebida a “espécie” que grassa pelos governos, partidos, Assembleia da República, Conselhos de Administração, por todas as posições de relevo.


Essa “espécie” caracteriza-se pelo clientismo e incompetência. Filosófica por vocação e vazia na concretização, fala sempre do povo, mas achando-se superior, não se inclui nele.


Passeia-se em boas máquinas que raramente se gastam nas suas mãos. Pelam-se por combates verbais inócuos entre eles próprios mas, quando atacados, defendem-se corporativamente. Divertem-se com as desgraças vindas a lume na praça pública, ignorando as suas funções. É graças a ela que o país, lentamente, vai sendo escamoteado dos seus preciosos recursos.


Primeiro desapareceram as fronteiras. Depois os sectores de actividades e a moeda. Agora parte das nossas zonas económicas exclusivas. Se o poder económico parece fugir cada vez mais à nossa soberania, quanto tempo mais aguentará o poder político?

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