sábado, maio 28, 2005

Comentário

"Tenho andado atarefada, na minha missão interminável de limpar a toca e os túneis, e estar sempre atento aos predadores, pelo que a minha divisa, ensinada pelos meus antepassados é :-" Semper paratus". Em conversa com uns primos, e com outros membros da nossa comunidade, na natureza, parece que tudo voltou ao normal, no mundo dos humanos deste sítio, ou seja, regressou uma paz pôdre, e a maior parte deles, dos que contribuem com o seu trabalho, têm aquele olhar resignado, que se vê, ou que se via antigamente, nos bois de trabalho, puxados pelo nariz. Entretanto um grupo de políticos, a que já se pode chamar grupo, protesta porque foram pagas indemnizações, mas pouco protesta pelas nomeações, assunto que considero irrelevante, mas serve para marcar território. Diz o meu avô, que estão criadas as condições, para haver uma situação como a que aconteceu neste sítio há cerca de 70 anos, e por esta altura do ano, apenas se referindo às causas, ou seja, a ditadura parlamentar, o nepotismo político dos partidos,todos eles, sem excepção, e a catástrofe económica e financeira a que têm conduzido o sítio.

Apenas as condições, porque os meios não existem, os netos dos culpados do desastre a que levaram o sítio até Maio de 26, souberam preparar o terreno e destruir todas as instituições que ainda funcionavam, incluindo a domesticação dos militares e de outras forças, salvo raríssimas excepções. Este regime chamado de democrático, criou pequenos césares, com pequenos impérios, que se juntando e deram origem a uma oligarquia instalada, que vive de facto do trabalho da grande legião de humanos, que fazem de ursos e camelos. Estes nepotes ou validos, juntos por várias organizações que trabalham nos subterrâneos, e na sombra, corroem o poder do chamado estado utilizando, os outros poderes, sejam eles entendidos como se quiser, como armas de arremesso, incluindo cães de guarda, a quem se opõe aos seus desígnios. Agora inventaram um monstro, que será uma repetição dos anteriores, mas o monstro, o verdeiro, não é aquele a que chamam de deficit, o verdeiro monstro é o que sustenta e eterniza esta gente no poder, é o chamado estado social e a sua clientela.

Sobre este monstro haverá muito que falar, desde o seu número, até às situações que o sustentam, algumas delas iníquas, e muito caras, obrigando mais uma vez a serem os mesmos a pagar. As soluções são sempre as mesmas, levando à destruição de muitas pequenas empresas, que não entram nos telejornais, nem nos escritos dos fazedores da chamada opinão pública, aumentando e alimentando o monstro, em número de humanos, que passam de um nível de equilíbrio financeiro familiar, ao de pobreza indigente. Assim vai este sítio. Deixo um pensamento, aos que acreditam nos valores que nos querem fazer esquecer: " Apertados na faixa ocidental da Península, entre um vizinho poderoso e o mar imenso, estamos condenados a viver em cada momento o drama da nossa vida:... e é sempre o mesmo perigo, é sempre o mesmo milagre."


Comentário da Toupeira

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