domingo, março 20, 2005

Abriu a caça à polícia.

Dois agentes da PSP morreram hoje de madrugada após terem sido atingidos a tiro na zona da Amadora, avança o Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública. Os dois agentes da PSP mortos esta madrugada na Amadora numa operação de rotina foram baleados várias vezes por um indivíduo, a quem tinham pedido que se identificasse, no bairro de Santa Filomena quando este disparou. A patrulha foi chamada até junto do "Chop Bar", situado na Avenida Humberto Delgado. Trata-se de uma das principais artérias rodoviárias na Amadora, uma zona central, e não de um qualquer bairro periférico problemático. O comandante da PSP de Lisboa, Oliveira Pereira, explicou esta noite aos jornalistas que os dois agentes mortos, de 23 e 30 anos, seguiam num carro de patrulha com um outro colega, tendo abordado um indivíduo, para o identificar, que imediatamente efectuou vários disparos na direcção dos três policias.

De acordo com a mesma fonte, após ter disparado os primeiros tiros e baleado o motorista do carro patrulha, o indivíduo pôs-se em fuga na viatura que conduzia, mas de seguida fez marcha-atrás, voltou a passar pelo local e tornou a disparar, tendo só nessa altura atingido outro agente da polícia com gravidade. Os dois profissionais da polícia foram assistidos no local e transportados de seguida para os hospitais São Francisco Xavier e Amadora-Sintra. O assassínio de dois agentes hoje de madrugada na zona da Amadora eleva para seis o número de agentes da PSP mortos em serviço nos últimos seis anos, três dos quais no primeiro trimestre deste ano. A morte dos dois agentes hoje baleados ocorre pouco mais de um mês após um outro agente da Polícia de Segurança Pública ter sido morto a tiro, na madrugada de 17 de Fevereiro, também na Amadora, na rua da Cova da Moura
.”

Já nem se pode dizer que a situação está a ficar fora de controlo. É QUE ESTÁ MESMO FORA DE CONTROLO. Portugal, que tanto gosta de criticar os EUA, tem de mentalizar-se para a nova realidade criminal. Os criminosos estrangeiros, que por cá actuam, não têm valores morais e matar uma pessoa causa-lhes menos repulsa que cuspir no chão.

O Bairro de Santa Filomena é mais um bairro irmão da Cova da Moura. Situado praticamente no centro da cidade, trava, com a ajuda das habituais pseudo organizações defensoras de direitos, um braço de ferro com a autarquia que impede o seu realojamento e a correspondente melhoria de nível de vida da população dessa cidade, que diariamente é assaltada nas ruas e nem chega a ser notícia.

Quanto às forças polícias, a situação tornou-se insustentável. Desde a falta de meios até à atribuição de armamento obsoleto inoperacional, tudo contribui para que a sua actividade no país seja mais arriscada que uma missão no Iraque. Atrevemo-nos a afirmar que, actualmente, só vai para a polícia quem é maluco.


"O presidente da Câmara Municipal da Amadora, Joaquim Raposo, considera que a morte de dois agentes da PSP na madrugada de hoje vem provar que a Amadora é um concelho de «excepção» que precisa de medidas urgentes. O presidente da autarquia lamentou que os sucessivos governos não tenham dado a devida atenção ao concelho da Amadora, salientando que precisa de medidas de excepção devido às suas características específicas, como o número de bairros degradados e a elevada taxa de abandono escolar.."



A segurança foi uma das bandeiras eleitorais de Joaquim Raposo. Nem o governo PS, nem o governo PSD lhe ligou, segundo as suas queixas. As eleições autárquicas estão à porta. Será que Costa vai ligar-lhe ou ficar-se pelas promessas e respectivo esquecimento pós eleitoral?

"Reagindo à morte de dois agentes da PSP que esta madrugada foram baleados na Amadora, Luís Maria, do SPP/PSP, reconheceu que não ficou surpreendido com a notícia, até porque já estava à espera «que voltasse a acontecer». Para o esponsável, «o crescendo de violência contra elementos das forças de segurança passa por uma percepção que os criminosos têm em relação à polícia que se restringe à frase não pode fazer nada». De acordo com o sindicalista, actualmente a polícia «não pode levar ninguém para a esquadra sem um forte fundamento, não pode identificar ninguém sem um forte fundamento, não pode puxar da arma».

«O criminoso já percebeu há muito que a polícia é ineficaz no combate à criminalidade», sublinhou Luís Maria à Agência Lusa, acrescentando que a abertura de fronteiras veio aumentar o perigo devido à fácil circulação de pessoas e de tudo o que quiserem transportar
."

É uma vergonha. Face ao exposto, confira-se o despudor malicioso com que certos comentadores atacam a polícia na comunicação social. Podem acreditar. O mais grave é pegar nos jornais, e ler crónicas a desacreditar e incentivar o ódio à polícia. Crónicas como a de António Marinho no Expresso, totalmente orientadas a acabar com as instituições de Justiça do país, fomentam a anarquia e este tipo de situação. É gente como esse senhor que, ao escrevem histórias falaciosas e maliciosas, contribuem e muito para a actual situação vivida no país. Diríamos mais: a moralidade existente é tão caricata, que esse senhor chegou a ser candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados. Pasme-se.

P.S. Curiosidade. O que vai dizer o Bloco de Esquerda deste "pequeno acidente"? E Marinho vai conseguir martelar a notícia de forma a que a culpa da morte recaia nos próprios polícias?

Divulgue o seu blog!