quinta-feira, maio 12, 2005

Casa de borla.

"O Bloco de Esquerda enviou ontem um requerimento à câmara a pedir medidas imediatas face à situação de estarem crianças a dormir na rua « Na rua como um cão.» Foi assim que Tomás Moreira, habitante do bairro da Azinhaga dos Besouros há 14 anos e a viver na rua há oito dias, definiu a sua situação. «Nem os móveis deu tempo de tirar, foi-se tudo.» A Câmara Municipal da Amadora (CMA) bateu-lhe à porta na quarta-feira e poucos minutos depois a casa estava demolida, sem ter mais nenhuma para onde ir. Como este homem, existem mais umas dezenas em igual situação desde há várias semanas. Ontem, vinte desalojados decidiram reunir--se à porta da CMA para exigir uma casa, mas ninguém os quis receber. Toda esta questão surgiu na sequência do Plano Especial de Realojamento (PER) de 1993, ao que a CMA apenas aderiu em 1995, sendo que ficam excluídos aqueles que se tenham mudado para o conselho após o recenseamento para o PER feito naquela altura."

Capital.
A esperteza saloia no seu expoente máximo escudada pelos dependentes da mediatização. Mal se soube do levantamento das necessidades de habitação social levantado pela Autarquia, o número de barracas duplicou. É bom ter casa de borla mas o Plano Especial de Realojamento exclui as pessoas que se tenham instalado no concelho após esse levantamento. Azar. O Bloco de Esquerda que lhes forneça as casas, já que estão tão preocupados.

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